Navegando por Palavras-chave "angioscopia microscópica"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do envolvimento cardíaco por ressonância magnética cardíaca e correlação com a vasculopatia periférica em pacientes com esclerose sistêmica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-30) Martins, Lucas Victória de Oliveira [UNIFESP]; Kayser, Cristiane [UNIFESP]; Uellendahl, Marly Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0863493357778622; http://lattes.cnpq.br/7532183424281965; http://lattes.cnpq.br/8039150196982500Introdução/Objetivo: A esclerose sistêmica (ES) é uma doença reumática imunomediada cuja fisiopatogênese é composta por vasculopatia, autoimunidade com inflamação e fibrose generalizada com manifestações clínicas como fenômeno de Raynaud por envolvimento da microcirculação periférica e envolvimento cardíaco (ECES). O envolvimento da microcirculação periférica pode ser avaliado pela capilaroscopia periungueal (CPU) que visualiza alterações anatômicas da rede capilar relacionadas à ES, como dilatação e desvascularização capilar. O EC-ES pode ser avaliado por diferentes métodos, incluindo a ressonância magnética cardíaca (RMC) que avalia morfologia e função cardíaca e, especialmente, alterações cardíacas associados à vasculopatia, inflamação ou fibrose da ES. O objetivo deste estudo foi avaliar alterações na RMC com protocolo de estímulo frio em pacientes com ES e controles e correlacionar alterações do EC-ES por RMC com alterações anatômicas da microcirculação periférica por CPU. Métodos: 40 pacientes com ES e 10 controles saudáveis pareados por idade e sexo realizaram RMC com protocolo de estresse térmico por estímulo frio. Foram avaliados morfologia e função cardíaca, global longitudinal strain de ventrículo esquerdo (GLS-VE) e ventrículo direito (GLS-VD), perfusão qualitativa por defeitos perfusionais pós-frio, perfusão quantitativa por myocardial blood flow (MBF) em repouso e estresse, myocardial perfusion reserve (MPR) (razão entre MBF estresse por MBF repouso), fibrose miocárdica por lesões de realce tardio (RT) e envolvimento pericárdico. Os pacientes com ES realizaram CPU para avaliação da densidade capilar avaliada pelo número médio de alças capilares/mm, escore de desvascularização e padrão SD (scleroderma) tardio. Resultados: Os pacientes com ES tinham idade média de 51 ± 12,0 anos, em sua maioria do sexo feminino (95%), e com forma difusa (52,5%). Trinta (75%) pacientes tinham CPU com padrão não-SD tardio e 10 (25%) com padrão SD tardio. Não houve diferença na comparação dos parâmetros de morfologia e função cardíaca, GLS-VE, GLS-VD, MBF repouso, MBF estresse e MPR na RMC entre pacientes com ES e controles. A maioria dos pacientes com ES (55%) apresentaram alteração cardíaca por EC-ES na RMC. Foram descritas alterações associadas à vasculopatia em 15/40 (37,5%), como defeitos perfusionais induzidos por frio (5%) e MPR < 1,0 (13/34, 38,2%), e associadas à fibrose em 10/40 (20%), como GLS-VE < 14%, RT e falência biventricular em 12,5%, 10% e 10%, respectivamente, dos pacientes. O grupo SD tardio apresentou maior massa indexada de VE (p <0,01), menor GLS-VE (p<0,01), maior frequência de GLS-VE < 14% (p=0,01), de derrame pericárdico moderado/importante (p=0,04) e de RT (p=0,01) na RMC quando comparados com o grupo não-SD tardio. Em relação a alterações relacionadas à perfusão, escore de desvascularização foi significantemente maior nos pacientes com MPR < 1,0 em comparação aqueles sem MPR < 1,0 (1,77 ± 1,04 versus 1,00 ± 1,00, respectivamente; p=0,04). O padrão SD tardio e número médio de alças capilares/mm < 3,0 foram associados com um maior risco para alterações relacionadas à fibrose na RMC (OR = 9,00; IC95% 1,61 – 50,3 e OR = 15,0; IC95% 2,05 – 110, respectivamente). O padrão SD tardio foi também associado a um maior risco para derrame pericárdico moderado/importante (OR = 12,4; IC95% 1,12 – 138). Conclusões: Alterações cardíacas por EC-ES na RMC são frequentes em pacientes com ES. A presença de maiores graus de desvascularização capilar que é característica do padrão SD tardio e número médio de alças capilares/mm reduzido foi associada com diversas alterações na RMC relacionadas à vasculopatia ou fibrose no EC-ES. Alterações na microcirculação periférica avaliadas pela CPU podem refletir o EC-ES, desta maneira, sugerindo que a CPU possa ser um potencial biomarcador para EC-ES.