Navegando por Palavras-chave "anti cancer drugs"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Muito além do praziquantel: uma revisão sobre o reposicionamento de fármacos contra esquistossomose nos últimos 10 anos(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Castro, Renato Ferreira de [UNIFESP]; Santos, Katia Cristina Pereira Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4758763489087525A esquistossomose é uma doença parasitária causada por Schistosoma spp. Possui alta morbidade, pois causa falência hepática na forma intestinal, e hematúria e infertilidade na forma urogenital. O praziquantel é atualmente o tratamento de escolha da doença, entretanto seu uso massivo gera preocupação sobre o surgimento de cepas resistentes. O reposicionamento de fármacos é uma abordagem promissora na busca de novos fármacos anti-parasitários, pois reduz o tempo e custos de pesquisa. Neste trabalho foram revisados 48 artigos que descreveram o uso de 123 fármacos em testes in sílico, in vitro, in vivo, e ensaios clínicos como candidatos ao seu reposicionamento no combate da esquistossomose no período entre 2013 e 2023. Das classes de fármacos utilizados nos testes de reposicionamento os antitumorais, fármacos com ação no sistema cardiovascular, antimicrobianos e antimaláricos tiveram maior número de representantes e destaque. A maior parte dos fármacos foi testada apenas in vitro na espécie S. mansoni, nas fases de vermes adultos e esquistossômulos. Nos estudos realizados in vivo, a maioria dos fármacos foi administrada na fase patente da doença, por via oral. A miltefosina foi o fármaco mais testado nesta última década; entretanto os fármacos mais eficientes testados in vivo com base nas taxas de redução da carga de vermes e de ovos em administrações em fase pré-patente da infecção foram a artemisinina combinada com naftoquina fosfato e citrato de tamoxifeno, respectivamente. Já a prometazina foi o fármaco mais eficiente administrado na fase patente (maiores taxas de redução da carga de vermes e de ovos), sendo este um candidato interessante a ser utilizado no combate desta parasitose. Destacamos a importância de testar os fármacos reposicionados em outras espécies do gênero, além de S. mansoni, pois podem apresentar taxa de eficácia variável. Esta revisão da literatura reforça que o reposicionamento de fármacos é uma estratégia útil na busca de novos fármacos no combate da esquistossomose, porém deve ser realizada com cautela e não deve ser a única estratégia usada para este fim.