Navegando por Palavras-chave "Redes de atenção à saúde"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Entre a Integralidade e a Territorialização: Percursos de uma gestante na rede de atenção à saúde(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-12-25) Torres, Thainá [UNIFESP]; Mendes, Rosilda [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3746693286898810; http://lattes.cnpq.br/2603671234155795; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho tem como uma das principais linhas de análise o conceito de integralidade, este que é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), ordenando o cuidado a uma compreensão integral do ser humano e redirecionando a saúde, historicamente reduzida a uma abordagem biomédica, para uma dimensão ampliada, como valor social, na qual usuários são elevados a sujeitos e protagonistas de seu próprio cuidado. Dado esse panorama teórico-prático, introduz-se aqui a discussão da mortalidade infantil como importante marcador da condição de vida de uma população, intimamente relacionada com o acesso e qualidade do serviço de saúde. A imperatividade desse assunto reside no fato de que a Baixada Santista tem registrado uma taxa de mortalidade consideravelmente mais alta (13,8 para mil nascidos vivos) que a média do estado de São Paulo (10,74 por mil nascidos vivos) e do considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (10 para mil nascidos vivos). A relação equipe-usuário é considerada aqui, o principal elemento do cuidado. O presente estudo teve por objetivo compreender como o princípio de integralidade e a territorialização estão presentes no cuidado à saúde a partir do percurso de uma gestante em uma Unidade de Básica de Saúde. Os resultados obtidos em uma pesquisa de Iniciação Científica (IC) foram revisitados para a elaboração do presente trabalho. O cenário selecionado foi uma Unidade de Saúde da Família (USF) da Areia Branca , localizado na Zona Noroeste da cidade de Santos, região marcada por significativas desigualdades sociais. Essa pesquisa-intervenção de natureza qualitativa fez o uso seguintes dos métodos: (a) observação participante como base da presença e postura ético-política da pesquisadora dentro do consultório durante as consultas pré-natais da gestante escolhida; (b) entrevistas semiestruturadas com os profissionais; (c) registro em Diários de Pesquisa e d) Revisão Sistemática Integrativa, na qual foram analisados dois artigos, obtidos com inserção de quatro termos-chave:integralidade, Redes de Atenção em Saúde, cuidado em saúde e território/territorialização, nas seguintes bases de dados: Scielo, PubMed e BVS. A questão do território se mostrou em toda sua complexidade em razão da gestante possuir documento de comprovação de residência, ainda que a equipe soubesse, por sua própria inserção no território, que ela não residia na área de cobertura, o que criou uma atmosfera de palpável instabilidade e desconfiança na relação com a equipe. Essa situação constituiu terreno fértil para desentendimentos e indisposições que incidiram diretamente em sua adesão ao acompanhamento e cuidado. Nosso estudo permitiu observar novos sentidos atribuídos à integralidade, que ocupa parte do espaço “entre”, de uma produção de cuidado capturada pelo protocolo, para uma perspectiva de criação de espaços de atenção e produção social de saúde. Concluímos que falar em integralidade e em um sujeito que habita e é habitado “no e pelo” território, em uma relação constante e dinâmica, de trânsitos e movimentos, é buscar compreender a totalidade do sujeito, em um intento humanizador e universal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Relatório Técnico-Científico Final: Enfrentamento da pandemia de COVID-19: produções, invenções e desafios na gestão do cuidado em rede(Ademar Arthur Chioro dos Reis, 2023-03-30) Chioro, Arthur [UNIFESP]; Andreazza, Rosemarie [UNIFESP]; Furtado, Lumena Almeida Castro [UNIFESP]; Araújo, Eliane Cardoso de [UNIFESP]; Pereira, Ana Lucia [UNIFESP]; Pinto, Nicanor Rodrigues da Silva [UNIFESP]; Spedo, Sandra Maria [UNIFESP]; Harada, Jorge [UNIFESP]; Tofani, Luís Fernando Nogueira [UNIFESP]; Bragagnolo, Larissa Maria [UNIFESP]; Bigal, André Luiz [UNIFESP]; Bizetto, Olívia Felix [UNIFESP]; Cruz, Nelma Lourenço de Matos [UNIFESP]; Vivas, Marcelo Dayrell [UNIFESP]; Tureck, Fernando [UNIFESP]; Silva, Amanda Seraphico Carvalho Pereira da [UNIFESP]; Mendes, Valéria Monteiro [UNIFESP]; Pereira, Paula Bertoluci Alves [UNIFESP]; Lima, Carolina Loyelo [UNIFESP]; Vieira, Amanda da Cruz Santos [UNIFESP]; Oliveira, Letícia Bucioli [UNIFESP]; Castro-Silva, Carlos Roberto de [UNIFESP]; Santos-Moura, Greice Herédia dos [UNIFESP]; Cualhete, Deborah Nimtzovitch [UNIFESP]; Louvison, Marília Cristina Prado; Freire, Mariana Prado; Correia, Tiago; Carapinheiro, Graça; Gianotti, Elaine Maria; Meirelles, Claudia da Costa; Gonçalves, Clarisvan do Couto; Salla, Arnaldo; Sousa, Viviane da Rocha; Bolanho, Terezinha F.; http://lattes.cnpq.br/9454572596499303; Chioro, Arthur [UNIFESP]O cenário da emergência sanitária causado pela pandemia da COVID19 impôs aos gestores do SUS novos e imensos desafios. A rapidez e a alta taxa de transmissão, a produção de casos graves e fatais e o risco de colapso para a rede de saúde exigiram o estabelecimento de planos de contingenciamento. Analisar as experiências dos gestores nas regiões de saúde assume importância