Navegando por Palavras-chave "Rhinopristiformes"
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- ItemEmbargoAvaliação de estoque do cação-anjo (Squatina guggenheim) e da raia-viola (Pseudobatos horkelii): O que aprendemos depois de 20 anos de moratória de pesca na Plataforma Sul do Brasil?(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-09) Hyrycena dos Santos, Ingrid [UNIFESP]; Mourato, Bruno Leite [UNIFESP]; Sant'Ana, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/6807355385739678; http://lattes.cnpq.br/1600055537789530; http://lattes.cnpq.br/0456804556438394; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da moratória da pesca do cação-anjo (Squatina guggenheim) e da raia-viola (Pseudobatos horkelii) no Sudeste-Sul do Brasil. São duas espécies notáveis de elasmobrânquios conhecidas por ocorrerem desde águas rasas costeiras até as regiões de declive do sudoeste do Oceano Atlântico, também conhecidas como Plataforma Sul do Brasil (LME 15). Infelizmente, ambas as espécies estão listadas como Criticamente Ameaçadas no Brasil devido à alta pressão da pesca entre as décadas de 1980 e 1990. No início dos anos 2000, o governo implementou medidas drásticas de conservação para evitar o pior cenário, e uma moratória da pesca proibindo a captura deles está em vigor desde 2004. No entanto, reportes de pesca, desembarque e venda ilegais continuaram. As poucas capturas oficiais declaradas são subestimadas, pois os descartes de animais vivos ou mortos são obrigatórios, e suas taxas de mortalidade pós-soltura são desconhecidas. Modelos Bayesianos "catch-only" foram desenvolvidos para estimar o status do estoque para 2003 (antes da proibição da pesca). Os efeitos da moratória na recuperação dos estoques foram avaliados ao longo de projeções de biomassa, considerando diferentes cenários de capturas constantes. Cenários com capturas constantes acima de 100 toneladas causariam um aumento na taxa de mortalidade por pesca para a raia-viola, levando a um declínio contínuo em sua população. Da mesma forma, para os cações-anjo, capturas constantes excedendo 200 toneladas causariam o mesmo efeito em sua população, com uma alta probabilidade (> 50%) de atingir um limite crítico (Ponto de Referência Limitado = < 25%) para ambas as espécies ao longo dos anos projetados. A moratória da pesca desacelerou a pressão da pesca naquele momento. No entanto, as projeções estimadas de biomassa também sugerem que ambas as espécies ainda não se recuperaram e ainda estão longe de estar em um nível de biomassa sustentável, mesmo com baixos níveis de cenários de captura constante. A implementação de uma moratória da pesca por si só provou ser insuficiente para garantir a recuperação de S. guggenheim e P. horkelii. É fundamental complementar esta medida com monitoramento contínuo e outras estratégias de conservação para proteger efetivamente as populações de cação-anjo e de raia-viola no Brasil.