Navegando por Palavras-chave "Negros"
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- ItemSomente MetadadadosA assistência ao negro na instituição asilar do Juquery(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2021) Avezani, Amanda Carolina Franciscatto [UNIFESP]; Marcolan, Joao Fernando [UNIFESP]; Universidade Federal de São PauloObjective: To reveal the assistance provided to black people in the period from 1898 to 1930 at Hospício do Juquery, considering the social context and the hegemony of medical knowledge at the time. Method: Qualitative, exploratory-descriptive study, using a document analysis framework. The analysis of all medical records of inpatients in the period (about 6,300) in the Archive of Cultural Heritage of the Juquery Hospital Complex was carried out, with approximately 1,400 of black people, of which 457 records were included, being 140 women and 317 men. The selected period covered the direction of Francisco Franco da Rocha and Antônio Carlos Pacheco e Silva, whose ideas substantially influenced the institutional and national guidelines adopted and comprised the First Republic (1889-1930) with ostensible, violent and legitimized characteristics assumed by racism at the time. . Inclusion criteria to be denominated negro (a), pardo (a), caboclo (a), moreno (a) or mulatto (a) of both sexes with a minimum of 14 years of age, hospitalized in the period. The non-inclusion of medical records for not having enough data to meet the objectives. In the documentary research, methods and techniques were used to apprehend, understand and analyze the data from the chosen records, extracting essential information according to an instrument developed by the researchers to achieve the objectives of the study. The context considered the social examination in which the document was produced and the author was inserted and those to whom the documentation was intended. The political, economic, social and cultural situation that accompanied the production of medical records was analyzed. Results: Few inmates were considered to have some type of education and when present, it was considered primary, rudimentary or elementary. The origin in general was from disciplinary institutes, jails, police stations, penitentiaries, collections and judicial determinations. Most of the diagnoses were related to racial issues. such as progressive general paralysis, alcoholism, vagrancy, degeneration and eugenics and behavior outside the accepted social standards, especially for women, with sexist, patriarchal and moralistic views that were not compatible with the daily lives of most women, who were considered immoral and unhygienic and therefore excluded with hospitalization. Cultural aspects were also criminalized or received medical versions. They received clinical treatments that did not justify the hospitalization and the length of it. Most had no therapeutic proposal described to reinforce the hypothesis of the intention that keeping these subjects in the Hospice did not occur for the proposal of care. Institutional violence under the justification of discipline and moralizing character, which fell so devastatingly on the participants, could still be perceived more sharply from the roundabout. Institutional violence was present under the guise of treatment in many other ways (clinotherapy, pyrethotherapy, malarial therapy, insulin therapy, cardiazol). Abandonment and lack of assistance became a scenario due to the outstanding number of participants who had parasitosis, cachexia, malnutrition, anemia and a significant part of the analyzed medical records pointed to death as the outcome of hospitalization. Psychiatry played a leading role as a policy of intervention, with its knowledge-power, which focused on the individual and collective, with disciplinary and regulatory effects at a time that sought to constitute itself from a project of a modern, orderly nation, in full economic rise and began by excluding the undesirables. Conclusion: Psychiatric care for blacks at Hospício do Juquery was structured in racist, sexist, patriarchal and moralist paradigms. The practices were characterized by oppression, surveillance, violence, neglect, neglect, repression, reification and the outcome of death.
