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- ItemAcesso aberto (Open Access)Resultados a longo prazo e fatores preditivos de recorrência de estenose anastomótica pós-transplante hepático da terapia endoscópica com próteses metálicas e plásticas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-04) Pinheiro, Larissa Wermelinger [UNIFESP]; Libera Junior, Ermelindo Della [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0528784228011000; https://lattes.cnpq.br/0068066586618323Introdução: Estenoses da via biliar podem representar até 40% dos eventos adversos biliares após transplante hepático, e estenoses da anastomose biliar correspondem à maioria das complicações na via biliar. A terapia endoscópica é o tratamento de primeira linha que pode ser realizada por meio da dilatação da estenose e colocação de próteses plásticas ou metálica, com sucesso entre 70% e 100%. Objetivos: Primário - Comparar a terapia endoscópica com próteses plásticas em relação à prótese metálica, no tratamento da estenose biliar anastomótica pós-transplante de fígado. Secundários - 1. avaliar a eficácia das próteses metálicas com e sem sistema antimigração; 2. comparar a taxa de migração entre elas; 3. identificar possíveis fatores preditivos para recorrência de estenose nestes pacientes. Pacientes e Métodos: estudo coorte retrospectivo, onde foram incluídos 161 pacientes. Foram analisados os resultados do tratamento endoscópico nos pacientes com estenose biliar anastomótica pós-transplante hepático tratados com próteses metálicas ou próteses plásticas e acompanhados no Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo, durante o período de abril de 2012 a agosto de 2022. Os pacientes foram estratificados em 3 grupos conforme a terapia: próteses plásticas, prótese metálica ou grupo híbrido. Resultados primários: resolução da estenose e recorrência da estenose biliar. Resultado secundário: avaliação de possíveis fatores preditores de recorrência da estenose biliar. Resultados: resolução geral da estenose foi 151/161 pacientes (93,7%). A resolução ocorreu em 83/84 pacientes (99%) no grupo prótese metálica, 18/20 (90%) no grupo próteses plásticas e 50/57 (88%) no grupo híbrido (P = 0,013). Falha da terapia ocorreu em 10/161 (6,2%). A recorrência da estenose ocorreu em 22/161 (14%) pacientes. A análise de Kaplan-Meier mostrou diferença no tempo livre de recorrência entre os grupos (P = 0,015), porém não houve diferença entre os grupos de prótese metálica e plástica (P = 0,201). A diferença foi encontrada no grupo híbrido, com menor tempo livre de recorrência da estenose. Na análise entre os grupos de próteses metálicas com e sem sistema antimigração a resolução ocorreu em 96% no grupo sem e 88% no grupo com sistema antimigração (P = 0,150). A recorrência foi de 14% e 8%, nas próteses sem e com sistema antimigração respectivamente (P = 0,741). A migração das próteses metálicas foi de 46% para a prótese sem sistema antimigração e 4% para a prótese com sistema antimigração (OR: 20,4; IC 95%: 2,697 – 154, 541; P< 0,001). Análise multivariada identificou número de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (taxa de risco: 1,4; IC 95%: 1,194 – 1,619; P < 0,001) e complicações (taxa de risco: 2,8; IC 95%: 1,008 – 7,724; P = 0,048) como preditores de recorrência da estenose. Conclusão: Próteses metálica e plástica foram eficazes e comparáveis em relação à resolução e recorrência de estenose biliar anastomótica pós-transplante hepático. Próteses metálicas com e sem sistema antimigração foram comparáveis em termos de resolução e recorrência para a terapia da estenose biliar anastomótica. A prótese com sistema antimigração apresentou menos migração. O número de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e complicações foram preditores de recorrência da estenose.