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- ItemEmbargoMacroanatomia encefálica de Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834): implicações neuroecológicas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-16) Silva, Adeane de Souza [UNIFESP]; Casas, André Luis da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5720971446393976; http://lattes.cnpq.br/7644046846578539; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As investigações neuroanatômicas são empregadas a fim de compreender, macroscopicamente, as características do sistema nervoso de um organismo, possibilitando a distinção e a comparação entre indivíduos e/ou espécies. Para os elasmobrânquios, essas análises apresentam-se de forma descritiva, associada às funções destas estruturas. Recentemente, os estudos buscam uma abordagem mais ampla e interdisciplinar, correlacionando aspectos neurológicos com fatores ecológicos. A Neuroecologia investiga a relação entre a ecologia e a organização morfológica do encéfalo de um indivíduo, abrangendo uma das áreas de estudo da Ecomorfologia, que por sua vez busca compreender a relação existente entre a organização estrutural dos organismos e seu nicho ecológico em um arcabouço evolutivo. Nesse contexto, investigamos a neuroecologia de Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834), uma das espécies de tubarão com maior distribuição geográfica global, e que apresenta características morfológicas e ecológicas particulares que a diferem dos demais elasmobrânquios, como por exemplo, o formato do cefalofólio e os hábitos gregários. Dados ecológicos e morfológicos referentes a esta espécie estão disponíveis na literatura, porém, pouco se sabe sobre suas variações macroanatômicas encefálicas intraespecíficas, tampouco relacionadas a sua ecologia. Tais informações, tornam-se urgentes, devido a alta pressão antrópica sobre a espécie, sobretudo advinda da pesca, que resultou em um acentuado declínio populacional, de forma que S. lewini encontra-se atualmente na lista de espécies ameaçadas de extinção da IUCN, classificada como criticamente ameaçada (CR). Para isso, foram examinados 21 espécimes de S. lewini que variaram de 46,6 a 54,0 cm de comprimento total (CT), categorizados em três intervalos de CT, sendo C1 indivíduos que variaram de 46,6 a 54,0 cm, C2 de 54,94 - 60,63 cm e C3 de 67.99 - 77,89 cm. Resultando na descrição anatômica do telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, cerebelo e medula oblonga de S. lewini. Foram identificadas variações intraespecíficas, como por exemplo a maior definição dos sulcos e giros cerebelares e a acentuação das fóssulas diencefálicas. Estes resultados foram relacionados a dados obtidos da literatura sobre a ecologia desta espécie, permitindo realizar uma abordagem neuroecológica inédita para S. lewini, que neste estudo demonstrou apresentar variações neuroecológicas desde as primeiras fases ontogenéticas, onde quanto mais complexo o ambiente, maior e mais elaborado estruturalmente será o encéfalo.