Navegando por Palavras-chave "Soluções cristaloides"
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- ItemEmbargoComparação dos efeitos hemodinâmicos da infusão de cristaloides em velocidade rápida e lenta em pacientes críticos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-25) Tomotani, Daniere Yurie Vieira [UNIFESP]; Machado, Flávia Ribeiro [UNIFESP]; Freitas, Flávio Geraldo Resende [UNIFESP]; Zampier, Fernando Godinho; http://lattes.cnpq.br/7789368233439493; http://lattes.cnpq.br/5936586025491494; http://lattes.cnpq.br/1160079071166685; http://lattes.cnpq.br/3415075369113691Objetivo: O objetivo primário desse estudo é comparar o efeito da infusão de cristaloides para expansão volêmica feitos em velocidade lenta ou rápida na pressão arterial e em outros parâmetros hemodinâmicos e de perfusão tecidual. Métodos: Tratou-se de um estudo observacional com amostra de conveniência em nove centros participantes do estudo BaSICS, um ensaio clínico randomizado que comparou duas velocidades diferentes de infusão de fluidos de ressuscitação em pacientes graves internados em UTI. Foram incluídos pacientes randomizados previamente para o BaSICS que estivessem com monitorização de pressão venosa central (PVC) e pressão arterial invasiva. Foram excluídos os pacientes que necessitaram de infusão de mais que 500 ml de fluidos ou nos quais houvesse modificações de conduta durante o período de observação. As variáveis hemodinâmicas foram coletadas imediatamente antes da infusão e a cada 30 min até 60 min após o término da infusão, totalizando 2,5 horas de observação no grupo de velocidade lenta e 1,5 horas no grupo de velocidade rápida. As variáveis de perfusão tecidual imediatamente antes e após o término do protocolo. O desfecho primário foi a diferença ajustada na pressão arterial média (PAM) nos diferentes momentos (T0, T1, T2 e T3). A análise principal foi feita por meio de modelo misto ajustado por dose de noradrenalina basal, momento e grupo de intervenção (lento e rápido), com efeito randômico do paciente. Resultados: Um total de 146 pacientes completaram o estudo (grupo lento: 71, grupo rápido: 75). Não houve diferença no efeito marginal global na PAM, com uma diferença entre a velocidade rápida e a velocidade lenta de 1,1 mmHg [intervalo de confiança (IC) 95%: -2,3 mmHg a 4,6 mmHg; p = 0,52]. Não houve diferença entre os grupos no tocante a frequência cardíaca e nas variáveis de perfusão. A análise do efeito marginal global mostrou aumento da PVC com a velocidade rápida com uma diferença de 1,4 mmHg (IC 95%: 0,1 mmHg a 2,7 mmHg; p = 0,04). No subgrupo de pacientes onde foi mensurado o débito cardíaco (DC), a análise do efeito marginal global sobre o doente médio mostrou aumento do DC com a velocidade rápida com uma diferença de 1,78 L/min (IC 95%: 0,08 L/min a 3,48 L/min; p = 0,04). Conclusão: Em paciente de terapia intensiva submetidos a expansão volêmica, a infusão de cristaloides na velocidade lenta e rápida não levou a diferenças nos valores da PAM ou de perfusão tecidual, mas observamos aumento de DC e da PVC nos pacientes que receberam infusão de cristaloides em velocidade rápida.