Navegando por Palavras-chave "Violência contra a Mulher"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A configuração da rede social de mulheres em situação de violência doméstica(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011) Dutra, Maria de Lourdes [UNIFESP]; Villela, Wilza Vieira [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta pesquisa objetiva configurar a rede social das mulheres que vivem em situacao de violencia domestica, por meio da identificacao das estruturas e dinamicas relacionais presentes. Tal configuracao foi delineada a partir da analise de entrevistas e de observacoes dos espacos institucionais: Centro de Referencia u Casa Beth Lobo, na Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher e na Casa Abrigo 1, para mulheres com risco de morte. Todos esses servicos estao localizados no municipio de Diadema, Estado de São Paulo, cenario da pesquisa. Para realizar a analise, utilizam-se os pressupostos teoricos de redes sociais formulados por Paulo Henrique Martins e a concepcao de violencia domestica que figura na Lei 11.340/06, segundo o seu artigo 5º. Participaram do estudo nove mulheres que sofreram violencia domestica, atendidas no Centro de Referencia, e sete profissionais que realizam o atendimento a estas mulheres em servicos especializados. A analise das entrevistas permitiu conhecer as repercussoes da violencia vivenciada por essas mulheres na configuracao de sua rede social. Verificou-se que a violencia impingida a mulher pelo parceiro impossibilita a manutencao dos vinculos que ela mantinha antes da vida conjugal e impede que esta estabeleca novas relacoes, colocando-a em uma situacao de isolamento e fragilidade. Alem disso, identificou-se que o cotidiano das mulheres e constituido de inumeras estrategias para superacao e enfrentamento das situacoes de ameaca e violencia. Observou-se tambem que as instituicoes e os profissionais podem exercer um papel fundamental para que a mulher saia do ciclo de violencia, a medida que estes se articulem em uma rede em que o fluxo possibilite o compartilhamento da oferta de servicos e conhecimentos. Vislumbra-se o estudo das redes sociais com o enfoque na natureza dos vinculos e das trocas entre os atores, como uma ferramenta capaz de ampliar o conhecimento sobre as dinamicas relacionais dos sujeitos e contribuir na organizacao dos servicos de assistencia
- ItemSomente MetadadadosMudaram as estacoes... nada mudou(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011) Signorelli, Marcos Claudio [UNIFESP]A presente tese empreendeu conhecer e analisar um pouco das relacoes que se estabelecem entre profissionais de Saúde de Matinhos, litoral paranaense, e mulheres vitimas de violencia domestica.A violencia domestica provoca multiplas repercussoes na Saúde das mulheres e gera desafiadora agenda para profissionais de Saúde. Para atingir o objetivo, que consistiu em analisar como profissionais de Saúde atendem mulheres vitimas de violencia domestica no ambito da atencao primaria a Saúde, foi adotada pesquisa qualitativa e aproximacao etnografica com profissionais que atuam em uma Unidade Basica de Saúde do municipio. Os aspectos empiricos oriundos do campo foram cotejados com aportes teoricos das areas de estudos de genero, de violencia e da arena da Saúde coletiva. Realcou-se densa e tensa tessitura de negociacoes, imbricadas por relacoes hierarquicas e de poderes entre profissionais, mulheres, familias, comunidade e sistema de Saúde, assim como a influencia sazonal na dinamica local.A sazonalidade reverbera no estilo de vida da populacao e nos modos de estabelecimento de relacoes, marcadas por encontros e desencontros entre profissionais de Saúde e mulheres. Tambem foi observada ausencia de estrutura local oficial para manejo da problematica,que enseja outros modos de atuacao e de estabelecimento das relacoes, como a abordagem de acolhimento em Saúde, muito em voga em discursos da area de Saúde coletiva, mas pouco problematizada. Por fim, destacou-se o papel chave de profissionais de Saúde, em especial de agentes comunitarias/os de Saúde, na conducao de questoes relativas as mulheres vitimas de violencia domestica que aportam no sistema. Em sintese, a consolidacao deste estudo permitiu alem de levantar indagacoes sobre os modos com que se operam relacoes entre profissionais e mulheres, tambem evidenciou a importancia de estudos sobre a tematica com focos em panoramas regionais, que levem em conta as particularidades que compoem o diverso mosaico do cenario brasileiro
