Navegando por Palavras-chave "Rural population"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Aids em área rural de Minas Gerais: abordagem cultural(Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2007-06-01) Guimarães, Patricia Neves [UNIFESP]; Martin, Denise [UNIFESP]; Quirino, José [UNIFESP]; Universidade Estadual de Montes Claros Departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva; Universidade Católica de Santos Programa de Mestrado em Saúde Coletiva; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)OBJECTIVE: To describe behaviors facilitating HIV/AIDS exposure in rural population. METHODS: A qualitative study was conducted comprising 52 patients who attended a STD/AIDS outpatient clinic in 2002 and 2003. In-depth open and semi-structured interviews were carried out with subjects (30 males, 22 females) at the clinic or at home in rural municipalities in the northern area of Minas Gerais state, Southeastern Brazil. Interviews were transcribed and analyzed considering categories such as disease, work, social life, prior HIV/AIDS knowledge, and lifestyle. Content analysis was used for result interpretation. RESULTS: Interviewees perceived AIDS as a big city disease, an outsider's disease, dissociated from local culture. They were all infected through either heterosexual or homosexual sex. Rural-urban migration is a major factor for HIV infection in the area as people migrate to search for jobs. CONCLUSIONS: Popular beliefs about HIV/AIDS disease contributes to HIV vulnerability of this population. There is a need to apprehend their cultural beliefs to better understand their ways of thinking and to focus on these local beliefs when disseminating HIV/AIDS information.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos da pandemia na percepção de ribeirinhos do Amazonas que foram infectados pela Covid-19(Universidade Federal de São Paulo, 2024-01-31) Zahn, Sara Neves Lima [UNIFESP]; Padovani, Ricardo da Costa [UNIFESP]; Caranti, Danielle Arisa [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4760019839583649; http://lattes.cnpq.br/5442923292795249; http://lattes.cnpq.br/9495645871390040; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O estado do Amazonas apresentou um dos cenários mais desastrosos durante a pandemia com a interiorização rápida do vírus, a falta de oxigênio, a ausência de leitos hospitalares e o número alarmante de óbitos. Os ribeirinhos, população tradicional da floresta e da água, sentiram todos esses efeitos em uma condição de vulnerabilidade, por conta de aspectos como a situação de moradia, condições sanitárias insalubres, distanciamento geográfico de serviços públicos e desafios enfrentados para garantir a sobrevivência nas várzeas e cheias dos rios. Esta pesquisa teve como objetivo compreender os efeitos da pandemia na percepção de ribeirinhos do Amazonas que foram infectados pela covid-19. Trata-se de um estudo de campo observacional descritivo de natureza qualitativa e amostragem intencional, adequada com base no critério de saturação. Participaram do estudo 12 indivíduos ribeirinhos, maiores de 18 anos, do sexo feminino e masculino, que foram infectados pela Covid-19 durante a primeira onda da pandemia. Para obtenção dos dados foram utilizados: um questionário de perfil sociodemográfico e de saúde de populações ribeirinhas durante a pandemia, o questionário do Critério de Classificação Econômica Brasil, uma entrevista semiestruturada e a observação participante registrada em um diário de campo. Para análise dos dados qualitativos foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática que propõe uma pré-análise, através da leitura flutuante, seleção das unidades de significado, e tratamento dos resultados, agregando os dados em núcleos temáticos e subnúcleos. Os participantes tinham idade entre 29 e 54 anos, sendo sete mulheres. A pesca e agricultura foram as ocupações relatadas pela maioria dos entrevistados. Foram identificados quatro núcleos temáticos: “Modos de vida na comunidade”, emergente das falas dos entrevistados, compõe o primeiro item dos resultados junto às características sociodemográficas dos participantes; “No meio do temporal”, que incorporou as compreensões sobre Covid-19, medidas de contenção do vírus, efeitos percebidos no corpo e impacto da pandemia sobre as escolas ribeirinhas; “Enfrentamento à Covid-19”, que envolveu a percepção do ribeirinho quanto à assistência em saúde recebida durante a pandemia, à utilização dos saberes ancestrais e elementos da floresta na tentativa de recuperação da saúde e à outras estratégias de enfrentamento utilizadas; “‘Doeu no bolso e faltou no prato’”, que fez alusão aos efeitos negativos da pandemia sobre a economia e sobre o estilo de vida ribeirinho. Os efeitos da Covid-19 apresentados pelos participantes demonstram as desigualdades sociais instaladas no cenário ribeirinho e acentuação dos problemas estruturais dos serviços públicos, alertando quanto a efetividade das políticas públicas dirigidas a esses povos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Envelhecer de migrantes no ambiente rural de Chapecó: “solo noi sapemo le cose que habemo passato"(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011-02-22) Tombini, Fátima