ímpar dada as diferenças sanitárias, econômicas, sociais, demográficas e de acesso aos serviços de saúde, em particular no Estado de São Paulo, onde os indicadores da doença foram significativos. Objetivo: analisar as produções, invenções e desafios na gestão do cuidado implementadas pelas redes de atenção à saúde em duas Regiões de Saúde do Estado de São Paulo para o enfrentamento da pandemia da COVID19, com ênfase na atenção básica, e apresentar proposições que possam aprimorar a capacidade de resposta do SUS. Metodologia: estudo qualitativo, tipo estudo de casos múltiplos, em 3 fases. A primeira, de caráter exploratório, buscou compreender como as 63 regiões de saúde do estado realizaram a gestão do cuidado em rede para enfrentar a COVID19. Foi desenvolvida por meio de um questionário semiestruturado, preenchido pelos gestores locais e regionais de saúde. A partir de um primeiro plano analítico foram escolhidas, considerandose relevância, originalidade e resultados preliminares, duas regiões de saúde para estudado em profundidade, uma no interior e outra da Região Metropolitana de São Paulo. A segunda fase teve como objetivo analisar em profundidade as produções, invenções e desafios na gestão do cuidado implementadas nessas duas regiões de saúde, e foi realizada a partir da análise documental e avaliação dos Planos de Contingência e de outros documentos do estado de São Paulo e de municípios de distintos portes que pertençam às duas regiões de saúde. Essa fase do estudo, de caráter qualitativo, foi produzida a partir da realização de 29 entrevistas semiestruturadas (individuais e coletivas). Ao todo foram entrevistados 62 dirigentes municipais e regionais de saúde, no período de maio a novembro de 2022. A partir das entrevistas foi possível identificar e analisar o mapeamento dos arranjos de gestão do cuidado produzidos como resposta à pandemia de COVID19, caracterizando a participação específica da atenção básica no enfrentamento da COVID19 e as estratégias implementadas para populações em situação de vulnerabilidade social. Na terceira fase do estudo os resultados da investigação forjaram a proposição de medidas voltados aos gestores do SUS e de caráter geral, visando o aperfeiçoamento do sistema de saúde e da capacidade de resposta à novas emergências sanitárias. A restituição se deu por meio da apresentação de trabalhos e conferências nos 35º e 36º Congressos de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, artigos científicos e um ebook, que será lançado em oficinas com os gestores estaduais e municipais. O estudo envolveu, em todas as suas fases, pesquisadores vinculados às universidades, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SESSP), Secretarias Municipais de Saúde e o Conselho dos Secretários Municipais (CosemsSP), por meio de seus respectivos projetos de apoio – de Atenção Básica (SESSP) e Apoiadores Regionais (CosemsSP). Essa estratégia metodológica facilitou a produção da empiria e a almejada construção de proposições efetivas para o enfrentamento da COVID 19. Contribuições esperadas: qualificação da capacidade de resposta do país para o enfrentamento da pandemia de COVID19 e o aperfeiçoamento organizacional do SUS. A consolidação do grupo interinstitucional de pesquisa também pode ser considerado um substrato da pesquisa. Foram também desenvolvidos 3 projetos de Iniciação Científica, 1 Mestrado Acadêmico (concluído) e 5 Doutorados (em curso).
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tecendo o cotidiano com finos fios: a construção da rede de atenção básica no sistema de saúde de João Pessoa/PB(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-11-12) Nordi, Aline Barreto de Almeida [UNIFESP]; Silva, Geovani Gurgel Aciole da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6146469366214279; http://lattes.cnpq.br/9965335072268661; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O objetivo desta tese é analisar a implementação da Atenção Básica no SUS de João Pessoa-PB, no período compreendido entre 2005 e 2012. Além disso, pretende-se: conhecer a história da gestão de saúde do referido município na implementação da Atenção Básica; caracterizar atores, conteúdo, contexto e processo da sua implementação; apontar evidências da articulação entre gestores, trabalhadores e usuários; levantar possibilidades e caminhos na produção de vida e cuidado. Caracteriza-se como uma investigação de cunho qualitativo, de caso único e em processo. Para tanto, foram realizadas entrevistas individuais semidirigidas aos gestores (n=6), aos trabalhadores (n=15) e aos usuários do SUS (n=9) de João Pessoa e grupo focal com os apoiadores matriciais (n=6). A análise utilizou a abordagem hermenêutica-dialética, a partir de duas grandes categorias: História da gestão em saúde na implementação da Atenção Básica; A implementação da Atenção Básica no cotidiano dos sujeitos envolvidos. A investigação permitiu reconhecer e desvelar os diversos nós da rede de saúde, em particular na Atenção Básica. O processo micropolítico envolve encontros, negociações e conflitos presentes no cotidiano de trabalho dos diversos sujeitos envolvidos. Foi imperativo avaliar que o diálogo e a horizontalidade no planejamento e implementação das ações, a construção de redes de encontros e possibilidades e da gestão democrática são fatores críticos de sucesso na implementação das políticas a nível local.