- ItemAcesso aberto (Open Access)A percepção das vivências de violência relacionadas ao trabalho: um estudo com as trabalhadoras do Programa Saúde da Família nos municípios de Betim e Sarzedo – Minas Gerais(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011) Costa, Rosemary Pereira [UNIFESP]; Oliveira, Eleonora Menicucci de [UNIFESP]Esta pesquisa buscou apreender como as trabalhadoras do Programa de Saúde da Familia dos Municipios de Sarzedo e Betim u Minas Gerais, se relacionam com os/as usuarios/as, em momentos em que a relacao e perpassada por situacoes de violencia. O referencial teorico e a Psicodinamica do trabalho, as teorias sociologicas sobre violencia relacionada ao trabalho no setor de Saúde e as teorias das sociologas feministas sobre as Relacoes Sociais de Sexo e a Divisao Sexual do Trabalho. Pretendeu-se conhecer nesse estudo o processo de trabalho das profissionais do PSF; identificar a existencia de violencia na relacao profissional de Saúde / usuarios/as dos servicos de Saúde; identificar as estrategias de defensivas que as trabalhadoras constroem para lidar com essa violencia; identificar os recursos subjetivos mobilizados pelas trabalhadoras para retornarem ao trabalho apos sofrerem um ato de violencia na relacao com os usuarios. A metodologia utilizou observacao e entrevistas semiestruturadas. Participaram do estudo 18 trabalhadores/as das cinco equipes do PSF do municipio de Sarzedo. No municipio de Betim, a pesquisa realizou-se na regional PTB, contando com a participacao de 24 trabalhadores/as das seis unidades de PSF desta regional. As entrevistas foram gravadas e posteriormente, submetidas a analise tematica.Nesse tipo de analise, trabalham-se os temas que sao esperados, bem como aqueles que emergem no campo. Para compreender os relatos dos profissionais sobre suas vivencias nos valemos tambem dos estudos teoricos da Psicodinamica do Trabalho que nos permitiram perceber as mediacoes existentes no encontro do trabalhador com a organizacao do trabalho. Os resultados sinalizaram a existencia de diversas formas de violencia perpassando a relacao entre as trabalhadoras e os/as usuarios. Destacaram-se a violencia institucional, a violencia da delinquencia e a violencia de genero. A violencia de genero se apresentou em Sarzedo, com a atitude de reproducao das profissionais, que naturalizacao suas praticas profissionais, transformando as competencias profissionais do cuidar, em dons femininos e por isto sem valor aparente. Em Betim, onde existe um enfrentamento mais exacerbado da violencia urbana, nega-se a diferenca de genero em relacao a violencia, demonstrando a existencia de estrategias coletivas de defesa. Observamos as construcoes de estrategias defensivas tanto individuais quanto coletivas nos dois municipios. Entendemos que essas, ainda sao eficazes para lidar com o sofrimento desencadeado pela violencia relacionada ao trabalho, pois, as trabalhadoras atribuem sentido no trabalho realizado e sentem orgulho do mesmo. Consideramos que todas essas formas de violencia desveladas se processam com um carater de violencia relacional, onde tanto os/as usuarios/as quanto as trabalhadoras, reproduzem-na em algum momento. A existencia da naturalizacao e da banalizacao da violencia, nesse cenario, tem como efeito um nao-reconhecimento do outro como sujeito. E nesse naoreconhecimento mutuo que a violencia encontra suas brechas. A equipe de trabalho foi vista como fundamental para sustentar a mobilizacao subjetiva das trabalhadoras no retorno ao trabalho, uma vez que, pode-se considerar que a violencia impacta negativamente sobre a construcao identidade social construida no trabalho
- ItemSomente MetadadadosSaúde mental da mulher e uso de álcool pelo marido associados à violência doméstica.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Reis, Conceicao Martins dos [UNIFESP]; Bordin, Isabel Altenfelder Santos [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Violencia e um grande problema de Saúde publica, pois e uma importante causa de mortalidade e morbidade em todo mundo, e esta relacionada a diversos problemas de Saúde, em especial aos transtornos mentais. A carga de doenca relacionada a violencia e muito maior nos paises em desenvolvimento. Porem a maioria das pesquisas sobre a relacao entre violencia e problemas de Saúde mental e realizada em paises desenvolvidos. Evidencias sobre a magnitude da violencia e da morbidade psiquiatrica no Brasil contribuirao para a pratica clinica e formulacao de politicas publicas. Objetivos: revisar a literatura sobre a associacao entre violencia e problemas de Saúde mental; descrever a metodologia utilizada para o estudo da prevalencia de eventos traumaticos e transtornos mentais em dois grandes centros urbanos brasileiros; estimar a prevalencia de exposicao a eventos traumaticos e de transtornos mentais nao psicoticos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro; comparar as taxas encontradas nas duas cidades; verificar se ha diferencas nas taxas entre as duas cidades. Metodo: 1) busca por artigos cientificos indexados em bases de dados eletronicas, utilizando as palavras-chave: oviolenciao e otranstornos mentaiso. 2) estudo de corte transversal com amostra representativa das cidades de São Paulo (N=3.000) e Rio de Janeiro (N=1.500) estratificada de acordo com os indices de homicidios. Diagnosticos psiquiatricos foram baseados no CIDI 2.1. Entrevistas face-a-face foram realizadas por entrevistadores leigos treinados. As analises foram ponderadas e ajustadas em funcao do desenho amostral. Resultados: 1) 32 artigos foram incluidos na revisao de literatura. Os artigos mostraram alta exposicao a violencia nos paises em desenvolvimento, em todos os grupos populacionais. Violencia esteve associada a problemas de Saúde mental em todos os estudos. 