Navegando por Palavras-chave "Squamata"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Como a sazonalidade e estratégias termorregulatórias influenciam a expressão de dimorfismo sexual em Squamata?(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-28) Battistini, Miguel Marson [UNIFESP]; Palaoro, Alexandre Varaschin [UNIFESP]; Barros, Fábio Cury de; http://lattes.cnpq.br/5883503101496715; http://lattes.cnpq.br/8199384976057695; http://lattes.cnpq.br/8016537976253064A seleção sexual pode ter como uma de suas consequências a expressão de dimorfismo sexual relacionado com características sexuais secundárias. Essas expressões de dimorfismo podem apresentar variações ao longo de diferentes ambientes. Especificamente, o clima pode se apresentar como um importante modulador evolutivo, principalmente para organismos ectotérmicos, pois estes dependem de fontes externas de calor para elevar e garantir a homeostase de seu metabolismo. Em lagartos, as estratégias de termorregulação e os níveis de sazonalidade do ambiente podem influenciar diversos fatores que estão sobre a ação da seleção sexual, como, por exemplo, ajustes nos ciclos reprodutivos e níveis metabólicos. Por sua vez, os ajustes fisiológicos determinados pela variação nos recursos ambientais podem influenciar as competições macho-macho por fêmeas, estabelecimento de territórios, dentre outras questões, o que levaria ao estabelecimento de características sexuais secundárias nas linhagens. Neste contexto, duas hipóteses contrastantes guiaram essa pesquisa. Por um lado, pode-se prever que lagartos que habitam ambientes mais sazonais são menos dimórficos, já que a restrição ambiental por recursos nestes ambientes não seria favorável à monopolização de parceiros sexuais, implicando na flexibilização temporal sobre o estabelecimento de características sexuais secundárias. Por outro lado, ambientes mais sazonais podem ser os ambientes mais propícios para a expressão de dimorfismo sexual, pois favoreceria um maior grau de interação agonística entre machos em busca do melhor território, em termos de recursos, tanto do ponto de vista termorregulatório, quanto alimentar. Para testar tais hipóteses, utilizei as dimensões da cabeça em diferentes linhagens como proxy para o dimorfismo sexual em lagartos, uma vez que este atributo está ligado diretamente à força de mordida e comunicação específica, fatores importantes na determinação de vencedores dos confrontos macho-macho. O dimorfismo sexual foi avaliado em função dos dados de temperatura corpórea das espécies e de sazonalidade do clima extraídos da literatura para um total de 25 linhagens. Os resultados mostraram que as variáveis termorregulatórias e de sazonalidade não têm efeito sobre o estabelecimento do dimorfismo sexual em lagartos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Como a sazonalidade influencia a fisiologia térmica de lagartos com diferentes estratégias termorregulatórias: uma meta-análise(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-29) Oliveira, Danilo Giacometti dos Santos Uehara [UNIFESP]; Barros, Fábio Cury de [UNIFESP]; Sousa, Laura Carolina Leal de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0645237910354535; http://lattes.cnpq.br/5883503101496715; http://lattes.cnpq.br/7962343589657532Ectotermos que mantêm o balanço térmico de forma relativamente independente às condições climáticas devem ser favorecidos a colonizar uma grande quantidade de habitats. Para minimizar influências externas sobre a fisiologia e controlar a temperatura corpórea, lagartos utilizam uma ampla gama de comportamentos termorregulatórios. Lagartos heliotérmicos usam a radiação solar para ganhar calor e são frequentemente vistas como termorreguladoras precisos. Contrariamente, não-heliotérmicos são geralmente limitados pelas condições climáticas de seus habitats e apresentam baixa precisão termorregulatória por conta disto. Embora muito foco tenha sido dado aos efeitos das temperaturas médias sobre as espécies, sabemos relativamente menos sobre como a sazonalidade da temperatura afeta respostas térmicas em ampla escala. Considerando a crise climática que estamos enfrentando, é extremamente importante entender como lagartos lidam com variações temporais e espaciais no clima. As temperaturas corpóreas de atividade (Tb) e as temperaturas preferenciais (Tpref) são traços-chave da fisiologia térmica que são frequentemente estudados no contexto de mudanças sazonais nas temperaturas do habitat. Neste trabalho, usamos uma abordagem meta-analítica para avaliar como a sazonalidade da temperatura influencia a variação sazonal na Tb e Tpref de lagartos com diferentes estratégias termorregulatórias (heliotérmicos vs. não-heliotérmicos). Nós mostramos que a magnitude da variação sazonal da Tb foi maior do que da Tpref, e isso pode ser explicado a partir das diferenças teóricas e metodológicas entre esses traços. Em habitats pouco sazonais, heliotérmicos mostraram menor variação na Tb do que não-heliotérmicos, em concordância com a noção de que heliotérmicos têm maior precisão termorregulatória. No entanto, em habitats muito sazonais, a variação na Tb de heliotérmicos aumentou, sugerindo que o comportamento termorregulatório pode não compensar os efeitos do clima sobre as espécies em locais em que as temperaturas ambientais variam substancialmente entre estações. A variação sazonal na Tpref aumentou com a sazonalidade da temperatura ambiental independente da estratégia