Navegando por Palavras-chave "anti-hypertensives"
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- ItemEmbargoEstímulo da hidroxicloroquina e anti-hipertensivos em células mesangiais humanas imortalizadas: modulação do sistema Renina Angiotensina Aldosterona e suas vias de sinalização(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-29) Bello, Marina de Moura [UNIFESP]; Casarini, Dulce Elena [UNIFESP]; Oliveira, Lilian Caroline Gonçalves de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7497259224229778; http://lattes.cnpq.br/0534906942293338; http://lattes.cnpq.br/6483766891264310Introdução: A ocorrência do primeiro caso de COVID-19 (doença do coronavírus) foi descrita em Wuhan (China) no fim de 2019, e logo foi considerada uma pandemia, devido ao alto grau de transmissão do SARS-CoV-2 (coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2). Esse vírus possui uma proteína de membrana que interage com um receptor da superfície de células hospedeiras, a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2), que é essencial para a infecção viral. Esta enzima é um componente do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA), que é responsável pela manutenção da homeostase e regulação da pressão arterial, dentre outras, pela sua importante ação nos rins. A unidade básica do rim, o néfron, possui células mesangiais, que fazem parte tanto do glomérulo quanto da matriz mesangial, e sintetiza os componentes do SRAA. O desequilíbrio nesse sistema pode levar à hipertensão arterial, uma das comorbidades associadas a um maior grau de severidade dos sintomas, como a indução de lesão renal aguda, e piora no desfecho de COVID-19. No início da pandemia, não haviam estudos clínicos que comprovassem a eficácia do uso de drogas e seus efeitos colaterais. Nesse contexto, a hidroxicloroquina (HCQ), um antimalárico, foi bastante indicada como tratamento para COVID-19. Objetivos: Avaliar os efeitos do estímulo com HCQ e anti-hipertensivos nos componentes do SRAA e suas vias de sinalização em células humanas mesangiais imortalizadas (CHMI). Métodos: As CMHI foram tratadas com HCQ, em diferentes concentrações, e anti-hipertensivos (losartana – Los 1 μM, enalapril – Em 1 μM e espironolactona – Spi 10 nMol/L) por 4 e 12 horas, para posterior avaliação da viabilidade celular e de atividade proteolítica (renina, ECA e ECA2), além da análise de expressão da ECA2 por imunofluorescência. Foi também realizada a análise de vias de sinalização de receptores acoplados à proteína G (GPCR’s) por PCR array. Resultados: A atividade da renina foi reduzida frente aos tratamentos com Los+HCQ[50 μM] e aumentada com En+ HCQ[50 μM], bem como nos tratamentos com Spi+[HCQ50 μM]. Houve um aumento de atividade de ECA quando estimulada com En+HCQ[150 μM], comparado ao tratamento único de En. Nos tratamentos concomitantes aos estímulos com HCQ por 12 horas, observou-se diminuição da atividade da ECA2. Em relação aos genes da via de sinalização dos GPCR’s, 90,47% dos genes testados apresentaram modulação de expressão gênica positiva ou negativa quando expostos a 150 μM de HCQ. Conclusão: A HCQ apresentou efeitos deletérios, em tratamento único e concomitante com anti-hipertensivos, sendo capaz de modular as principais enzimas do SRAA, de forma a suprimir efeitos protetores dos anti-hipertensivos, além de reduzir a viabilidade das CMHI. O fármaco induziu o aumento da expressão da ECA2 frente aos tratamentos concomitantes, além da regulação, de forma positiva ou negativa, dos genes envolvidos em vias de sinalização do SRAA, de processos pró-inflamatórios, fibróticos e oncogênicos. Os resultados deste trabalho sugerem que o uso de HCQ, juntamente com drogas anti-hipertensivas, durante a pandemia poderia vir a agravar as manifestações clínicas, no âmbito de pacientes hipertensos com COVID-19.