Navegando por Palavras-chave "Neuroregeneração."
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito do lisado de plaquetas humanas na suplementação de células mesenquimais estromais multipotentes humanas e aplicação em modelo de lesão aguda: stab wound: STAB WOUND(Universidade Federal de São Paulo, 2023-03-27) Silva, Karina Ribeiro da [UNIFESP]; Almeida, Danilo Cândido de [UNIFESP]; Câmara, Niels Olsen Saraiva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8098379714093877; http://lattes.cnpq.br/8395461764493766; http://lattes.cnpq.br/9576125857744196O traumatismo cranioencefálico (TCE) afeta milhões de pessoas em todo o mundo, resultando em deficiências motoras agudas/crônicas, de caráter cognitivo e comportamental, impactando severamente a qualidade de vida. Atualmente, os tratamentos para o TCE ainda são bastante limitados, restringindo-se ao controle da pressão intracraniana e a otimização da perfusão cerebral, o que previne o edema, a inflamação e a morte celular. A terapia com células-tronco estromais mesenquimais multipotentes (hMSCs), devido a suas habilidades neuroplásticas, neuroregenerativas e imunoregulatórias, é considerada uma estratégia alternativa, inovadora e promissora quando associada á outras tecnologias. Desse modo, este presente estudo avaliou o impacto da suplementação com Lisado de Plaquetas Humanas (hPL) no cultivo da hMSCs e sua aplicação em um modelo experimental de traumatismo craniano agudo denominado de Stab Wound (SW). As hMSCs de medula óssea foram cultivadas em duas condições: i) com 10% de soro fetal bovino (FBS_hMSCs) ou ii) com 10% de hPL altamente concentrado (hPL_MSCs). Posteriormente, ambas as populações celulares foram caracterizadas "in vitro" de acordo com o seu painel imunofenotipico; capacidade de diferenciação em linhagens mesenquimais e por marcadores de proliferação e de estresse oxidativo (Ki-67 e JC-1). A neurodiferenciação das hMSCs foi avaliada por imunofluorescência (β Tubulina-III) e por qPCR (NeuN, Nestina, GFAP, Iba, Neuro G2 e Neuro D1). O efeito do hPL no cultivo de precursores neuronais também foi analisado. O potencial terapêutico "in vivo" foi investigado utilizando o modelo SW e foram realizadas análises histopatológicas (Iba, GFAP e DCX) e de expressão genica para vias de inflamação, stresse oxidativo e função neuronal. Ambos os subconjuntos de hMSCs apresentaram uma morfologia fibroblastóide com um perfil fenotípico característico de hMSCs, ou seja, negativo para CD14, CD31, CD45 e positivo para CD73, CD90, CD105, CD117, CD133, e HLA-DR. Ambas as hMSCs apresentaram o potencial multipotente de diferenciação, porém, esse foi menor nas células cultivadas com hPL. Ao longo das passagens, nas culturas de hPL_MSCs foram identificadas alterações morfológicas expressivas e progressivas, sugerindo uma neurodiferenciação parcial "in vitro", que foi posteriormente confirmada pela regulação positiva de marcadores neuronais. As culturas de FBS_hMSCs permaneceram morfologicamente inalteradas durante o cultivo. Quando comparadas às culturas de FBS_hMSCs, as hPL_MSCs apresentaram uma tendencia de apresentar menor estresse mitocondrial celular com um potencial proliferativo reduzido, caracterizando um perfil mais progenitor. Funcionalmente, o hPL promoveu “in vitro” de neuroesferas fenômenos de aderência, migração e possível diferenciação celular somente na presença de fatores de crescimento, o que não foi observado em culturas controles. Adicionalmente, analisamos os tecidos com lesão cerebral infundidos com ambas as hMSCs, e verificamos que o potencial neuroreparador (células DCX+) foi maior nos cortes neuronais tratados com hPL_MSCs, os quais também apresentaram baixa presença de células inflamatórias (Iba+ e GFAP+) no local da lesão. Observamos nos córtex dos animais infundidos com hPL_MSCs menor expressão de citocromo C e GFAP em comparação aos animais que receberam FBS_hMSCs. Por outro lado, no hipocampo dos animais que receberam hPL_MSCs, foi relatada baixa expressão de IL-4 e de marcadores de função/plasticidade neural (AMPA-1, NMDA-1, Cap- 23, Gap-43, PSD-95) em comparação aos animais inoculados com FBS_hMSCs. Por fim, quantificamos o fator de crescimento neuronal BDNF e verificamos sua presença elevada nos sobrenadantes de culturas de hPL_MSCs e no soro de animais transplantados com hPL_MSCs. Como conclusão os nossos resultados sugerem que hPL_MSCs apresentam características neuronais clássicas "in vitro" com potencial neuroprotetor "in vivo", sugerindo que hPL é um indutor promissor de células neuronais “like” com plasticidade limitada, sendo uma ferramenta alternativa e potencial para terapia celular explorativa no contexto do TCE. Acreditamos que este estudo demonstrou o potencial papel “neuroregulador” do hPL, e também gerou resultados fundamentais para o entendimento da neuroplasticidade das hMSCs e sua aplicabilidade na medicina regenerativa.