termorregulatória. Isso indica que lagartos em ambientes muito sazonais têm maior potencial para plasticidade em respostas térmicas, sendo capazes de se manterem ativos apesar de grandes variações nas temperaturas corpóreas. Em suma, nossos resultados apoiam a ideia de que a fisiologia térmica tende a ser mais variável em ambientes mais sazonais e mostra que a importância relativa do comportamento termorregulatória depende do contexto em que as espécies estão inseridas. Nós reforçamos a importância de usar informações fisiológicas, comportamentais e ambientais em modelos que têm como objetivo entender os fatores que promovem ou limitam a evolução de traços térmicos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O impacto ecológico da gravidez em lagartos tropidurídeos: variação termorregulatória, metabólica e de desempenho locomotor em Tropidurus catalanensis (GUDYNAS & SKUK, 1983)(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-06) Lima, Carine Colucci de [UNIFESP]; Barros, Fábio Cury de [UNIFESP]; Carvalho, José Eduardo de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6738085765102617; http://lattes.cnpq.br/5883503101496715; http://lattes.cnpq.br/1482053428114313Fêmeas que engravidam podem apresentar uma série de modificações fisiológicas, morfológicas e comportamentais durante o período reprodutivo, que garantem o desenvolvimento eficiente dos ovos e embriões. Em lagartos, modificações em decorrência da gravidez podem desafiar os processos termorregulatórios em linhagens que se expõe constantemente ao sol, chamadas heliotérmicas. Em uma condição limitante, o ajuste das temperaturas corpóreas de atividade dos organismos (Tbs) dentro de uma faixa de temperaturas ideais pode ser afetado. A gravidez também pode elevar os custos energéticos relativos a produção de gametas e tecidos, em adição à questão termorregulatória. Em termos ecológicos, o aumento metabólico e de massa associada ao carregamento dos ovos pode alterar o balanço na homeostase corpórea e reduzir a disponibilidade de energia para outras funções, como o desempenho locomotor. A relação complexa entre os parâmetros citados é pouco explorada na literatura e, neste trabalho, eu comparei os padrões termorregulatórios, de desempenho locomotor e de metabolismo energético entre as fêmeas grávidas e não-grávidas, incluindo os machos como grupo controle no lagarto Tropidurus catalanensis. Especificamente, previ que fêmeas grávidas (1) devem termorregular mais precisamente e selecionar Tbs mais altas e constantes por meio do uso de microhábitats específicos, quando comparadas a fêmeas não gravidas e machos, (2) apresentam maior gasto energético em relação aos outros grupos e (3) são mais lentas e menos resistentes do que os demais grupos por causa do ônus relacionado à gravidez e ao aumento de massa corpórea. De forma contrária à minha previsão, observei que as fêmeas grávidas selecionaram em campo Tbs reduzidas em relação aos seus co-específicos, ocupando microambientes relativamente mais altos e sombreados. Quanto ao gasto energético, os três grupos consomem a mesma taxa de oxigênio. Por fim, fêmeas em geral se mostraram menos resistentes quando forçadas a correr até a exaustão. Estes resultados podem indicar um compromisso funcional entre as demandas de homeostase corpórea e aspectos relacionados à interação ecológica como, por exemplo, o risco à predação. Como conclusão, destaco a importância de mais estudos na área para o melhor entendimento de demandas associadas à gravidez em Squamata.
- ItemSomente MetadadadosMolecular phylogeny, species limits, and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata: Leiosauridae): An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia(Elsevier B.V., 2014-12-01) Rodrigues, Miguel Trefaut; Vina Bertolotto, Carolina Elena; Amaro, Renata Cecilia; Yonenaga-Yassuda, Yatiyo; Xavier Freire, Eliza Maria; Machado Pellegrino, Katia Cristina [UNIFESP]; Universidade de São Paulo (USP); Univ Santo Amaro; Univ Fed Rio Grande do Norte; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The endemic Brazilian Enyalius encompasses a diverse group of forest lizards with most species restricted to the Atlantic Forest (AF). Their taxonomy is problematic due to extensive variation in color pattern and external morphology. We present the first phylogenetic hypothesis for the genus based on 2102 bp of the mtDNA (cyt-b, ND4, and 16S) and nuclear (c-mos) regions, uncovering all previously admitted taxa (9 spp). Different methods of tree reconstruction were explored with Urostrophus vautieri, Anisolepis grilli and A. longicauda as outgroups. the monophyly of Enyalius and its split into two deeply divergent clades (late Oligocene and early Miocene) is strongly supported. Cade A assembles most lineages restricted to south and southeastern Brazil, and within it Enyalius brasiliensis is polyphyletic; herein full species status of E. brasiliensis and E. boulengeri is resurrected. Cade B unites the Amazonian E. leechii as sister-group to a major clade containing E. bilineatus as sister-group to all remaining species from northeastern Brazil. We detected unrecognized diversity in several populations suggesting putative species. Biogeographical analyses indicate that Enyalius keeps fidelity to shadowed forests, with few cases of dispersal into open regions. Ancient dispersal into the Amazon from an AF ancestor may have occurred through northeastern Brazil. (C) 2014 Elsevier Inc. All rights reserved.