Navegando por Palavras-chave "Risco sanitário"
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- ItemEmbargoFormação de nutricionistas do Programa de Alimentação Escolar do município de São Paulo sobre risco sanitário durante a pandemia de COVID-19(Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-31) Dantas, Mirelly dos Santos Amorim [UNIFESP]; Stedefeldt, Elke [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5590674723055512; http://lattes.cnpq.br/0845106046681908Introdução: O Programa de Alimentação Escolar (PAE) no município de São Paulo atende aproximadamente 1.032.261 alunos em 4.116 unidades escolares, servindo cerca de 2.500.000 refeições diárias. Com a pandemia de COVID-19 em 2020 e o fechamento das escolas, foram implementadas medidas para conter a disseminação do vírus. Considerando a abrangência do PAE no município de São Paulo e a vulnerabilidade do público-alvo envolvido, foi primordial a discussão sobre a percepção de risco, do risco sanitário de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) e o desvelar do território na perspectiva miltoniana pelos nutricionistas, visto que as Unidades de Alimentação e Nutrição Escolares (UANE) são reconhecidas como locais propícios para a ocorrência de surtos de DTHA e transmissão de COVID-19. Objetivos: O objetivo principal desta tese foi analisar uma formação online sobre percepção de risco, risco sanitário de DTHA e território com nutricionistas atuantes na alimentação escolar durante a pandemia de COVID-19. Especificamente no estudo 1, o objetivo foi identificar, descrever e analisar as principais recomendações para a reabertura das escolas brasileiras na pandemia de COVID-19; e no estudo 2 foi identificar os desafios e as potencialidades do estudo da percepção de risco e do risco sanitário de DTHA pelos nutricionistas na alimentação escolar. Métodos: O primeiro artigo consistiu em uma revisão integrativa, analisando documentos com recomendações para o retorno seguro às escolas no período de março a setembro de 2020. As recomendações mais frequentes e suas diferenças foram investigadas. O segundo artigo foi um estudo exploratório, transversal e qualitativo, baseado em entrevistas com nutricionistas que participaram de um curso de atualização online sobre segurança dos alimentos, DTHA, risco sanitário e outros temas relevantes. As entrevistas realizadas online seguiram um roteiro semiestruturado e foram analisadas usando a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: O primeiro artigo revelou que as principais recomendações de higiene encontradas são oriundas de protocolos pré-existentes, sendo eles: Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, capacitação, e surgiram medidas específicas como a vacinação, testagem, etiqueta respiratória e distanciamento social. No segundo artigo, a formação online obteve 95% de adesão. Os 57 nutricionistas participantes eram do sexo feminino, 52% com idade entre 29 e 38 anos, 65% com especialização completa e 47% estavam acima de 5 até 10 anos no cargo. Foram obtidas as seguintes categorias: contribuições dialógicas dos conceitos de segurança dos alimentos na prática do nutricionista; risco sanitário como norteador das práticas seguras e da atuação do nutricionista; território da comunidade escolar: identidade, valores e práticas políticas-sociais - construção e desenvolvimento pelo olhar do nutricionista, percepções do estudo da SA em tempos de pandemia da COVID-19. Conclusão: O primeiro estudo apontou um desalinhamento entre principais autarquias de educação e saúde do país na formulação de protocolos durante a pandemia. No artigo 2 a formação dos nutricionistas do PAE revelou os seguintes desafios: lacuna na formação do nutricionista; perspectiva higienista e da educação bancária; e falta de integrar a teoria à prática. E como potencialidades: ampliação do olhar e autorreflexão, discussão sobre a humanização e o reconhecimento da importância do território na tomada de decisão dos nutricionistas.