Navegando por Palavras-chave "Rotulagem de advertência"
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- ItemEmbargo“Alto em gordura saturada”: um estudo de baseline antes da implementação da rotulagem nutricional frontal no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Monnerat, Caroline de Mattos Carreiro [UNIFESP]; Capriles, Vanessa Dias [UNIFESP]; Rosso, Veridiana Vera de [UNIFESP]; Horácio, Lívia Cristine [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4938721558237749; http://lattes.cnpq.br/2122999215382641; http://lattes.cnpq.br/2781360640415360; http://lattes.cnpq.br/0266177829312615; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A rotulagem nutricional frontal (RNF) é uma política implementada em vários países que pode incentivar a reformulação de produtos industrializados. No Brasil, essa política foi estabelecida por meio da RDC nº 429/2020, que está em fase de implementação. Este trabalho pretende contribuir com a avaliação do impacto desta estratégia de saúde pública, fornecendo informações importantes de baseline, por meio do monitoramento do teor de gordura saturada declarada nos rótulos dos alimentos comercializados no Brasil, antes da implementação da RNF. Além disso, fornece a estimativa da frequência de uso do selo “alto em gordura saturada” e análise comparativa com outros critérios que vêm sendo praticados na América Latina, tais como os limites estabelecidos no Chile, no Peru e pela OPAS, o que pode auxiliar no aprimoramento da legislação em implementação. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa de campo em diversos pontos de venda no Brasil, totalizando 7968 mil rótulos. Para a análise dos dados, foram retirados os produtos cuja declaração da RNF é vedada conforme RDC nº 429/2020, totalizando 7258 rótulos analisados. Considerando o critério brasileiro, 23% dos produtos deveriam receber o selo “alto em gordura saturada”. Os grupos de alimentos com o maior número de produtos que deverão utilizar o selo são: VI - Óleos, gorduras e sementes oleaginosas (61%), V - Carnes e ovos (33,7%) e IV - Leites e derivados (32,3%). Observou-se uma grande variação do teor dessa gordura dentre os alimentos que deverão receber o selo, de 6-85g/ 100g nos alimentos sólidos e semissólidos, e de 3-52g /100ml nos líquidos, correspondendo a uma diferença de até 14 e 17 vezes, respectivamente. Comparando-se a frequência de uso do selo segundo os diferentes critérios, o maior percentual obtido foi com o critério da OPAS (41,4%), seguido do Chile e Peru (32,6%) e, por último, do Brasil (23%). Quando analisado por categoria de produtos, todos os grupos de alimentos apresentaram maior frequência de produtos com o selo “alto em gordura saturada” quando aplicado os critérios dos outros países. Concluímos que os grupos VI, V, IV e os líquidos do grupo “plant-based” são os que mais necessitarão de reformulação a fim de evitar o uso do selo “alto em gordura saturada”. Dentre os critérios aplicados, o brasileiro é o menos rigoroso em todas as categorias de alimentos e, por ser novo e ainda estar em implementação, precisa ser monitorado para análise de seus efeitos sobre a reformulação dos produtos no País, bem como impactos nas escolhas e no consumo alimentar do brasileiro.