Navegando por Palavras-chave "Mutualism"
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- ItemEmbargoComo o sombreamento influencia a secreção de néctar extrafloral em Chamaecrista nictitans (Fabaceae)?(Universidade Federal de São Paulo, 2022-01-25) Bartsch, Lucas José Reis [UNIFESP]; Leal, Laura Carolina [UNIFESP]; Nogueira, Anselmo; http://lattes.cnpq.br/9192761727785856; http://lattes.cnpq.br/0645237910354535; http://lattes.cnpq.br/3218539367511860Plantas produzem néctar extrafloral como uma defesa indireta contra herbívoros pela atração de formigas protetoras. No entanto, a produção de néctar impõe custos energéticos às plantas. O custo relativo desse néctar deve ser mais alto quanto menor o desempenho fotossintético da planta. Nesse estudo, avaliamos primeiramente como a variação no sombreamento afeta a produção de néctar extrafloral na leguminosa Chamaecrista nictitans. Para tanto, investigamos como a atividade dos nectários e o sombreamento interfere na performance das plantas. Desse modo, realizamos um experimento 2x3 fatorial no qual cultivamos um total de 60 plantas sob três níveis de sombreamento (0, 30 e 50%) e duas condições de atividade dos nectários extraflorais (nectários ativos e inativos). Ao longo de 45 dias, medimos a massa total de açúcar no néctar extrafloral nas 30 plantas com nectários ativos sob os diferentes níveis de sombreamento. Em seguida, comparamos o acúmulo de biomassa, a densidade da madeira e a área foliar específica nas 60 plantas, comparando plantas com nectários ativos e bloqueados sob os diferentes níveis de sombreamento. O sombreamento não influenciou a massa de açúcares do néctar secretado pelas plantas de C. nicititans, e todas as plantas aumentaram a produção de açúcares ao longo do tempo. Além disso, a atividade dos nectários não influenciou a alocação de biomassa da planta (aérea ou radicular), embora plantas mais sombreadas (>30%) tenham investido menos em biomassa radicular. Por outro lado, a atividade secretora dos nectários influenciou a área específica foliar, modificando o padrão de expansão foliar das plantas sob 50% de sombreamento. Nosso estudo mostra que, na presença de herbivoria, a qualidade do néctar extrafloral não se altera, independente do nível de sombreamento. Por outro lado, o custo energético relativo do néctar é maior em plantas sob níveis de sombreamento mais altos. Por fim, a atividade do nectário extrafloral influencia o tipo de resposta que as plantas apresentaram ante às condições de sombreamento.
- ItemEmbargoDomácias em Rudgea Salisb. (Rubiaceae): um estudo morfológico e anatômico(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-27) Marcon, Samantha Favero [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/5260624764534820A taxonomia é a ciência que se dedica à classificação de organismos e nos últimos anos a taxonomia integrativa tem se tornado mais relevante. Esta abordagem combina diversos tipos de informações para uma classificação mais precisa, além de ajudar na compreensão das espécies além das suas características externas. Um exemplo de aplicação da taxonomia integrativa é o estudo das domácias. As domácias são estruturas foliares que fornecem abrigo a pequenos animais, em uma relação mutualística. Estas estruturas estão localizadas nas axilas das nervuras principal e secundárias da face abaxial das folhas, com sua maior ocorrência sendo na família Rubiaceae. Além de seu papel ecológico, as domácias podem ser usadas para delimitar espécies, como observado em Rudgea, um gênero de Rubiaceae. Assim como na família, as domácias de Rudgea são altamente variáveis em sua morfologia. Porém essa estrutura ainda é pouco investigada em seus aspectos morfo-anatômicos. Trabalhos anteriores mostraram a presença de tecidos anatomicamente diferenciados na região domacial. Um destes tecidos é o chamado tecido domacial, composto por parênquima compactado, o outro é tecido de borda, composto por colênquima concentrado nas bordas da abertura da domácia. Portanto, o objetivo desta dissertação é fazer um estudo mais aprofundado da morfologia [Capítulo1] e anatomia [Capítulo 2] das domácias em Rudgea. Além disso, também estão sendo descritas duas espécies novas para esse gênero [Anexo 1]. Quanto a morfologia, foi proposto um modelo de descrição para as domácias que melhor evidencia a variabilidade morfológica da estrutura. O modelo é mais flexível que classificações anteriores, sendo possível usá-lo para descrever domácias de outros gêneros e famílias. Devido à alta variabilidade intraespecífica observada neste trabalho, as características das domácias em Rudgea não se mostraram tão informativas para a diferenciação das espécies. Quanto a anatomia, os diferentes tecidos domaciais foram encontrados na maioria das espécies analisadas, mas em diferentes organizações e quantidades. Também foram encontrados idioblastos preenchidos com substâncias ainda não identificadas, descoberta que pode ter ramificações interessantes para o mutualismo destas plantas. Comparando os resultados dos dois capítulos, não foi encontrada a conexão esperada entre a morfologia e anatomia das domácias. Os resultados deste trabalham mostram, na verdade, que a anatomia da estrutura é tão variável quanto sua morfologia, evidenciando o potencial desta estrutura para estudos das mais diversas áreas das ciências biológicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito do mutualismo entre formigas e insetos fitófagos na estrutura e estabilidade da comunidade de artrópodes associados a Psittacanthus robustus (Loranthaceae)(Universidade Federal de São Paulo, 2013-09-27) Freitas, Julia Dias de [UNIFESP]; Rossi, Marcelo Nogueira [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The study of mutualistic interactions between ants and phytophagous insects is relevant, since it affects the structure and stability of ecological communities. Here, the mutualistic interaction between phytophagous insects and ants inhabiting the host plant known as mistletoe (Psittacanthus robustus (Loranthaceae) was studied in the Serra do Cipó, an outcrop located in Minas Gerais, southeastern Brazil. It was tested the hypothesis that this mutualistic interaction affects the structure and stability of arthropod communities associated with P. robustus, increasing the abundance and species richness in the absence of mutualism, with concomitant decrease in community stability. Exclusion experiments (i.e., ants and trophobionts) were carried out, forming three experimental groups: with mutualism (control), with ant exclusion only, and without ants and trophobionts (total exclusion). Periodical surveys of the arthropod community were established, and organisms were separated according to their functional groups. Significant changes were not observed among treatments with respect to local diversity (alpha diversity), considering communities as a whole. The same pattern was observed for most functional groups, with exception to the predators. However, it was confirmed the formation of a mosaic, characterized by plants with and without ant-trophobiont mutualism, enhancing beta diversity (diversity among habitats). Considering turnover percentages, greater stability was found in the experimental group with ant exclusion only. This study was also important to characterize the arthropod community associated with P. robustus.