Ferretti [UNIFESP]; Bretas, Ana Cristina Passarella [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)No Brasil, o envelhecimento populacional é um fenômeno relativamente novo e vem sendo colocado pela área das ciências humanas e sociais como um tema contemporâneo, desafiador e heterogêneo, visto que todos os fatores que interferem no âmbito da vida do ser humano, como sua história, seu aporte genético, sua cultura, meio ambiente e a sociedade onde viveu e conviveu constituem o processo de viver e envelhecer. Historicamente, as diversas sociedades construíram diferentes representações sobre a velhice e a posição social dos velhos, bem como, sobre o tratamento que lhes deve ser dispensado. Esses fatores fazem com que a velhice se constitua com significados distintos para cada ser humano, também dependendo do ambiente, seja rural ou urbano, no qual ele viveu. Esse estudo teve como tema a velhice no contexto rural de Chapecó, no oeste catarinense e os seguintes objetivos: Compreender os significados do processo de envelhecer no contexto rural da região de Chapecó por meio dos relatos de vida de migrantes rio-grandenses idosos e descrever o processo de migrar e colonizar o oeste catarinense a partir da década de 40, segundo as histórias de vida destes colonizadores. As opções metodológicas se deram mediante a relação e o tensionamento entre o campo e o objeto de pesquisa, nesse caso, respectivamente, o contexto rural do oeste catarinense e a velhice dos migrantes rio-grandense, colonizadores dessa região. Nesse sentido, a presente pesquisa foi realizada por meio da utilização do método história oral, do tipo História Oral de Vida. Observamos que a colonização em Santa Catarina se deu motivada essencialmente pelo acesso à terra, e que as empresas colonizadoras, atendendo aos objetivos do estado, buscavam, de alguma forma, trazer ordem e progresso para territórios esquecidos por ele. Essa tarefa foi confiada aos migrantes rio-grandenses que tinham uma organização de trabalho familiar para a produção de bens, especialmente, alimentos e matéria-prima para o mercado interno. O trabalho com a terra se constituía no elemento central da organização das vidas desses desbravadores. Nesse processo de colonizar, outras populações foram excluídas, nesse caso caboclos e indígenas. Entre os significados construídos em torno de viver e envelhecer nesse território estão o trabalho, enquanto marca central da identidade do desbravador e desbravadora, a saúde, enquanto um bem necessário para viver a velhice de forma plena, a família, a vizinhança e os amigos, enquanto rede de apoio que favoreceu a permanência dos idosos no meio rural, a religiosidade, enquanto uma dimensão central da vida dos desbravadores e a necessidade de conviver com a percepção de velho que está no olhar do outro. Os idosos desse estudo viveram no ambiente rural com reconhecimento pelo progresso que trouxeram à região, o lhes confere um papel social até os dias de hoje e impregna sua vida de sentidos e significados positivos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Trabalhadores da bananicultura em uma região no Vale do Ribeira-SP e riscos à saúde mental(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-12-02) Miyajima, Danielle Mayumi [UNIFESP]; Alencar, Maria do Carmo Baracho de [UNIFESP]; Simas, José Martim Marques [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9252083888442357; http://lattes.cnpq.br/5727324642175380; http://lattes.cnpq.br/6315610167994152; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Investigar sobre os riscos à saúde mental dos trabalhadores e as relações com as condições de trabalho na bananicultura em uma região no Vale do Ribeira-SP. Método: O estudo teve duas etapas. (1) Obtenção de listagem fornecida pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Jardim São Paulo, onde possuem cadastradas todas as famílias dos bairros Bamburral de Baixo, Bamburral de Cima e Tiatã, da cidade de Registro e no Vale do Ribeira-SP. Seleção de trabalhadores que atuam na bananicultura, para aplicação de questionário pré-elaborado para a obtenção de dados sociodemográficos, de saúde e trabalho, e o instrumento Self-Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20), para a investigação de suspeita de transtorno mental comum. (2) Foram selecionados sujeitos com suspeita de transtornos mentais comuns, para a realização de entrevistas individuais gravadas e transcritas para análise de conteúdo temática. Resultados: Da etapa 1 participaram 33 trabalhadores, sendo a maioria do gênero masculino (94,0%), idade na faixa etária dos 20 a 30 anos, e com escolaridade baixa. Com relação ao SRQ-20, 27,2% dos trabalhadores apresentaram transtornos mentais comuns. Na segunda etapa com as entrevistas, verificou-se aspectos como a sobrecarga no trabalho, insegurança e medo do desemprego no trabalho rural, características do trabalho análogo ao escravo e sofrimento. Considerações finais: O estudo promove algumas reflexões sobre os trabalhadores rurais na bananicultura com foco na importância na promoção da saúde que visa melhorar as condições de trabalho onde estes trabalhadores ficam predispostos a enfrentar e a atuação da terapia ocupacional neste cenário.