Navegando por Palavras-chave "Toxóide diftérico"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)REVs-Chi: um novo sistema particulado para encapsulação de macromoléculas terapêuticas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2009-07-29) Rescia, Vanessa Cristina [UNIFESP]; Costa, Maria Helena Bueno da [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A quitosana (Chi), a (1-4)-amino-2-desoxi-ƒÒ-glicana, e a forma desacetilada da quitina, um polissacarideo das conchas de crustaceos. As suas caracteristicas unicas como a carga positiva, biodegradabilidade, biocompatibilidade, atoxicidade e estrutura rigida fazem com que esta macromolecula seja ideal para uso como sistema oral de entrega de vacinas. Foram preparadas vesiculas unilamelares grandes (REVs) envoltas por dentro e por fora (como um sanduiche) com quitosana (Chi) e poli-vinil alcool (PVA). Entretanto, existem alguns problemas as serem superados com relacao a estabilizacao da proteina durante este processo. Durante a fase de formacao de micelas reversas, no processo de nanoencapsulacao da proteina, expandem-se as interfaces hidrofobicas que entao levam as adsorcoes interfaciais seguidas por desenovelamento e agregacao das proteinas. Aqui, observaram-se atraves de tecnicas espectroscopicas e imunologicas, o uso dos sais da serie de Hoffmeister durante a fase de formacao de micela reversa para estudar a conformacao estavel do toxoide difterico (Dtxd). Foi estabelecida uma correlacao entre os sais usados na fase aquosa e as variacoes na solubilidade e conformacao de Dtxd. Como o conteudo em helice-ƒÑ foi praticamente estavel concluiu-se que a encapsulacao de Dtxd ocorreu sem agregacao ou sem exposicao de residuo hidrofobico na proteina. A agregacao de Dtxd foi evitada em 98 % quando se usou o cosmotropico PO2-4. Este ion foi usado para se preparar uma formulacao de Dtxd em REVs-Chi-PVA estavel e com identidade imunologica reconhecida na presenca de PO2-4. Entao, obteve-se uma solubilidade e estabilidade maxima de Dtxd depois de seu contacto com CH3CO2C2H5 para comecar a sua nanoencapsulacao em condicoes ideais. Este foi um avanco tecnologico importante porque uma solucao simples, como e a adicao de sais, evitou o uso de proteinas heterologas (Rescia et alii, 2009a). A proteina estabilizada foi entao encapsulada dentro de REVs como o descrito. Os lipossomas tem sido descritos como adjuvantes desde 1974 (Allison e Gregoriadis, 1974). A maior limitacao de seu uso em vacinas orais e a sua instabilidade estrutural causada pelas atividades enzimaticas do meio. O objetivo aqui foi combinar lipossomas, que podem encapsular antigenos (Dtxd, Diphtheria toxoid) com quitosana que protege estas particulas e promove a mucoadesibilidade. Empregaram-se tecnicas fisicas para se entender o processo pelo qual lipossomas (SPC: Cho, 3: 1) podem ser recobertos (interna e externamente) com quitosana (Chi) e PVA (poly-vinilic-alcohol) que sao polimeros biodegradaveis e biocompativeis. Obtiveram-se particulas de REVs-Chi (vesiculas preparadas por evaporacao de fase reversa recobertas interna e externamente com Chi) redondas e com as superficies rugosas e estabilizadas ou nao com PVA. As eficiencias de encapsulacao (Dtxd foi usada como antigeno) foram diretamente dependentes da presenca de Chi e PVA na formulacao. A adsorcao de Chi a superficie de REVs foi acompanhada por um aumento no potencial ƒê. Em contraste, a adsorcao de PVA a surperficie de REVs-Chi foi acompanhada por uma diminuicao do potencial . A presenca de Dtxd aumentou a eficiencia de adsorcao de Chi as superficies. A afinidade de PVA pela mucina foi 2000 vezes maior do que a observada somente com Chi e nao depende se a molecula esta em solucao ou se esta adsorvida a superficie lipossomal. A liberação do Dtxd foi retardada por sua encapsulação dentro de REVs-Chi-PVA. Concluiu-se que estas novas vesículas estabilizadas foram hábeis em se adsorverem às superfícies intestinais, resistiram às degradações e controlaram a liberação do antígeno. Assim, as partículas de REVs-Chi-PVA podem ser usadas como um veículo oral com capacidade adjuvante (Rescia et alii, 2009b). Os lipossomas revstidos por quitosana (REVs-Chi) como veículos orais para transporte de vacinas foram bem caraterizados neste laboratório. Estas partículas foram desenhadas para serem capturadas pelo muco, para interagirem com surperfícies orais e para resistirem às enzimas do trânsito gástrico. Foram usadas três formulações diferentes contendo o Dtxd (toxoide diftérico) para imunizar camundongos: REVs [Vesículas unilamelares obtidas por evaporação de fase reversa produzidas com SPC: Cho (3:1)]; REVs-Chi (REVs recobertas por Chi) e REVs-Chi-PVA (REVs recobertas por Chi e estabilizadas por PVA). Através do teste de adesibilidade e dos experimentos com anti-toxoide diftérico observou-se que houve uma correlação direta entre a complexidade da partícula (antígeno livre < REVs < REVs-Chi < REVs-Chi-PVA) e a produção de anticorpos (IgA, IgG1 and IgG2a) em todos os ensaios (R= 0,91766- 0,99718). O resultado mais interessante foi a total ausência da produção de IgA nos camundongos imunizados com o antígeno livre, provando então a excelência das partículas engenheiradas. Além do aumento da produção dos anticorpos de mucosa, ambas formulações com Chi ou com Chi-PVA estimularam tanto a produção de anticorpos humorais quanto a seletividade. Demonstrou-se que é possível de se estabelecer uma correlação entre REVs-Chi/Dtxd and REVs-Chi-PVA/Dtxd e o aumento da imunidade de mucosa. Estas partículas podem ser usadas como veículo geral tanto para transporte de drogas quanto de vacinas (Rescia et alli, 2009c).