- ItemAcesso aberto (Open Access)De "res" a "persona", vozes e silêncio: a categorização dos negros na legislação brasileira em perspectiva dialógica do discurso(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-31) Cândido, Daniel Eduardo [UNIFESP]; Magalhães, Anderson Salvaterra [UNIFESP]; Souza, Janderson Lemos de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5242623034107836; http://lattes.cnpq.br/7806510956818017; https://lattes.cnpq.br/0647677802859065Nesta dissertação, examina-se a tensão entre desigualdade e igualdade racial na historicização do Brasil pela perspectiva discursiva. O estudo recorta do campo jurídico textos normativos que regeram e regem as relações sociais desde o Brasil Colônia até os dias de hoje. Nesses textos, rastreiam-se os modos como o negro é simbolizado na linguagem, relativamente às categorias geopolíticas do território e aos domínios experienciais ativados. No tempo dialógico, da cadeia comunicativa de normas jurídicas estudadas, emerge uma dinâmica discursiva que encaminha a memória coletiva em torno das tensões raciais, cuja perspectiva vai sendo paulatinamente alterada de uma memória sobre o negro para uma memória também do negro. Com base na premissa de não cisão entre linguagem e mundo, esta dissertação articula dois quadros teóricos. Por um lado, a dimensão histórico-social é mobilizada pelo viés dos estudos bakhtinianos, especialmente os estudos em Análise do Discurso de orientação dialógica. Por outro, a dimensão sociocognitiva é tratada pelo viés da Linguística Cognitiva. Pela integração dessas abordagens, descreve-se como o processo linguageiro, por meio do qual os negros participantes da história do Brasil têm sido conceptualizados na legislação nacional, no experienciar de três domínios – trabalho, religião e militância –, permanece a atualizar tensões que constituem certa memória coletiva de sua participação na construção da denominada brasilidade. Metodologicamente, o estudo parte da Lei Federal n. 12.288, de 2010, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, e retrocede de forma não linear até as Ordenações Filipinas (Livro V) de 1603 a fim de aceder aos discursos que incidem sobre as tensões raciais. São analisadas as condições socioculturais que delineiam valores estruturantes do campo e seus textos acerca dos povos negros em diferentes momentos da história brasileira. São identificados e descritos nos textos jurídicos selecionados os processos de categorização do negro e os processos enunciativo-discursivos pelos quais a tensão entre os discursos da desigualdade e igualdade racial constitui certa memória coletiva acerca desses povos e sua participação na cultura brasileira. Por fim, a partir das pistas lexicais identificadas no corpus escolhido da legislação doméstica, nos domínios experienciais mencionados, tais como “escravos”, “negros”, “elemento servil”, “libertos”, “pretos forros”, “escravos de Guiné”, “cativos”, “réo escravo”, “cabeça de escravo importado”, “pirataria de escravos”, “tráfico de africanos”, “escravo inválido”, “vadio”, “capoeira”, “objeto de usufruto da coroa”, “afro-brasileiros”, “afrodescendentes”, etc., é possível perceber como a alusão ao negro ativa processos sociocognitivos tanto em quem a produz quanto naqueles que a mobiliza. Dessa forma, faz espelhar valores historicamente em conflito que reverberam das leis até hoje e fazem flutuar o negro da categoria coisa à pessoa. Esta dissertação traz contribuições inter-relacionadas de duas ordens. Teoricamente, apresenta-se o alcance descritivo-analítico da articulação de uma abordagem histórico-social com uma abordagem sociocognitiva da linguagem. Do encontro desses dois vieses, emerge um dispositivo que atende ao desafio de investigar como os contextos interacionais incidem sobre o funcionamento da linguagem. Socialmente, a investigação contribui para a compreensão do percurso discursivo pelo qual o negro, na historicização do Brasil, tem integrado a sociedade, desde uma condição enunciativa absolutamente subalterna, quando é reificado, até uma condição de sujeito discursivo que participa na construção das normas jurídicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A "LEGIÃO NEGRA" : UM ESTUDO ACERCA DA PARTICIPAÇÃO DOS NEGROS PAULISTAS NA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932.(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-14) MOUTINHO, GLAUBER MARTINS; TOLEDO, EDILENE TERESINHA; http://lattes.cnpq.br/8399485670405275O presente trabalho tem por objetivo estudar a participação de uma parcela da comunidade negra paulista que atuou ativamente na Revolução Constitucionalista de 1932, sob o ordenamento da Legião Negra de São Paulo. Através da análise de fontes bibliográficas e históricas se busca desvelar aspectos do período pós-abolição, bem como o efervescente contexto político-social do negro dos anos 1930, a partir de seus personagens, instituições, formas de expressão e associativismo. Concomitantemente é feita uma breve contextualização histórica acerca do movimento revolucionário de 1932. Por fim, é realizada a análise acerca da participação negra na revolução, por meio do destacamento legionário.