Navegando por Palavras-chave "Vivência"

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    Formação inicial e estágio supervisionado: vivências compartilhadas entre professoras supervisoras e futuros professores de ciências
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-11) Santos, Renan Neres Caldas dos [UNIFESP]; Azevedo, Maria Nizete de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7363876198229203; http://lattes.cnpq.br/0775507155398893
    Este trabalho abrange a formação inicial de professores de Ciências e investiga potenciais formativos da docência compartilhada, compreendida como vivência, de futuros professores de ciências em atividade de estágio. Apoia-se na perspectiva histórico-cultural, levando em consideração principalmente o conceito de vivência em Vigotski (2018), considerada uma unidade indivisível que integra as características do meio e a maneira com que um indivíduo se relaciona e é afetado por essas características. Está vinculado a um projeto mais amplo de parceria colaborativa Universidade e escola pública dos anos iniciais (FAPESP 2018/16585-1). A pesquisa, de caráter qualitativo e interpretativo, foi baseada na análise de: relatórios de estágio de alguns estagiários, cujas atividades foram realizadas na escola parceira; relatos de reuniões entre professoras da escola parceira e professores da universidade; relatórios de estagiários; relatórios de pesquisa do projeto de parceria enviados à FAPESP. A análise foi feita a partir de indicadores como: gestão física e metodológica em aulas de ciências; gestão de comunicação em aulas de ciências e reflexões sobre a aprendizagem para a futura docência. Os resultados mostraram potenciais formativos da docência compartilhada relacionados à interação dos estagiários com características específicas da gestão do ensino e da aprendizagem em aulas de ciências, tais como: organização espacial da sala de aula; relações de acolhimento e escuta entre professoras e estudantes; o afeto como opção metodológica; valorização da interação e comunicação entre docentes e estudantes; lugar para a autoria dos estagiários, entre outros. Como esperado, mesmo que as situações vivenciadas tenham sido semelhantes, os estagiários foram afetados por elas de maneira diferente, em conformidade com a teoria de base. Além do potencial formativo para os futuros professores de ciências, também foi possível observar que os professores supervisores da escola parceira também se beneficiaram com a atividade compartilhada, uma vez que não eram formados para ensinar ciências, e a presença de um licenciando de ciências foi relatada por esses profissionais como favorável. Sendo assim, a docência compartilhada em atividade de estágio, no contexto da parceria colaborativa, apresentou potenciais formativos não apenas para os estudantes em formação inicial como também para os professores da escola e da universidade envolvidos.