Navegando por Palavras-chave "crianças surdas"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Bebês e crianças surdas nos espaços educativos(Universidade Federal de São Paulo, 2020-07-01) Andrade, Camila [UNIFESP]; Garrutti-Lourenço, Erica; http://lattes.cnpq.br/6006817586830268; http://lattes.cnpq.br/9237374494750686Nas últimas décadas, o movimento da inclusão esteve ativo na defesa de que as crianças com deficiência tenham pleno acesso ao currículo escolar, preferencialmente matriculados no ensino regular. O número de matrículas de crianças surdas tem aumentado consideravelmente nos últimos anos nos Centros de Educação Infantil no município de São Paulo (CEIs), de acordo com os dados do Censo Escolar de 2017 (ano base 2016). Esta pesquisa realizada no mestrado objetivou, primeiramente, mapear quantas são e onde estão matriculados os bebês e crianças surdas na modalidade Educação Infantil, do município de São Paulo. São objetivos posteriores conhecer a visão dos professores e fonoaudiólogos sobre a inserção da Libras na vida das crianças surdas, assim como conhecer quais orientações os pais recebem desses profissionais e suas expectativas em relação aos trabalhos educativos e terapias orais realizadas por seus filhos. Como procedimento de coleta de dados foram efetuadas entrevistas semiestruturadas com profissionais da área da saúde, os fonoaudiólogos – uma vez que as crianças mapeadas pela saúde estão, em sua maioria, matriculadas em unidades educativas. Após a realização da coleta de dados com os fonoaudiólogos, foram realizadas entrevistas com familiares e professores. A análise dos dados revelou que as crianças mapeadas nesta pesquisa se encontram matriculadas em unidades educativas, sejam elas do município ou da rede particular. Quanto aos atendimentos fornecidos nas unidades educativas e em salas bilíngues para crianças surdas, os professores possuem fluência em Libras, como também demonstram ter a visão socioantropológica do sujeito surdo. Em uma sala comum as crianças surdas vivenciam experiências limitadas, uma vez que a língua que ali circula não é a que ele acessa, impedindo assim que a criança crie suas próprias significações. Já os fonoaudiólogos apresentam divergências em seus atendimentos, pois cada equipamento desenvolve um direcionamento de assistência diferenciado, visto que realizam a reabilitação oral e demonstram posições distintas em relação à compreensão do papel da Libras – ora como opção no caso de os pacientes não terem bom desenvolvimento da oralidade, ora como apoio à oralidade. Temos um equipamento que reconhece a Libras como língua de interlocução do sujeito surdo, enquanto outro não admite o uso da língua visuoespacial nos atendimentos terapêuticos. Os familiares demonstram estar satisfeitos com os atendimentos ofertados tanto pela área da saúde quanto pela área da educação, embora não recebam encaminhamentos efetivos por nenhuma das duas áreas.