Navegando por Palavras-chave "Sífilis gestacional"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Desafios da sífilis gestacional e congênita na atenção primária: revisão integrativa(Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-30) Sousa, Beatriz Medeiros [UNIFESP]; Goldman, Rosely Erlach [UNIFESP]; Westphal, Flávia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7832457453349192; http://lattes.cnpq.br/1203039738181639; https://lattes.cnpq.br/9213708863551312Objetivo: Sintetizar o conhecimento sobre a sífilis congênita e analisar as possíveis lacunas existentes no serviço de atenção básica e o aumento da incidência da sífilis gestacional e da sífilis congênita. Métodos: Revisão integrativa com busca nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE via PubMed, SCOPUS, Web of Science TM, Índice Bibliográfico de Ciências da Saúde (IBECS), Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os seguintes descritores: “Sífilis Congênita” ou “Congenital Syphilis”; “Sífilis em Gestante” ou “Gestational Syphilis” e "Sífilis congênita” AND “Sífilis em gestante”. O período de busca foi realizado entre agosto e dezembro de 2022, segundo os seguintes critérios de inclusão: estudos de fonte primária que tivessem como assunto principal o abordado nesta revisão, publicados nos idiomas português, espanhol ou inglês, nos últimos cinco anos, disponíveis na íntegra online e de forma gratuita. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultados: Foram identificados 18 estudos associando o aumento de casos de sífilis gestacional e sífilis congênita com o pré-natal ineficaz em 33,3% (n=6),com a triagem para sífilis realizada de forma indevida em 38,8% (n=7), com a falta de conhecimento dos profissionais em 11,1% (n=2) e com a falta de orientações suficientemente boas em 11,1% (n=2) deles. Além disso, 11,1% (n=2) relaciona à falta de conhecimentos por parte das gestantes, 11,1% (n=2) com baixa administração oportuna de terapia farmacológica, 22,2% (n=4) com o manejo ineficaz dos parceiros sexuais das gestantes, 5,5% (n=1) com a crise de desabastecimento penicilina e 22,2% (n=4) com outros fatores, como problemas com plano de saúde e relacionados à imigração. Considerações Finais: A revisão de literatura permitiu avaliar as principais lacunas em relação ao aumento dos casos de sífilis gestacional e sífilis congênita e suas motivações, inferindo a necessidade de intervenções de curto, médio e longo prazo a fim de minimizar as altas incidências.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Mortalidade com sífilis congênita no município de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2022-09-02) Soares, Roberta de Almeida [UNIFESP]; Luppi, Carla Gianna [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7144041143118933; http://lattes.cnpq.br/5155333740641047; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A sífilis congênita (SC) é uma doença evitável mediante detecção precoce e tratamento adequado e oportunamente instituído para a sífilis em gestantes (SG). O acompanhamento adequado no pré-natal (PN), parto e puerpério é a melhor prevenção contra a transmissão vertical da doença. Em decorrência da dificuldade de manejo de casos de SG, podem ocorrer graves consequências. Assim, conhecer sistematicamente fatores associados à mortalidade com SC e propor medidas de prevenção e controle da doença pode auxiliar em sua redução e de seus efeitos. Objetivo: investigar os casos de SC e os seus desfechos no município de São Paulo (MSP) nos anos de 2016 a 2018. Método: estudo quantitativo, transversal, observacional e analítico com o universo de dados secundários do projeto Mortalidade por sífilis congênita no estado de São Paulo, tendo todos os casos notificados com SC residentes no MSP. A fonte de dados utilizada foi a base de dados aprimorada do Sinan. Realizou-se a descrição dos dados desagregados segundo ano e evolução com SC (óbito infantil; óbito perinatal; desfechos desfavoráveis (DD) - aborto; natimorto; óbito infantil); descreveram-se as respectivas taxas de mortalidade: infantil com SC (TMISC) por 1.000 nascidos vivos (NV); perinatal com SC (TMPSC) por 1.000 nascimentos totais (NT); e por desfechos desfavoráveis com SC (TMDDSC) por 1.000 NT. Empregaram-se fatores associados aos DD com SC por meio de análise bivariada e elaboração de modelo múltiplo por regressão logística; utilizou-se o odds ratio e intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: dos 3.434 casos notificados de SC no MSP, a evolução foi de 82,47% de casos vivos, 9,03% de abortos, 5,59% de natimortos, 1,08% de óbitos infantis com SC e 1,31% de óbitos por outras causas. Encontrou-se elevação de casos de SC e de seus DD no MSP de 2016 a 2018, de forma heterogênea, segundo local de residência, características maternas e infantis e assistência ao ciclo gravídico-puerperal. Observou-se elevação das TMISC, TMPSC e TMDDSC no MSP, de formas diferentes, segundo região de residência dos casos. Os 36 óbitos infantis com SC ocorreram mais frequentemente nos casos com maiores títulos do teste não treponêmico (TNT) materno no parto (3,59% com título de 1/128 ou mais) e no sangue periférico da criança (5,00% com título de 1/128 ou mais); local de moradia, com maior frequência nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) Sudeste (2,14%) e Leste (1,82%); não realização de PN (2,38%); esquema de tratamento da criança não realizado (11,94%); e outras. Os 233 óbitos perinatais ocorridos foram mais frequentes de acordo com as seguintes características: títulos de TNT maternos elevados (28,24% com títulos de 1/128 ou mais); local de moradia com destaque para as CRS Leste (9,76%) e Sul (7,93%); não realização de PN (13,41%); e outras. Identificaram-se os seguintes fatores independentemente associados aos DD com SC: ano de diagnóstico 2018 (OR=1,53; IC95% 1,17–1,98); vulnerabilidade individual: faixa etária materna de 35 a 39 anos (OR=0,59; IC95% 0,36–0,97); título elevado do TNT 1/16 a 1/64 (OR=1,76 (IC95% 1,40–2,23) e 1/128 ou mais (OR=3,21; IC 95% 2,33–4,42); vulnerabilidade social: local de residência CRS Sul (OR=1,71; IC95% 1,01–2,89) e leste (OR=1,71; IC95% 1,01–2,89); vulnerabilidade programática: não realização de PN (OR=3,14; IC95% 2,38–4,14); diagnóstico de SM no momento do parto/curetagem (OR=2,28; IC95% 1,68–3,08); esquema de tratamento materno não realizado (OR=7,97; IC 95% 1,91–33,21) ou inadequado (OR=6,52; IC 95% 1,58–26,91). Conclusão: Houve aumento de casos de sífilis congênita, óbito infantil, óbito perinatal e desfechos desfavoráveis no período analisado. Regiões com maior vulnerabilidade no município de São Paulo (leste e sul) apresentaram mais chances de desfechos desfavoráveis, reforçando a importância da detecção e do tratamento precoces da sífilis gestacional e do pré-natal adequado, com ações mais intensivas direcionadas às populações moradoras dessas regiões.