Navegando por Palavras-chave "Pharmaceutical assistance"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A assistência farmacêutica no cuidado a saúde na atenção básica : tão perto, tão longe(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-06-30) Maximo, Samuel Amano [UNIFESP]; Andreazza, Rosemarie [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1447772258702244 ; http://lattes.cnpq.br/8636505838552684; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A distribuição de medicamentos é parte integrante do SUS, sendo a alternativa terapêutica mais utilizada na rede de assistência aos pacientes. Entretanto, é preciso uma visão ampliada quanto à forma de utilização dos insumos farmacêuticos pelos usuários, uma vez que a racionalidade do uso de medicamentos está diretamente relacionada à qualidade do serviço de saúde e constitui um elemento importante para a avaliação do mesmo. Objetivo: É diante deste cenário, que o objetivo desse trabalho, foi caracterizar elementos da assistência farmacêutica no cuidado à saúde na ABS. Método: Do ponto de vista metodológico, optou-se por analisar o material de uma investigação de natureza cartográfica, realizada no ano de 2014 em sete UBS, e a partir deste empírico identificar cenas do cotidiano, que conectadas umas às outras, produziram planos de visibilidade para a questão do uso de medicamentos e da assistência farmacêutica. Além disso, foi realizado um seminário compartilhado junto aos atores institucionais das UBS estudadas, onde novos e marcantes elementos da assistência farmacêutica surgiram, abrindo a possibilidade de novas perspectivas sobre o material empírico e representando um novo momento de produção/ampliação do campo. Resultados: A partir dos planos de visibilidade foi possível identificar o hiato que existe, entre as diretrizes políticas relacionadas à assistência farmacêutica e o cotidiano na atenção básica: o uso (ir)racional de medicamentos e o papel que o profissional farmacêutico vem desempenhando. O estudo permitiu constatar também o quanto a farmácia é um observatório privilegiado da gestão e produção do cuidado, sendo um poderoso analisador deste cuidado: a conturbada relação entre a autonomia médica e a assistência farmacêutica; o agir do usuário e seu protagonismo; o isolamento do setor e equipe de farmácia. Conclusão: Ao contrastar aquilo que é prescrito na política com o material empírico, foi possível dissipar algo como uma cortina de fumaça, que se faz presente no cotidiano do trabalho na atenção básica e omite uma realidade muito distante daquilo que se considera como desejável, quando pensamos em termos da assistência farmacêutica. O que acontece depois que o usuário deixa a UBS com sua sacola cheia de medicamentos retirados na farmácia, parece ainda ficar oculto aos olhos dos profissionais de saúde. Ainda existe um longo caminho a ser percorrido até que de fato os serviços clínicos farmacêuticos incorporem os serviços básicos de saúde.
- ItemEmbargoA utilização dos serviços de internação no SUS e o programa Aqui Tem Farmácia Popular(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-23) Silva, Laurentino Elias da [UNIFESP]; Zucchi, Paola [UNIFESP]; Silva, Rita de Cássia Costa da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7505478228942386; http://lattes.cnpq.br/1949000567939406; http://lattes.cnpq.br/5289956118959016Objetivo: Este estudo teve como finalidade avaliar a relação entre a evolução do número de farmácias conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular e a utilização dos serviços de internação no SUS por Unidade Federativa, além de analisar a evolução do número de farmácias e dos repasses para as farmácias da rede conveniada ao programa Aqui Tem Farmácia Popular, de 2006 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, analítico, retrospectivo, com dados extraídos do Fundo Nacional de Saúde e do portal Fala.BR, analisados com abordagem quantitativa por meio da descrição da evolução das variáveis ao longo do tempo e dos pontos de inflexão pelo método Joinpoint e da correlação cruzada entre as séries temporais da taxa de internação por doenças tratáveis com os medicamentos do programa Aqui Tem Farmácia Popular. Resultados: Os valores repassados do Fundo Nacional de Saúde às farmácias conveniadas aumentaram progressivamente de 2006 até 2016, com um ligeiro decréscimo até 2022. Os estados das regiões Sul e Sudeste receberam os maiores valores de repasse, enquanto a região Norte teve repasses próximos a zero em comparação com as demais regiões. Houve aumento do número de farmácias conveniadas entre 2006 e 2022, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. As taxas de internação por doenças atendidas com os medicamentos do programa Aqui Tem Farmácia Popular variaram ao longo do tempo nas Unidades Federativas. As séries temporais das taxas de internações por 100.000 habitantes e a série temporal do número de farmácias conveniadas ao Aqui Tem Farmácia Popular apresentaram correlações cruzadas negativas, demonstrando que, quanto maior o número de farmácias, menor foi a taxa de internações por diabetes nos estados do Ceará e do Paraná, por glaucoma no Mato Grosso, por doença de Parkinson no Piauí e por osteoporose no Tocantins. Conclusões: Os repasses do Fundo Nacional de Saúde às farmácias, bem como o número de farmácias conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular, aumentaram entre os anos 2006 e 2022, apresentando variações no período. Contudo, há diferenças tanto nos repasses quanto na quantidade de farmácias entre as regiões e estados da Federação, evidenciando maior repasse de recursos para as regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste. A evolução das taxas de internações variou de estado para estado ao longo do tempo e, na correlação cruzada com o número de farmácias, a hipótese de que quanto maior o acesso ao medicamento, menor será a utilização dos serviços de internação se confirmou para diabetes, glaucoma, doença de Parkinson e osteoporose, respectivamente, no Ceará e Paraná, Mato Grosso, Piauí e Tocantins, sendo necessário mais estudos sobre o impacto do programa Aqui Tem Farmácia Popular.