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- ItemAcesso aberto (Open Access)Tecendo redes de cuidado em saúde mental nos municípios da Baixada Santista: artesanias ou malabarismos da gestão?(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Santos, Letícia Katarine Ferreira dos Santos [UNIFESP]; Capozzolo, Angela Aparecida [UNIFESP]; Pezzato, Luciane Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0088988136074066; http://lattes.cnpq.br/7660336218859464; http://lattes.cnpq.br/9015380949538020; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A Reforma Psiquiátrica ainda está em curso, temos observado avanço, mas também retrocessos na implementação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) nos municípios. Ademais, as relações construídas entres as unidades da RAPS e entre usuários e estes serviços, ocorrem independentemente das diretrizes presentes na Política Nacional de Saúde Mental. A possibilidade de múltiplas portas de entrada e diferentes perspectivas e concepções de cuidado em saúde mental em disputa configuram um cenário intenso, diversificado e desafiador para a gestão em saúde mental da RAPS. O papel da gestão da RAPS é uma questão em aberto no SUS, visto que o trabalho em saúde se dá pelo estabelecimento e articulação em rede, que acontece de forma dinâmica, interativa e coletiva, sendo assim, necessário olhar para a relação gestão/trabalhadores/cuidado. O objetivo deste estudo foi investigar a constituição do trabalho em rede da Saúde Mental dos municípios do Departamento Regional de Saúde (DRS) IV, sob a ótica dos gestores da Saúde Mental. Trata-se de uma pesquisa-intervenção, realizada com representantes da área da saúde mental indicados pelos gestores dos seus respectivos municípios, que estivessem envolvidos no apoio ou gerenciamento da implementação da RAPS municipal. Foram realizadas 3 rodas de conversas com esses representantes, assim como uma entrevista com a interlocutora de Saúde Mental do DRS-IV. Alguns conceitos-ferramenta da Análise Institucional como: instituição, analisadores e implicação inspiraram a análise do material produzido nas rodas de conversa e na entrevista, colocados em diálogo com o diário de pesquisa construído pela pesquisadora. Foram elencados três analisadores: “A saúde mental não se faz sozinha”; “Investimento zero” e “Um lugar para respirar”; que possibilitaram expor diferentes pontos abordados pelos participantes. Os participantes da pesquisa evidenciaram os limites e tensões do lugar que ocupam - entre as equipes dos serviços e a gestão central - , transitando entre artesanias e malabarismos para articular a rede de serviços e o cuidado aconteça.