Navegando por Palavras-chave "Odontoblasto"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Resposta dos odontoblastos aos receptores ativados por protease e aos cimentos resinosos autoadesivos na mineralização da matriz dentinária(Universidade Federal de São Paulo, 2021-06-15) Alvarez, Marcela [UNIFESP]; Tersariol, Ivarne [UNIFESP]; Nacimento, Fábio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6593247187880200; http://lattes.cnpq.br/4859954582615304; http://lattes.cnpq.br/0175345882910812; Universidade Federal de São Paulo - UNIFESPINTRODUÇÃO. Os odontoblastos estão localizados no complexo pulpo-dentinário e são responsáveis pela síntese da matriz dentinária. Por estarem estrategicamente localizados na interface da polpa com a dentina, são responsáveis pela sinapse imunológica da matriz dentinária com a polpa. O objetivo principal desta tese foi estudar a presença e a resposta biológica das células odontoblasto-like (MDPC-23) e das células-tronco pulpar humana (DPSCs) aos receptores ativados por protease PAR-1 e PAR-2, ambos reconhecidos por regular processos inflamatórios no processo de mineralização da matriz. Também estudamos a resposta biológica das células MDPC-23 à presença de cimentos resinosos autoadesivos, MaxCem Elite e RelyXU200. MATERIAIS E MÉTODOS. Os receptores PAR-1 e PAR-2 nas células MDPC-23 foram caracterizadas por de ensaios de qRT-PCR, citometria de fluxo, western blot e microscopia confocal. A funcionalidade de dos receptores PAR-1 e PAR-2 foi analisada por ensaios farmacológicos medindo o infuxo citoplasmático de cálcio em resposta aos agonistas dos receptores. Após a indução por LPS analisamos por qRT-PCR a expressão dos receptores PAR-1 e PAR-2, bem como, de citocinas inflamatórias. Também, verificamos a presença e a funcionalidade dos receptores PAR nas células-tronco da polpa dentária (DPSC). Bem como, estudamos o impacto dos cimentos resinosos no estresse oxidativo celular, na proliferação celular e na capacidade de indução de mineralização da matriz. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Os resultados mostram que as células MDPC-23 expressam constitutivamente PAR- 1 e PAR-2. O peptídeo agonista de PAR-1 foi capaz de fosforilar ERK, e a ativação de PAR-2 promoveu infuxo citoplasmático de cálcio. Na presença de LPS, houve aumento na expressão gênica dos receptores PAR-1 e PAR-2 e das citocinas inflamatórias TNF-α e IL-6. Houve alteração na expressão gênica de metaloproteases (MMPs) mediado pelos peptídeos agonistas de PAR-1 e PAR-2. Por análises de espectrometria de massa verificamos o aumento da presença de MMP-13 capaz de hidrolisar o peptídeo-FRET mimético de PAR-1 no sítio não canônico TLDPRS42↓F43LL, bem como, de serino proteases da família de tripsina capaz de clivar o peptídeo-FRET mimético de PAR-2 no sítio canônico SKGR20↓S21LIGRL no extrato pulpar acometido por pulpite em relação ao extrato pulpar de dentes não inflamados, esses resultados suportam a hipótese da ativação de PAR-1 e PAR-2 por proteases endógenas do dente, abundantes durante a resposta inflamatória no complexo pulpo-dentinário. Cortes histológicos de tecido dentário cariado mostrou intensa coloração positiva de PAR-1 e PAR-2 nos processos de odontoblastos em relação ao dente não-cariado. Ainda, PAR-1 foi capaz de aumentar a expressão, atividade e potencial mineralizador das células MDPC-23. PAR-2 não promoveu aumento na atividade da fosfatase alcalina, assim como não houve aumento de depósitos de minerais. Nas DPSCs, verificamos a expressão de PAR-1 e PAR-2 e, na presença de agonista de PAR-1, verificamos aumento na expressão de genes importantes envolvidos no processo de diferenciação/ mineralização, assim como houve aumento na produção de cristais de hidroxiapatita. Ainda, houve aumento na expressão de interleucinas inflamatórias importantes na presença de PAR-1 ou PAR- 2. Em relação aos cimentos resinosos autoadesivos, verificamos diferentes graus de citotoxicidade para as células MDPC-23 em função do tipo de cimento. Bem como, encontramos alterações na expressão de RNAm de genes pró-inflamatórios, genes envolvidos na mineralização e no estresse oxidativo das células MDPC-23. As alterações na expressão dos genes foram acompanhadas pela monitoração das alterações fenotípicas observadas sobre a proliferação celular, produção de espécies reativas de oxigênio e capacidade de mineralização da matriz na presença dos cimentos. CONCLUSÃO. Os resultados apresentados demonstraram que os receptores PARs estão envolvidos na resposta inflamatória e no remodelamento da matriz dentinária, PAR-1 possui papel na indução de mineralização da matriz e na diferenciação das células-tronco pulpares. Ainda, PAR-2 parece modular a resposta do receptor nociceptivo TRPV1 em odontoblastos, através de mecanismos ainda a serem elucidados. Também observamos que ambos os cimentos resinosos autoadesivos atuam de forma distinta ao modular a resposta redox nas células MDPC-23, alterar a proliferação celular e capacidade mineralização destas células. Esses resultados obtidos servem para balizar a produção de cimentos odontológicos mais biocompatíveis com o tecido dentário.