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    Avaliação da transmissão zoonótica do SARS-CoV-2 entre tutores infectados e seus animais de estimação: gatos e cães
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-10) Silva, Thiago Abranches da [UNIFESP]; Cervantes, Onivaldo [UNIFESP]; Bellei, Nancy Cristina Junqueira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1571196803842272; http://lattes.cnpq.br/2752448898797822; http://lattes.cnpq.br/9783576521634301
    INTRODUÇÃO: A COVID-19 (do inglês coronavírus disease 2019), causada pelo agente etiológico denominado SARS-CoV-2 (Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2), surgiu em dezembro de 2019. Neste período, pacientes que tiveram quadro clínico grave apresentaram SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e muitos deles foram à óbito. Concomitante a este período, espécies de animais domésticos chamaram atenção quando se isolou SARS-CoV-2 em gatos, pangolins e cães, em testes experimentais, e em outros casos esporádicos. Dessa forma, surgiram novos trabalhos mostrando que animais que estavam em convívio com pessoas infectadas também poderiam se infectar, porém a infecção animal/homem não foi significativamente comprovada. OBJETIVO: Avaliar a possível transmissão zoonótica do SARS-CoV-2 entre participantes/tutores infectados e seus animais de estimação como gatos e cães. MÉTODO: Foi realizado um recrutamento de pacientes que possuíam RT-PCR positivos para SARS-CoV-2, que tivessem animais de estimação, que responderam um questionário para entender a relação entre tutor/animal com agendamento de uma visita na residência para coleta de material e realização dos testes rápidos para detecção de antígeno. Foram selecionados 192 animais domésticos, sendo gatos e cães que mantiveram permanente contato com seu tutor positivos sintomáticos. Em seguida, os animais foram submetidos aos testes de antígenos RT-PCR. RESULTADOS: A análise comparativa dos parâmetros de testes rápidos aplicados para o diagnóstico de anticorpos SARS CoV-2 resultou em uma taxa de especificidade de 100% dos testes negativos para todos os testes rápidos antígenos RT-PCR aplicados em gatos e cães. CONCLUSÃO: Concluímos que apesar dos cães e gatos serem suscetíveis ao vírus SARS-CoV-2, e ao evento de transmissão zoonótica reversa, sobretudo, os gatos, não há evidências significativas de circulação do SARS-CoV-2 nas espécies. Não houve animais que apresentaram teste positivo para SARS-CoV-2 nesse método de coleta e exame.