Navegando por Palavras-chave "Sintomas alimentares"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Associação de sintomas psiquiátricos gerais com uso de drogas e sintomas alimentares em adolescentes brasileiros e suas implicações para os programas de prevenção escolares(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-01) Almeida, Mireille Coêlho de [UNIFESP]; Sanchez, Zila van der Meer [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9110200572507368; http://lattes.cnpq.br/7415893236409726Introdução. Na adolescência, observa-se um importante risco para o surgimento de sintomas psiquiátricos gerais, uso de álcool e outras drogas e sintomas alimentares. No Brasil, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), tem investido desde 2013 no desenvolvimento do Programa de Prevenção Escolar ao Uso de Drogas #Tamojunto 2.0. De base teórica psicossocial, o #Tamojunto 2.0 trabalha no fortalecimento de fatores de proteção globais, através do desenvolvimento de habilidades de vida. Dessa forma, apesar de não ter sido previsto em seu modelo teórico, ele também poderia ser um fator protetor para o surgimento de sintomas psiquiátricos gerais e sintomas alimentares nessa faixa etária. Considerando a frequente associação dos sintomas psiquiátricos gerais com uso de álcool e outras drogas e com sintomas alimentares, essa tese tem como objetivo principal avaliar os possíveis efeitos secundários do programa de Prevenção #Tamojunto 2.0 na redução de sintomas psiquiátricos em adolescentes de escolas públicas brasileiras, assim como investigar a associação desses sintomas com o uso de drogas e os sintomas alimentares apresentados. Metodologia. Através do ensaio controlado randomizado por cluster realizado para avaliar a efetividade do #Tamojunto 2.0, obtivemos os dados para análises apresentadas nesta tese. Participaram 5208 alunos de 8º ano do ensino fundamental de escolas públicas de três cidades brasileiras. 73 escolas foram randomizadas, para participação no Programa #Tamojunto 2.0, que foi implantado em 2019. A intervenção consistia em 12 aulas aplicadas pelo professor, previamente treinado. O grupo controle não recebeu nenhum programa preventivo no mesmo ano. O instrumento para coleta de dados era anônimo e de autopreenchimento, tendo sido aplicado em dois momentos: antes da intervenção, e 9 meses depois dela. Foram realizadas análises de predição, moderação e mediação, com produção de três artigos. Resultados. No primeiro artigo, observamos que os preditores do uso de drogas entre os adolescentes brasileiros foram: sexo feminino, idade maior, uso prévio de álcool e outras drogas, e a presença de sintomas psiquiátricos no baseline. Apesar disso, não encontramos evidências de efeito moderador dos sintomas psiquiátricos na resposta ao programa #Tamojunto 2.0. No segundo artigo, sugerimos que o SCOFF seja considerado um instrumento de rastreio útil para uso em adolescentes brasileiros, e identificamos uma alta prevalência de sintomas alimentares na população estudada, além de uma significativa associação desses sintomas com sintomas psiquiátricos gerais, especialmente as dificuldades emocionais. No terceiro artigo confirmamos que o #Tamojunto 2.0 não interferiu direta ou indiretamente na presença de sintomas alimentares dos adolescentes, porém evidenciamos o efeito mediador das seguintes variáveis: insatisfação corporal e sintomas psiquiátricos (aumentam o risco) e capacidade de tomada de decisões e habilidades de recusa (diminuem o risco). Conclusão. Dessa forma, entendemos que a necessidade de estratégias de saúde pública direcionadas aos adolescentes brasileiros é urgente. Sugerimos ainda que o foco dessas medidas seja o desenvolvimento de programas de prevenção escolares que abordem simultaneamente os sintomas psiquiátricos gerais, uso de álcool e outras drogas, e sintomas alimentares.