Navegando por Palavras-chave "Preterm birth screening"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Predição do parto pré-termo em gestantes com colo curto sob utilização de pessário cervical associado à progesterona vaginal(Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-04) França, Marcelo Santucci [UNIFESP]; Moron, Antonio Fernandes [UNIFESP]; Pacagnella, Rodolfo de Carvalho; Hatanaka, Alan Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5647674022681204; http://lattes.cnpq.br/3509453567791268; http://lattes.cnpq.br/0197731060424158; http://lattes.cnpq.br/0930789403291339Objetivo: Identificar os principais fatores relevantes no determinismo do nascimento prematuro (< 34 semanas) em gestantes com indicação de uso do pessário cervical por colo curto, utilizando-se variáveis demográficas, história obstétrica e ultrassonografia transvaginal do colo (n=475), objetivando-se um novo rastreamento do parto pré-termo. Os objetivos secundários são: (i) validação do rastreamento criado, utilizando o Grupo Progesterona (P) (n=461) com alvo no parto pré-termo < 34 semanas e < 28 semanas (partos e óbitos perinatais), além de uma segunda validação, pela detecção da prematuridade apenas pelo comprimento do colo < 15mm no Grupo Pessário+progesterona (PP) (n=475); (ii) comparar o risco de parto pré-termo < 34, < 32, < 28 semanas entre os grupos randomizados de acordo com o comprimento do colo uterino (n=936); (iii) comparar o risco de óbito perinatal entre os grupos randomizados (n=936). Método: Trata-se de análise post hoc de ensaio clínico randomizado, multicêntrico (Estudo P5), que comparou o uso do pessário associado à progesterona micronizada com o uso isolado da progesterona micronizada vaginal (200mg/dia) em gestantes com comprimento do colo ≤ 30 mm (n=936). Os resultados do Estudo P5 foram revisitados em diferentes comprimentos cervicais (≤ 15, ≤ 20, ≤ 22, ≤ 25 e ≤ 30 mm) em diferentes idades gestacionais de nascimento prematuro (< 28, < 32, < 34 semanas) e óbito perinatal (associado a prematuridade) pelo teste do Qui-quadrado (Odds Ratio e IC95%) e pelas curvas de sobrevida de Kaplan-Meier (n= 936). Procurou-se identificar os casos de maior risco de parto pré-termo no Grupo PP, para tanto, foram utilizadas técnicas de Regressão Logística. Foram obtidas as variáveis que melhor discriminam o parto pré-termo < 34 semanas, idealizando-se uma nova forma de rastreamento do parto pré-termo < 34 semanas em gestantes com colo curto (≤ 30 mm) usuárias de pessário + progesterona. A análise de curva ROC, área sob a curva, cálculo de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN para todos os subgrupos foi obtida. A validação dos dados obtidos pela Regressão Logística, foi obtida pelo teste de rastreamento do parto prematuro < 34 semanas e < 28 semanas (Partos e óbitos perinatais) no Grupo P (n=461) e pela comparação com a detecção de prematuros < 34 semanas apenas pelo colo < 15 mm no Grupo PP (n=475). Resultados: O uso do pessário + progesterona em gestantes com comprimento do colo ≤ 25mm, reduziu o risco de parto pré-termo < 34 semanas (OR 0,217), < 32 semanas (OR 0,192) e < 28 semanas (OR 0,129). Também foi encontrada redução do risco de óbito perinatal no Grupo PP (OR 0,379). A Regressão Logística selecionou: cor de pele branca (OR 2,532), ausência de curetagem anterior (OR 0,113); antecedente de parto prematuro < 37 semanas (OR 3,647); gestação única (OR 0,135); idade gestacional no momento do ultrassom < 19 semanas (OR 3,373); comprimento longitudinal do colo em linha reta entre 5,2 e 14,2 mm (OR 4,072); comprimento longitudinal do colo em curva > 21 mm (OR 0,216). O cálculo da área sob a curva para Regressão Logística no Grupo PP foi de 0,978; para gestantes com colo < 15 mm no Grupo PP, de 0,311; para o Grupo P (alvo nos prematuros < 34 semanas), de 0,694 e para o Grupo P (alvo nos prematuros e óbitos < 28 semanas) de 0,765. Considerando o desfecho como parto pré-termo, a sensibilidade, a especificidade, o VPP e o VPN foram, respectivamente, para uma taxa de falso positivo de 20%, de 93,75%, 88,76%, 48,39% e 99,21% para a Regressão Logística no Grupo PP; de 50,00%, 83,37%, 25,26% e 93,68% para gestantes com colo < 15 mm no Grupo PP; de 43,06%, 84,32%, 33,70%, e 88,89% para o Grupo P (alvo nos prematuros < 34 semanas); de 54,84%, 82,56%, 18,48% e 96,21% para o Grupo P (alvo nos prematuros e óbitos perinatais < 28 semanas); e de 78,48%, 85,53%, 33,33% e 97,73% para a junção do Grupos PP com alvo no parto pré-termo < 34 semanas, associado ao Grupo P com alvo no parto pré-termo < 28 semanas (partos e óbitos). Conclusões: A Regressão Logística selecionou variáveis (etnia, prematuridade anterior, ausência de curetagem anterior, gestação única, idade gestacional na inclusão e comprimento do colo) como preditoras do nascimento prematuro em gestantes usuárias de pessário + progesterona com comprimento do colo ≤ 30mm e (i) foi validada pelo teste no Grupo Progesterona com alvo nos prematuros < 28 semanas (parto e óbitos perinatais), assim pode-se dizer que essa RL tem potencial a se destinar aos pacientes com colo curto (≤ 30 mm), como um rastreamento para os casos de prematuridade mais graves. (ii) A associação do pessário + progesterona reduz a chance de parto pré-termo < 34, < 32 e < 28 semanas, (iii) bem como o risco de óbito perinatal.