Navegando por Palavras-chave "Peptidómica"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do dimorfismo sexual em venenos da aranha acanthoscurria juruenicola por peptidômica quantitativa(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-06-28) Almeida, Erika Sayuri Nishiduka Costa De [UNIFESP]; Tashima, Alexandre Keiji [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3395922547042342; http://lattes.cnpq.br/9963736748632144; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Os aracnídeos estão entre os grupos de maior sucesso evolutivo da história do planeta, e um dos fatores de maior importância para isso é a produção de um veneno farmacologicamente complexo, composto por uma coleção de proteínas e peptídeos biologicamente ativos e altamente específicos. Apesar dos peptídeos constituírem grande parte da composição dos venenos, estudos peptidômicos ainda são escassos, consequentemente as identidades e atividades biológicas de muitos desses peptídeos permanecem desconhecidas. Além disso, em diversas espécies de aranhas é observado dimorfismo sexual, o que pode ocasionar diferenças nas composições de venenos de machos e fêmeas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e comparar quantitativamente o perfil peptídico do veneno de espécimes machos e fêmeas da aranha Acanthoscurria juruenicola. Peptídeos nativos foram fracionados por extração em fase sólida e analisados por espectrometria de massas, assim como seus fragmentos gerados pela digestão isolada por 5 enzimas distintas (tripsina, quimotripsina, termolisina, GluC e Aspn). Os dados espectrais foram submetidos a análise de novo, busca em banco de dados de transcriptoma de glândula e sobreposição das clivagens utilizando ferramentas de bioinformática. Dentre 11 sequências maduras de toxinas completamente mapeadas, 8 eram novos peptídeos ricos em cisteínas, apresentando entre 3 a 5 ligações dissulfeto. Buscas em bancos de sequências de A. geniculata e Araneae resultaram em mais 24 proteínas homólogas identificadas. Observamos dimorfismo sexual no veneno: a concentração total de toxinas nos venenos das fêmeas foi aproximadamente 5 vezes superior à dos machos e apresentaram peptídeos com significativa expressão diferencial. Uma das toxinas de maior expressão em fêmeas, a U2TRTXAj1b, de massa molecular 4,9 kDa e 3 ligações dissulfeto, foi fracionada por cromatografia de filtração em gel. Essa toxina apresentou atividade citotóxica contra aproximadamente 44% das células de melanoma da linhagem A375 em ensaios de MTT em concentração de 3,8 μM. Esses resultados podem evidenciar diferenças em toxicidade e comportamento biológico de acordo com o gênero do animal, além de embasar a potencial aplicação biotecnológica desses peptídeos na área farmacológica.