Navegando por Palavras-chave "Recursos terapêuticos"

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    Acesso aberto (Open Access)
    Efeitos de intervenções psicoterápicas em mulheres em recuperação do câncer de mama
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-12) Pinto, Thiago Calchi [UNIFESP]; Padovani, Ricardo da Costa [UNIFESP]; Sousa, Conceição Reis de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3862597569073680; http://lattes.cnpq.br/5442923292795249; https://lattes.cnpq.br/2398463545911419; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O câncer de mama, exceto pelos tumores de pele não melanoma, é o de maior incidência e a causa de maior mortalidade de mulheres por câncer no Brasil. Além dos sintomas físicos, podem ocorrer repercussões psicológicas como: o medo de morrer, a alteração da imagem corporal, a redução da autoestima e em alguns casos sintomas de estresse, ansiedade e depressão. A Terapia Cognitivo-Comportamental, baseada em processos, preocupa-se em reconhecer quais processos psicológicos podem ajudar a pessoa a atingir, ou não, seus objetivos de vida dentro de um certo contexto. O objetivo desta pesquisa foi compreender quais recursos aprendidos em psicoterapia, baseados no modelo cognitivo-comportamental, desenvolvidos por mulheres em recuperação de câncer de mama permaneceram sendo usados após o encerramento do processo de intervenção. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem qualitativa. Participaram do estudo sete mulheres adultas em processo de recuperação do câncer de mama que concluíram intervenções psicoterapêuticas ofertadas pelo Serviço-Escola de Psicologia. As participantes foram entrevistadas, individualmente, a partir de um roteiro semiestruturado que abordou suas percepções sobre os seguintes temas: recursos terapêuticos desenvolvidos a partir do processo de psicoterapia, impacto das intervenções na qualidade de vida e saúde mental, benefícios do atendimento psicológico no manejo do tratamento e/ou controle do câncer, exercício das habilidades desenvolvidas no processo terapêutico no contexto pessoal. As entrevistas foram gravadas em áudio e vídeo e posteriormente transcritas. Para a análise dos dados foi empregada a técnica de análise de conteúdo. As participantes tinham entre 38 e 79 anos de idade. Todas participaram da intervenção grupal baseada no modelo cognitivo-comportamental e duas fizeram também psicoterapia individual na mesma abordagem. Emergiram quatro categorias temáticas: fatores processuais de grupo como facilitadores da mudança; recursos terapêuticos aprendidos; generalização dos efeitos terapêuticos no trabalho voluntário, no contexto familiar e em outros contextos e descontentamentos com a terapia em grupo e dificuldades na implementação de recursos terapêuticos. Verificou-se o aprendizado de novas habilidades cognitivas e comportamentais, como: autorregulação emocional, tolerância ao estresse e assertividade. O processo grupal foi visto como um facilitador das mudanças, pela maior parte das participantes. Conclui-se que as intervenções baseadas na terapia cognitivo-comportamental em grupo se mostraram eficazes para mulheres em recuperação do câncer de mama; algumas destas habilidades permaneceram sendo usadas mesmo após o encerramento do processo.