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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise de diferentes biomateriais como suporte para cultivo de células neurais e células-tronco(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-05-24) Granato, Alessandro Eustaquio Campos [UNIFESP]; Porcionatto, Marimelia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6155537170968904; http://lattes.cnpq.br/1158085171478998; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Na primeira parte deste trabalho, apresentamos uma metodologia para a produção e aplicação de materiais híbridos contendo poliéster comercial (poli-butileno adipato-co-tereftalato, PBAT) e um polímero condutor (polipirrole, PPy) produzidos pela técnica de eletrospinning, como arcabouço (scaffold) para cultura e diferenciação de neurônios. As propriedades físico-químicas dos substratos e a otimização dos parâmetros de eletrospinning são apresentados. Os scaffolds eletrofiados são biocompativeis e permitem a aderência e proliferação de células-tronco mesenquimais (CTM). As fibras de PBAT com ou sem PPy foram utilizadas como substrato para adesão e diferenciação de células de neuroblastoma (Neuro2a) de camundongo. As Neuro2a aderiram nos scaffolds de PBAT e PBAT / PPy2% sem revestimento de laminina. No entanto, células Neuro2a estimuladas por ácido retinóico (RA), não diferenciaram quando foram cultivadas em PBAT, mas diferenciaram quando cultivadas em fibras de PBAT / PPy2%. Nossa hipótese é que a hidrofobicidade do PBAT tenha inibido a diferenciação, e que a inibição tenha sido superada ao revestir as fibras de PBAT com laminina. Concluímos que as fibras produzidas com a combinação de PBAT e PPy são um bom suporte para a diferenciação neuronal. Na segunda parte deste trabalho, estudamos scaffolds biológicos descelularizados derivados de cérebros murinos como suporte para cultivo de células neurais. Scaffolds compostos de matriz extracelular (MEC) estão sendo investigados por sua capacidade de facilitar a remodelação e reparo do tecido cerebral após uma lesão. A MEC é um material complexo composto por proteínas, glicoproteínas e proteoglicanos, que são secretados pelas células. A MEC contém pistas biológicas importantes que modulam comportamentos celulares, e também serve como um suporte estrutural ao qual as células podem aderir. No entanto, os protocolos descritos atualmente para a descelularização de órgãos, como o cérebro, envolvem o uso de muitos reagentes químicos com muitas etapas que, em última instância, limitam o processo de recelularização. Portanto, descrevemos pela primeira vez um método simples e rápido para a decelularização completa de cérebro murino. Nossos resultados mostram que, em 24h, os cérebros de camundongos foram completamente descelularizados, mas ainda mantiveram vários componentes MEC essenciais para a sobrevivência celular e repovoamento do scaffold. Além disso, observamos que o scaffold descelularizado de cérebro é biocompatível, pois células Neuro2a injetadas no scaffold e mantidas em cultura durante 24 e 72h foram localizadas e identificadas por imuno-histoquímica na sua forma indiferenciada. Concluímos que este novo método para descelularização do cérebro murino é eficiente e os scaffolds podem ser usados como um suporte biocompatível para o repovoamento celular.