Navegando por Palavras-chave "Traços funcionais"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização morfométrica e funcional de diatomáceas e dinoflagelados de ambientes costeiros do Estado de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-06) Espanga, Isabella Moreira [UNIFESP]; Barrera-Alba, José Juan [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8344948488470601; http://lattes.cnpq.br/8386430547651176; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O fitoplâncton é composto por microrganismos unicelulares e coloniais fotossintetizantes que constituem a base da téia trófica. A variação na comunidade fitoplanctônica apresenta consequências ambientais que requerem atenção principalmente em ambientes costeiros como o litoral do Estado de São Paulo, por ser uma região de alta atividade antrópica, propenso a ter níveis variados de contaminantes, poluentes e nutrientes, consequentemente gerando perturbação nos níveis de fitoplâncton. O estudo das variações do fitoplâncton no ambiente têm sido tradicionalmente baseado na diversidade taxonômica. Entretanto, nas últimas décadas têm sido desenvolvidas abordagens de agrupamento por traços funcionais e morfométricos, a fim de entender estratégias adaptativas da comunidade em relação às condições ambientais. Assim, o presente trabalho teve como objetivo analisar e aplicar tal abordagem em diatomáceas e dinoflagelados da região costeira do litoral paulista. Dentre as amostras analisadas, foram obtidos dados morfométricos, a partir da abordagem de formas geométricas associadas , indivíduos distribuídos em 9 táxons de diatomáceas e 3 táxons de dinoflagelados, permitindo determinar a correspondente S/V (razão superfície e volume) e MDL (máxima dimensão linear). Quando representado o S/V frente a MDL*S/V, os táxons foram divididos em 4 grupos, enquanto 3 táxons ficaram isolados. Os grupos 1 (Odontella spp e Melosira spp) e 3 e (Pleurosigma spp, Prorocentrum spp e Podolampas spp), respectivamente, em conjunto dos táxons Amphisolenia spp e Coscinodiscus spp apresentaram os menores valores para S/V (<0,5µm-1 ), enquanto os táxons Asterionellopsis glacialis e Amphisolenia spp apresentaram os valores mais altos de MDL*S/V (>100). Entretanto, ao aplicar as estratégias ecológicas C-S-R, foi possível observar a maioria dos táxons sendo enquadrados como S-estrategistas e R-estrategistas, enquanto apenas 2 táxons se classificaram como C-estrategistas. Baseado na análise funcional, os táxons analisados foram divididos em 7 grupos funcionais, sendo 4 destes enquadrados como R-estrategistas, aptos para viver em ambientes túrbidos, e os outros 3 grupos se caracterizam como S-estrategistas, apresentando alta eficácia nutricional. Assim, foi possível classificar os organismos tanto do ponto de vista morfométrico quanto funcional, oferecendo resultados quanto às suas estratégias adaptativas e respostas à variações ambientais, podendo suplementar estudos tradicionais da comunidade fitoplanctônica da região.