Navegando por Palavras-chave "Peripheral culture"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Rap como ferramenta de tomada de consciência e autoestima - cultura em movimento das pessoas negras e periféricas na Baixada Santista(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07-10) Rossini, Brenda Barbosa [UNIFESP]; Ferreira, Nicole Queiroz [UNIFESP]; Fonseca, Yasmim Cristine [UNIFESP]; Silva, Diana Mendes Machado [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1431058300707467; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho aborda o rap como uma ferramenta de tomada de consciência e autoestima das pessoas negras na Baixada Santista, destacando seu papel como uma cultura em movimento. Inicialmente, são explorados os conceitos de colonialismo, diáspora africana e subjetividade negra, com o objetivo de compreender como a história e a experiência coletiva influenciam na formação da identidade e na luta por reconhecimento e igualdade. Em seguida, é realizado um resgate histórico da origem do rap, partindo da Jamaica colonial até sua consolidação no bairro do Bronx, em Nova York, nos anos 1970. Destaca-se também a chegada desse movimento ao Brasil, influenciando a cena musical e cultural de São Paulo. É ressaltada a capacidade do rap de transmitir mensagens e narrativas relevantes, abordando questões sociais, raciais e de desigualdade, e de se adaptar às realidades locais. Na Baixada Santista, o rap e o hip-hop encontram espaço para se expressar e se consolidar como formas de resistência e representação das comunidades negras e periféricas. Diversos artistas e grupos locais contribuem para a disseminação dessa cultura, utilizando as letras e as performances como instrumentos de conscientização, empoderamento e denúncia das injustiças sociais e raciais presentes no território. As expressões do rap e do hip-hop na Baixada Santista são diversas e abrangem desde o funk de relato até o rap de protesto, passando pela batalha de rima e pelo rap feito por mulheres. Essas manifestações culturais encontram eco nas vivências e experiências das pessoas negras da região, proporcionando um espaço de representatividade e pertencimento, fortalecendo a autoestima e a identidade desses indivíduos. Portanto, o rap na Baixada Santista se consolida como uma cultura em movimento, capaz de promover a conscientização política, o fortalecimento da autoestima e a luta por direitos e igualdade das pessoas negras. Sua origem na diáspora africana, sua adaptação e consolidação em São Paulo e sua expressão na Baixada Santista demonstram a capacidade transformadora dessa forma de expressão artística, que transcende a música e se torna uma poderosa ferramenta de resistência e mobilização das comunidades negras e periféricas na região.