Navegando por Palavras-chave "Uso de substâncias"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fatores psicossociais na infância e uso de substâncias na adolescência: revisão sistemática e metanálise(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-30) Santos, Juliana Pinto Moreira dos [UNIFESP]; Fidalgo, Thiago Marques [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2125056709432095; http://lattes.cnpq.br/1146552774649254Esta dissertação tem como objetivo examinar os efeitos longitudinais de fatores psicossociais e demográficos do período prénatal e da primeira infância sobre o uso de substâncias na adolescência. Para isso, compreende uma revisão sistemática e uma metanálise a partir de artigos científicos publicados entre janeiro de 1988 e setembro de 2022, levantados das bases de dados bibliográficas PubMed, Embase e Scopus. Foram selecionados estudos observacionais que examinaram fatores psicossociais e/ou demográficos durante o período prénatal ou a primeira infância (0–8 anos) e a associação destes com o uso de substâncias na adolescência (11–19 anos). Foram extraídos de cada estudo dados referentes a características da população, exposições analisadas (sexo, raça, etnia, status socioeconômico, histórico de maustratos, risco contextual cumulativo etc.), desfechos, resultados e limitações. Tais estudos tiveram sua qualidade avaliada por meio da escala de Newcastle Ottawa para avaliação de estudos observacionais. As análises estatísticas consideraram como o desfecho agregado (uso de substâncias ao longo da vida) e individual (tipo de substância e padrão de uso). Todas essas análises foram realizadas por meio do software R (versão 4.1.0). 47 estudos foram incluídos na revisão sistemática e 32, utilizados para a metanálise. O sexo masculino aparece associado à maior probabilidade de uso de substâncias em geral (OR=1.25; 95%CI:1.031.53) e ao início de substâncias (OR=1.35; 95%CI: 1.141.60). A raça negra é associada à menor probabilidade de uso de substâncias em geral (OR=0.57; 95%CI: 0.350.91), enquanto a raça branca, à maior probabilidade de uso de álcool (OR=2.06; 95%CI: 1.044.08). Por fim, níveis socioeconômicos mais altos são associados à menor probabilidade de uso de nicotina (OR=0.65; 95% CI: 0.470.89). É possível concluir que sexo masculino, raça branca e baixo nível socioeconômico estão associados à maior probabilidade de uso de substâncias na adolescência. A consideração desses preditores pode guiar políticas públicas para prevenção e tratamento dessa condição.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Interfaces entre comportamento sexual de risco e uso de cocaína e álcool em uma amostra de pacientes em tratamento para uso de substâncias(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-07-05) Dallelucci, Claudia Chaves [UNIFESP]; Silveira Filho, Dartiu Xavier Da [UNIFESP]; Fidalgo, Thiago Marques; http://lattes.cnpq.br/2125056709432095; http://lattes.cnpq.br/0876669702022083; http://lattes.cnpq.br/5733926011868681; http://lattes.cnpq.br/5733926011868681; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objective: To study risky sexual behavior, primarily inconsistent condom use and the presence of multiple partners in alcohol and cocaine users. We also research the association of risky sexual behavior with other variables, such as schooling and psychiatric comorbidities. Methodology: Observational study of a clinical sample of initial interviews of patients seeking treatment in an outpatient addiction unit. The variables were organized into four blocks: sociodemographic, substance use, sexual behavior and psychiatric symptoms. For risky sexual behavior was considered the inconsistent use of condoms and the presence of multiple sexual partners in the last six months. An exploratory analysis of the association between the variable "risky sexual behavior" and the other variables was performed using Pearson's chisquare (X2), followed by a multivariate logistic regression analysis, with a significance level of 5% for all tests. Results: 95.9% of the sample are men and 4.1% are women, with a mean age of 37 years. After analyzing the variables with the presence or absence of risky sexual behavior, data presentig statical significance of association with the presence of risky sexual behavior were included in the logistic regression, being age, schooling, work activity, cocaine use concomitantly alcohol, having sex under substance influence in the last six months, and a history of childhood sexual abuse. Corroborating some data in the literature, women seek less treatment for dependence than men, considering the disparity of the sample in an outpatient treatment unit. Age was an independent risk factor for risky sexual behavior, even in the adult population. Other structural factors, such as schooling and the presence of formal employment, have tended to influence as much as the use of substances in risky sexual behaviors. Conclusion: The risk of the psychoactive users population of contracting sexually transmitted infecctions is high. However, attributing this risk only to the substance use is a simplistic and difficult route to be proven. Other structural factors such as age, schooling and history of abuse can influence decision making for safe sex.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Violência nas escolas brasileiras: fatores associados e avaliação de um programa de prevenção(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018) Gusmões, Júlia Dell Sol Passos [UNIFESP]; Sanchez, Zila van der Meer [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9110200572507368; http://lattes.cnpq.br/4532982335931636; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Avaliação do programa de prevenção ao uso de drogas #Tamojunto em relação aos padrões de violência encontrados na escola (artigo 1) e responder se o uso de drogas prediz o envolvimento em eventos violentos após 9 meses entre estudantes que participaram da avaliação do programa (artigo 2). Método: Um ensaio controlado randomizado entre 6.637 alunos de 72 escolas em 6 cidades brasileiras foi conduzido com coletas no baseline e 9 e 21 meses após o baseline. Análises longitudinais usando GEE (Generalized Estimating Equations) foram utilizadas para avaliar o efeito do programa nos 9 meses e nos 21 meses para bullying e violência física, tanto no total quanto para análises estratificadas por idade e sexo. Para as análises de predição de violência escolar utilizou-se uma CFA (Confirmatory Factor analysis) para validar os componentes de violência do questionário e regressão linear para avaliar se as variáveis do baseline referentes ao uso de drogas no último mês (álcool, tabaco, maconha, inalantes, cocaína e binge), envolvimento em episódios de violência (bullying e agressões verbal, física e sexual) e fatores sociodemográficos (sexo, classe socioeconômica, idade e grupo) impactam a violência após 9 meses. Resultados: Foi encontrado que o programa #Tamojunto reduziu a chance de receber bullying nos 9 meses de acompanhamento, principalmente para meninas de 13 a 15 anos (OR = 0,59, 95% IC [0,42, 0,84] e p = 0,003). O efeito não se manteve no tempo, perdendo a significância no acompanhamento de 21 meses. Não foi encontrado efeito para a prática de bullying nem para sofrer ou praticar violência física. Em relação às análises de possíveis fatores de risco, foi encontrado que o envolvimento anterior em episódios violentos (?=0,409, p<0,001), uso de álcool (?=0,076, p=0,038) e inalantes (?=0,036, p=0,035) predisseram maior envolvimento em eventos de violência depois de 9 meses. Ao contrário, ser do sexo feminino (?=-0,044, p=0,001) aparece como possível fator de proteção. Conclusões: Conclui-se que o programa #Tamojunto pode ter efeito de curto prazo para bullying entre meninas, porém adaptações no programa podem ser necessárias para que tal efeito se sustente ao longo do tempo. Além disso, é importante que programas de prevenção de uso de drogas abordem componentes para a prevenção tanto da violência quanto do uso de drogas simultaneamente.