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A pedagogia da criminalização dos meninos negros: Complexo de Miguel Otávio(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-05) Jesus, Amanda da Silva; Souza, Ellen de Lima; http://lattes.cnpq.br/2996966307456495; http://lattes.cnpq.br/7060755400532224Nesta pesquisa, buscamos flagrar a tendência discriminatória e estereotipada em nossa sociedade de associar os homens e garotos negros a indisciplina e a agressividade, especialmente no contexto educacional. A maneira como esses corpos são organizados e pensados parece estar conectada a história do branqueamento e da exclusão dos negros em nosso país. Uma história que ainda continua (parece não querer cessar) se apoiando em tecnologias de destruição que insistem em naturalizar a morte desses indivíduos. Nesse sentido, este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo identificar como as ideias eugênicas e a exclusão do negro brasileiro no sistema educacional durante a primeira república continuam a influenciar nas políticas de morte simbólica, epistêmica e identitária de crianças negras nas escolas e nas práticas educativas. Para alcançar esse propósito, foi necessário estudar os conceitos envolvidos a partir da abordagem qualitativa por meio da lógica Exúlica que se engloba na tipologia exploratória. Os dados foram analisados por meio de referenciais bibliográficos, tais como artigos, teses e livros que abordam o tema em questão. Esse estudo constatou que não faltaram ações para embranquecer, hierarquizar, separar e moralizar os sujeitos. Inclusive, muitas destas ações ganharam destaque na área da educação, e foram, por muito tempo, cultivadas e naturalizadas nos espaços escolares. Esse padrão violento parece repetir em diferentes momentos de modo implícito e sutil, ficando resquícios na escolarização das crianças negras, em específico, na dos meninos negros - maiores vítimas dos agentes necrológicos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Política de cotas na Unifesp campus Baixada Santista: democratização do ensino?(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-12-07) Cruz, Orielson José da [UNIFESP]; Diniz, Tânia Maria Ramos de Godoi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0843643148488988; http://lattes.cnpq.br/9545432499463379; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente Trabalho de Conclusão de Curso – TCC se caracterizou por analisar as Políticas de Ações Afirmativas, com foco especial à Política de Cotas. A Política de Ação Afirmativa surgiu com o objetivo de minimizar a desigualdade a qual parcela da população se vê submetida, sem o acesso igualitário aos setores da vida social (trabalho, educação, etc.), buscando minimizar os danos causados pela discriminação e desigualdade a que parcela da sociedade está submetida. Uma de suas modalidades é a Política de Cotas que busca a inserção de negros e pobres ao ensino superior. O IBGE em seu último censo mostra que mais da metade da população é de negros (pretos e pardos), contudo nas universidades este grupo se apresenta em minoria quando comparados aos brancos. As universidades públicas brasileiras buscaram algumas formas para aumentar o ingresso de estudantes negros no ensino superior anteriormente à Lei de cotas, que é o foco de análise deste TCC. Analisando a Lei de Cotas que foi criada para aumentar o ingresso da população de baixa renda, de índios e de negros no ensino público superior, promulgada no ano de 2012, e através dela analisar e verificar se o seu advento está colaborando para uma maior inserção dos negros nas universidades federais brasileiras. O presente trabalho tem como foco a compreensão desta política na UNIFESP – campus Baixada Santista procurando identificar os avanços ou não do acesso e da permanência na instituição dos negros por meio desta Lei. Percebeu-se através deste trabalho que o advento da Lei de Cotas trouxe avanços no que se refere o acesso de grupos discriminados no ensino superior, principalmente da população negra. No entanto, concluímos nesta pesquisa que há muito que se fazer para que o Brasil se torne um país em que todos os estudantes possam concorrer em igualdade de condições na educação, principalmente nos cursos de nível superior. Há necessidade de investimento na educação básica, fundamental e no ensino médio para que estudantes possam ter as mesmas oportunidades de ingresso no ensino superior.