Navegando por Palavras-chave "Paratexto"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Focalizando paratextos na tira digital “Os Santos”: sentidos possíveis(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-14) Silva, Elisa Ribeiro da [UNIFESP]; Ramos, Paulo Eduardo; http://lattes.cnpq.br/6622602721067546; http://lattes.cnpq.br/2039237707297570A evolução das tecnologias de informação e comunicação transformou o modo como os textos são veiculados e relacionados com outros e abriram novas possibilidades para a leitura e a construção de sentidos. Esse rápido avanço, tão pautado no elemento visual, assegurou um ambiente fértil para a distribuição, o armazenamento e a leitura de tiras, com a internet consolidada como meio de publicar e consumir conteúdo. Desse modo, há um crescimento constante de tiras em suportes digitais nas redes sociais, com diversas abordagens de análise desses textos. Nas tiras, assim como em outros gêneros, encontramos elementos paratextuais, compondo um conjunto de pré e pós-textos que margeiam um conteúdo tido como principal e transmitem alguma mensagem para o leitor. Portanto, a presença ou a ausência deles pode assumir um caráter relevante para a construção de sentidos. Na Linguística Textual brasileira, há uma tendência de excluir a noção de paratexto de seu escopo teórico. Por isso, a proposta desta pesquisa é defender justamente o contrário, rediscutindo o conceito de paratexto e a relevância dele entre tantos outros que são explorados por esse campo interdisciplinar. Assim, verificamos de que maneira os paratextos aparecem em tiras digitais e como as diferentes leituras podem influenciar na construção de sentidos. Para isso, nosso corpus de pesquisa é a série de tiras “Os Santos”, de Leandro Assis e Triscila Oliveira, veiculada nas redes sociais Instagram e Twitter. A nossa hipótese é que o conceito de paratexto assume outra abordagem quando o aplicamos em tiras digitais e que ele está atrelado analiticamente ao de focalização. Como pressupostos teóricos para sustentar este estudo, utilizamos a obra de Genette (2009) acerca dos elementos paratextuais, a definição de rede social de Recuero (2005; 2009; 2012), o conceito de ciberespaço de Lévy (1999), convergência de Jenkins (2008), cultura da conexão proposto por Jenkins, Ford e Green (2014), contexto de van Dijk (2012), hipertexto pensado por Elias (2005) e Elias e Cavalcante (2017), o estudo de Chinen (2019) sobre a representação das personagens negras nas histórias em quadrinhos, as pesquisas de Ramos (2009, 2012, 2013, 2014 e 2017) sobre a linguagem e os gêneros das histórias em quadrinhos, a definição de focalização defendida por Koch e Travaglia (2015) e os estudos sobre texto de Cavalcante e Custódio Filho (2010), Koch e Elias (2006), Elias (2016) e Marcuschi (2008). Como resultados, percebemos que, nos textos publicados em redes sociais, o que se considera paratexto está atrelado ao processo de focalização, reforçado pelo layout das plataformas e o comportamento dos usuários. Por isso, entendemos que a análise de paratextos não deve ficar restrita ao campo teórico da Literatura e nem aos textos em suportes físicos. Propomos também que a esse conceito se alie o de focalização, para que possamos determinar o que assume função paratextual em uma análise e o que atua como foco.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Memória sobre memórias: uma narrativa sobre as edições de Baú de ossos, de Pedro Nava, e suas relações com a recepção acadêmica(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-09-18) Iwasa, Fabio Takeji [UNIFESP]; Telles, Luis Fernando Prado [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Pedro Nava began his colossal memorial work from the release of the first volume “Baú de Ossos” in 1972. The impact of this work, inaugurating a new chapter in Brazilian memorialism due to its innovative language in interweaving personal memories, documents, orality and historical facts. Such editorial success has earned awards and later on several reissues by various publishers. This research aims to analyze the reception in the academic field through the study of dissertations, theses and articles related to the published work. The question that is investigated is: “What is the influence of the different editions Baú de Ossos by Pedro Nava on his critical academic reception? A second issue that follows from the previous one is the hypothesis that each edition of the book Baú de Ossos produces effects on its reception, on the creation of academic articles and critical texts. The research corpus included the various editions and relaunches of this same work: the first edition released in 1972 by Editora Sabiá / José Olympio, and subsequent editions of the same publisher, the relaunch in the 1980s by Editora Nova Fronteira and Círculo do Livro, and the revised critical editions to from the manuscripts edited in 2003 by Editora Ateliê Editorial, and their relaunch in 2012 by Editora Cia. Das Letras. The concept of paratext (GENETTE, 2009), will contribute to the analysis of the reception and verification of several editions which will allow us to evaluate how the work was received and generated critical texts over the years. Using the concept of editorial paratext, these new elements lead to new readings, new receptions, which in a spiral movement that feeds the author's critical fortune. The theoretical framework of analysis used to think about the critical reception of Nava's work rests on assumptions of the aesthetics of reception. As a methodological process, besides evaluating the various available editions of the work observing the paratext in the form of prefaces, afterwords, explanatory notes, images, documents and critical texts, a bibliometric research was conducted on research related to the memorialistic works of Pedro Nava. a classification by date, subject, work and approach. Thus, it was quantified the reception of the work in terms of academic works and its relationship with the paratext present in different editions.