Navegando por Palavras-chave "câncer de cabeça e pescoço"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O papel das oncoproteínas virais do HPV na resposta quimioterápica de tumores de cabeça e pescoço(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-05) Chanes, Giovanna Barbosa [UNIFESP]; Morale, Mirian Galliote [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6470564394319683; https://lattes.cnpq.br/6649298664602011Os tumores de cabeça e pescoço são um dos dez principais tipos de câncer. Apresentam três principais fatores de risco para o seu desenvolvimento: o consumo de álcool, o tabagismo e as infecções causadas pelo papilomavírus humano. O HPV é um vírus que possui proteínas capazes de interferir na proliferação celular e na capacidade da célula de responder eficientemente a danos em seu material genético, fatores que são cruciais para a tumorigênese. Há duas oncoproteínas virais em particular que participam desse processo: a E6, capaz de levar a degradação da p53, uma proteína responsável por diferentes funções, sendo a sua principal o reconhecimento de danos no DNA, podendo ativar vias de sinalização que levam ao reparo, a parada de ciclo e se necessário, a apoptose; e a E7, que por sua vez é capaz de levar a degradação da pRb, uma proteína responsável por suprimir a atividade de E2F o responsável por ativar a transcrição de ciclinas que promovem a progressão do ciclo celular. Um dos principais tratamentos para o carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço é o uso de quimioterápicos como a cisplatina, sendo que os tumores causados por HPV possuem melhor prognóstico em resposta ao tratamento com essa droga. O presente trabalho analisou os efeitos das oncoproteínas E6 e E7 em quatro linhagens de carcinoma de assoalho de boca (SCC143) que foram transduzidas com os oncogenes virais: uma linhagem controle transduzida com um vetor vazio, uma contendo o oncogene E6, outra com E7 e uma contendo ambos os oncogenes E6E7 provenientes de HPV16, a fim de avaliar as alterações provocadas por estes em resposta ao tratamento com cisplatina através de ensaios de proliferação e migração, viabilidade e da análise da expressão de proteínas presentes em vias de sinalização relacionadas à resposta inflamatória e tumorigênese. Através do experimento de viabilidade celular, foi possível observar a tendência do aumento da sensibilidade do quimioterápico nas linhagens que expressavam as oncoproteínas virais, porém devido aos resultados inconsistentes da proliferação, não foi possível chegar a uma conclusão. Para o experimento de migração observamos a importância do tratamento para reduzir o potencial migratório das células, e que esse parece ser mais efetivo na linhagem contendo E6E7. Em relação a expressão de proteínas da via de imunidade de TLR4, foi observada uma relação entre as linhagens que expressavam a oncoproteína E7 com o aumento da expressão da proteína HMGB1, resultado similar encontra em trabalhos feitos com câncer de colo de útero. Os resultados indicam participação das oncoproteínas em características importantes para tumorigênese, no entanto mais estudos são necessários para esclarecer aspectos moleculares envolvidos nesses efeitos.