Navegando por Palavras-chave "Student support services"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O apoio pedagógico no campo da assistência estudantil no contexto da expansão do ensino superior no Brasil(Faculdade de Educação da Unicamp, 2021-06-01) Dias, Carlos Eduardo Sampaio Burgos [UNIFESP]; Sampaio, Helena Maria Sant'Anna; http://lattes.cnpq.br/5525365551841212Esta tese tem como tema o apoio pedagógico na assistência estudantil e o meu objetivo é compreender como o apoio pedagógico vem se constituindo no âmbito dos serviços de apoio aos estudantes na assistência estudantil em universidades federais brasileiras. O estudo se insere no campo de pesquisas sobre ensino superior e tem como pano de fundo a expansão do ensino superior brasileiro, já considerado um sistema de massa. O processo de massificação do ensino superior no Brasil, assim como em outros países, trouxe uma diversificação da população estudantil, com muitos estudantes de primeira geração. A chegada desse novo público passou a exigir das instituições novas políticas e ações para responder às suas demandas e, é nesse contexto que surgem as ações de apoio pedagógico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com levantamento bibliográfico e da legislação e pesquisa de campo, que envolveu observação, conversas informais e entrevistas com profissionais da assistência estudantil de quatro universidades federais: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal do ABC (UFABC). A tese está organizada em três capítulos, além da introdução e considerações finais. Na introdução faço uma contextualização da criação dos serviços de apoio aos estudantes no bojo da expansão dos sistemas de ensino superior no Brasil e no mundo e a necessidade de diferentes políticas de apoio aos estudantes voltadas à permanência deles. No primeiro capítulo apresento por meio da visão dos profissionais dos serviços de apoio aos estudantes, à assistência estudantil enquanto campo em consolidação. No segundo focalizo o momento da chegada dos profissionais entrevistados nos órgãos de assistência estudantil, o processo de construção da identidade profissional nesse campo e o papel da formação continuada nesse processo. No terceiro capítulo evidencio o entendimento dos profissionais entrevistados a respeito do apoio pedagógico e como eles estão construindo essa área a partir de literaturas de diferentes áreas do conhecimento, como pedagogia, sociologia, psicologia e serviço social. Nas considerações finais mostro as diferenças e semelhanças do apoio pedagógico a partir da pesquisa feita nas quatro universidades, na sequência trago os dois resultados em termos de contribuição, um deles o diálogo mais geral com a literatura sobre ensino superior e o outro mais específico com a literatura sobre assistência estudantil e apoio pedagógico e, finalizo apresento três ideias que permitem pensar o apoio pedagógico enquanto novidade: a abrangência nacional, o seu desenvolvimento na fronteira com outras disciplinas, como a psicologia e o serviço social, e a concepção de apoio pedagógico conferindo unidade a uma série de experiências que já aconteciam nas instituições. Concluo que o apoio pedagógico, tanto na modalidade individual quanto coletiva, ao se debruçar sobre as dificuldades individuais dos estudantes no contexto da expansão e das políticas de ações afirmativas, tomando os indicadores acadêmicos como referência, mas não se restringindo a eles, constitui-se como uma política de permanência estudantil voltada a apoiar os estudantes em suas aprendizagens, em sua integração ao ensino superior, e em sua afiliação intelectual. Assim, tanto a assistência estudantil como o apoio pedagógico hoje são novos valores as universidades públicas brasileiras. A institucionalização do apoio pedagógico possibilitou ainda dar visibilidade ao lugar conferido pelas universidades à questão da aprendizagem dos estudantes. Mais que isso, deu ao tema do aprendizado uma centralidade no campo das ações de permanência estudantil, ao entender que, independentemente das diferenças de trajetórias escolares dos estudantes, a aprendizagem na universidade é de sua responsabilidade.