Navegando por Palavras-chave "Vitamina d3"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do efeito in vitro da 1,25 dihidroxivitamina D3 no perfil de citocinas relacionadas aos linfócitos T em pacientes com lupus eritematoso sistêmico(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016-04-05) Mariz, Henrique de Ataide [UNIFESP]; Sato, Emilia Inoue [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3499771191085824; http://lattes.cnpq.br/4595792183219850; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune caracterizada por diversas alterações imunológicas. Os linfócitos T estimulam a produção de autoanticorpos pelos linfócitos B através da produção de citocinas pró-inflamatórias. A vitamina D apresenta propriedade imunomoduladora e sua deficiência já foi bem descrita em pacientes com LES, mas poucos estudos analisaram o efeito da 1,25- dihidroxivitamina D3 [1,25 (OH)2D3] sobre as células mononucleares de sangue periférico (PBMCs). Objetivos: 1) avaliar o efeito imunomodulador da 1,25 (OH)2D3 sobre o perfil de citocinas no sobrenadante de cultura de PBMCs em pacientes com LES; 2) avaliar o perfil de citocinas em cultura de PBMCs de pacientes com LES, com doença ativa e sem atividade; 3) avaliar o perfil de citocinas em cultura de PBMCs de pacientes com LES com níveis séricos de 25-hidroxivitamina D3 [25 (OH)D3] normais (?30 ng/dl) e deficientes (<20 ng/dl). Material e Métodos: A amostra foi composta por 27 pacientes com LES do ambulatório do Hospital das Clínicas-UFPE que preencheram os critérios de classificação do ACR (American College of Rheumatology). A atividade da doença e o índice de dano foram avaliados pelo SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index) e SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinic/ACR Damage Index for Systemic Lupus Erythematosus), respectivamente. Após coleta de 30 ml de sangue, foram isoladas as PBMCs e realizadas dosagens de 25 (OH)D3, anti-DNA e complemento no soro. A cultura das PBMCs foi realizada nas condições de 0,1; 1; 10 e 100 nM de 1,25 (OH)2D3 por 48 horas, e as citocinas IL-17A, IL-22, IL-21, IL-9, IFN-?, IL-4, IL-10, IL-2, IL-6 and TNF foram quantificadas através do cytometric bead array (CBA) e enzimaimunoensaio (ELISA) no sobrenadante. Resultados: A média de idade das pacientes foi 36,2±10,5 anos e a mediana do SLEDAI foi 4(0-6), com oito pacientes classificados aleatoriamente com doença em atividade (SLEDAI?6). As pacientes apresentaram insuficiência (<30ng/dl) e deficiência (<20ng/dl) de vitamina D em 66,7 % e 18,5 %, respectivamente. A adição de 1,25 (OH)2D3 diminuiu significativamente os níveis da IL-17 A, IL-22, IL-21, IL-9, IFN-? e TNF no sobrenadante de cultura de PBMCs nas concentrações de 10 e 100 nM (p?0,02). O efeito inibitório da 1,25 (OH)2D3 foi semelhante ao da dexametasona para as citocinas IL-17A, IL-22, IL-21 e IFN-?. A 1,25 (OH)2D3 aumentou os níveis da IL-4 nas doses de 0,1, 1, 10 e 100 nM (p?0,0006), IL-10 nas doses de 0,1, 1 e 10 nM (p?0,015) e da IL-2 (nas doses de 0,1, 1 e 100 nM, p?0,010). O efeito imunomodulador da 1,25 (OH)2D3 ocorreu nas citocinas IL-17A, IL-22, IFN-? e IL-6 (p?0,047) no subgrupo de pacientes com SLEDAI? 6. Não houve efeito imunomodulador da 1,25 (OH)2D3 quando analisados os pacientes com deficiência de vitamina D (níveis séricos de 25 OHD3< 20 ng/ml). Conclusão: A 1,25 (OH)2D3 apresentou efeitos inibitórios em citocinas pró-inflamatórias e aumentou a produção de citocinas anti-inflamatórias em pacientes com LES. Como essas citocinas estão implicadas na etiopatogenia do LES, este resultado reforça a necessidade de manter níveis adequados de vitamina D em pacientes com LES.