Navegando por Palavras-chave "população marginalizada"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Entre becos e vielas: Flanando pela cidade do Rio de Janeiro em A Alma Encantadora das Ruas (1903-1908)(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-03) Vaz, Maria Luiza Rufino; El Far, Alessandra; http://lattes.cnpq.br/9391456094457114; http://lattes.cnpq.br/1994901257976629Essa pesquisa consiste em analisar as crônicas escritas pelo jornalista Paulo Barreto, popularmente conhecido como João do Rio, entre 1903 e 1907, publicadas no livro A Alma Encantadora das Ruas em 1908. As crônicas abordam aspectos da vida cotidiana no Rio de Janeiro em um período conhecido como a Belle Époque carioca, momento de profundas transformações urbanas, sociais, econômicas e culturais. O eixo central da pesquisa é entender como o jornalista com seu espírito flâneur, permeado pelo seu temperamento etnográfico e sua posição de estranho em plena Primeira República, levava aos seus leitores esse panorama da vida da população marginalizada, formada por profissões da miséria, mulheres excluídas socialmente como as mendigas e as detentas e ainda, as manifestações culturais. Trazer essa ótica para seus leitores contrastava com os projetos das reformas urbanas na região central, que procuravam atender as demandas das elites que, por sua vez, viam a França como um modelo a ser seguido. Permeada pela perspectiva metodológica do estranhamento, proposta pelo historiador Carlo Ginzburg, buscou-se realizar uma etnografia das crônicas de João do Rio atentando a maneira pela qual ele dá voz ao outro e abre espaço para histórias de vida até então silenciadas pelos interesses das elites. A crônica de João do Rio surge aqui como um discurso subjetivo capaz de iluminar diferentes formas de vida no contexto da Primeira República.