2) O estudo populacional incluiu amostra final de 3.744 entrevistas (2.536 em São Paulo e 1.208 no Rio de Janeiro). As proporcoes de pessoas expostas a qualquer evento traumatico na vida foi semelhante nas duas cidades (Rio de Janeiro = 88,7%; São Paulo = 86%). Porem os cariocas reportaram mais exposicao a violencia e maior numero de eventos traumaticos. A prevalencia de transtornos mentais na vida foi semelhante nas duas cidades (São Paulo = 44,1%; Rio de Janeiro = 43,1%). Os paulistanos tiveram maior probabilidade de apresentarem dependencia de alcool, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno depressivo grave e transtorno de estresse pos-traumatico no ultimo ano. Conclusoes: Existe uma producao crescente sobre o tema em paises em desenvolvimento. Porem, ha poucos dados sobre a populacao geral. O projeto de pesquisa abrange variaveis de diversos dominios, e oferece vastas possibilidades de analise. Seus resultados mostram que a violencia deve ser enfrentada como problema de Saúde publica e que os transtornos mentais merecem ser tratados como prioridade
- ItemAcesso aberto (Open Access)Violência entre parceiros íntimos e consumo de álcool(Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2010-02-01) Zaleski, Marcos [UNIFESP]; Pinsky, Ilana [UNIFESP]; Laranjeira, Ronaldo [UNIFESP]; Ramisetty-Mikler, Suhasini; Caetano, Raul; Universidade Federal de Santa Catarina Núcleo de Psiquiatria; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); University of Texas Southwestern School of Public HealthOBJECTIVE: To estimate the prevalence of intimate partner violence and alcohol consumption during episodes of violence. METHODS: Cross-sectional study with a multi-stage probability sample, representative of the Brazilian population. Sample was comprised of 1,445 men and women, married or cohabitating, interviewed between November 2005 and April 2006. Interviews were conducted in the interviewees' homes, using a standardized closed questionnaire. Rates of prevalence of intimate partner violence were estimated and chi-square tests were used to assess gender differences in this prevalence. RESULTS: General prevalence of intimate partner violence was 10.7% in men and 14.6% in women. Men consumed alcohol in 38.1% of cases and women in 9.2%. As regards perception of alcohol consumption by intimate partner, men reported their female partners consumed alcohol in 30.8% of episodes of violence, while women reported that their male partners consumed it in 44.6% of episodes. CONCLUSIONS: Women were more frequently involved in mild and serious episodes of violence (perpetration, victimization or both) than men. The fact that episodes of violence reported were four times more frequent in intoxicated men enables the assumption that prevention of intimate partner violence may be promoted by public policies aimed at reducing alcohol consumption.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Violência sexual e associação com a percepção individual de saúde entre mulheres gestantes(Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2009-12-01) Aquino, Nicole Moraes Rêgo de [UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Oliveira, Eleonora Menicucci de [UNIFESP]; Martins, Marilia da Gloria; Silva, Juliana de Fátima da [UNIFESP]; Mattar, Rosiane [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Universidade Federal do Maranhão Hospital Materno InfantilOBJECTIVE: To estimate the prevalence of sexual violence history among pregnant women and its association with the self-perception of health status. METHODS: Cross-sectional study including a total of 179 pregnant women older than 14 years old at gestation week 14 to 28 attending public health services in the city of São Paulo, Southeastern Brazil, between 2006 and 2007. Data collection instruments included: questionnaire on sexual violence; questionnaire on sociodemographic data; and an assessment of health-related quality of life using the Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12®). Age, skin color, education, occupational and marital status, and self-perception of physical and mental health were compared between women with and without a lifetime history of sexual violence. Sexual violence was categorized as penetrative and non-penetrative sex. RESULTS: Among all women interviewed, the prevalence of sexual violence was 39.1%, of which 20% were of penetrative type by known perpetrators. In 57% of cases, the first episode of violence was before the age of 14. There were no sociodemographic differences between women with and without history of sexual violence. Mean scores of self-perception of physical health among women with history of sexual violence were lower (42.2; SD= 8.3) compared to those without history of sexual violence (51.0; SD= 7.5) (p<0.001). Mean scores of self-perception of mental health were 37.4 (SD= 11.2) and 48.1 (SD= 10.2) (p<0.001), respectively. CONCLUSIONS: There was found high prevalence of sexual violence among pregnant women studied. Women with history of sexual violence showed poorer self-perception of health status compared to those without history of sexual violence.