Navegando por Palavras-chave "Teste de memória"

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    Acesso aberto (Open Access)
    Memória espacial em ratos: diferenças sexuais e influência do procedimento de lavagem vaginal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2021-04-29) Santos, Marcela Becegato dos; Silva, Regina Helena da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0101190051087933; http://lattes.cnpq.br/9407606761958462; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O sexo feminino tem sido negligenciado na pesquisa na área de neurociência e farmacologia comportamental, alegando-se o aumento da variabilidade dos resultados causado pelas flutuações hormonais. Em estudos com roedores, o procedimento de lavagem vaginal (PLV) é um método comum de coleta de esfregaços para determinação da fase do ciclo estral por análise citológica. No entanto, pouco se sabe sobre as consequências do procedimento. No campo da neurociência, a memória espacial tem sido um assunto relevante em termos de diferenças entre os sexos. De forma geral, um desempenho pior é apontado em fêmeas em relação aos machos. Porém, devido à negligência mencionada, os testes de memória espacial foram padronizados em machos. Dentre os testes que avaliam a memória espacial, a tarefa de reconhecimento de local de objetos (RLO) permite a avaliação da memória espacial com caráter de reconhecimento; a tarefa de labirinto em T (LT) permite a avaliação da memória espacial com caráter referencial e uso de recompensa; e a tarefa de esquiva discriminativa do labirinto em cruz elevado (EDL) permite a avaliação concomitante da memória espacial (com uso de estimulação aversiva), comportamento tipo ansiedade e locomoção. O objetivo do presente estudo foi investigar as diferenças sexuais e os efeitos do PLV sobre o desempenho de ratas nessas tarefas comportamentais. Ratos Wistar adultos, ratas Wistar adultas e ratas Wistar adultas submetidas a 14 dias de PLV foram avaliados nas tarefas comportamentais. Além disso, outro conjunto de ratas foi submetido ao PLV para determinação dos níveis de corticosterona plasmática. Fêmeas não submetidas ao PLV e machos tiveram desempenho semelhante na tarefa de EDL, enquanto fêmeas foram ligeiramente melhores nas tarefas de RLO e LT. Ratas submetidas ao PLV tiveram comprometimento do desempenho nas tarefas de EDL e RLO, mas não foram encontradas alterações em comportamentos relacionados à ansiedade. O procedimento de coleta de secreção vaginal também resultou em um nível mais alto de corticosterona plasmática, sugerindo que o PLV é uma manipulação estressante. Em conclusão, fêmeas não parecem ser naturalmente piores em tarefas de memória espacial, e o desempenho comparativo em relação aos machos depende do tipo de tarefa e dos parâmetros utilizados na comparação. Ainda, o uso do PLV para controlar a variação hormonal promove alterações comportamentais e fisiológicas per se.