Navegando por Palavras-chave "Militarização urbana"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Milícia, forma regional do Estado: produção do espaço e dos inimigos na formação da Liga da Justiça (Zona Oeste, Rio de Janeiro)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-19) Pompeu, Thiago Pinho [UNIFESP]; Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2535677142724245; http://lattes.cnpq.br/4967989605253964A partir da leitura crítica de reportagens selecionadas em edições dos Jornais de Bairro O Globo - Zona Oeste, a pesquisa busca observar as conexões entre autoritarismo, conservadorismo e a ascensão da milícia Liga da Justiça, investigando a influência destas relações na produção do espaço nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, subúrbios da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. O período de análise é marcado pela promulgação da Constituição Federal de 1988, a eleição do líder da milícia para o cargo de vereador em 2000, e a sua prisão em 2007, decorrente das acusações feitas ao político-miliciano no âmbito da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Observando a criação do grupo paramilitar a partir da narrativa miliciana de auto-organização dos moradores e policiais do bairro contra a criminalidade, a institucionalização da Liga da Justiça é interpretada como um processo extremo de militarização da vida urbana que se relaciona à contaminação miliciana no Estado, à economia do crime no Rio de Janeiro e a um processo violento de urbanização. A análise dos artigos selecionados identificou variáveis de personalidade que, segundo o estudo A Personalidade Autoritária (Adorno, 1950), estão “correlacionados com a concepção de indivíduos potencialmente fascistas”. A partir da análise dos textos, a pesquisa traça conexões entre a produção jornalística e outras formas de produção material, apontando para a relação do jornal com fontes, anunciantes e outros atores, e relacionando essas produções com a produção social do espaço e também com a produção coletiva de pessoas e lugares considerados “inimigos” ou “ameaças” ao ordenamento “natural” dos bairros em estudo. Nesse esforço identificam-se os conflitos relacionados ao domínio de serviços públicos e de atividades econômicas no território à época, demonstrando como a milícia Liga da Justiça se institucionalizou como um desdobramento regional do Estado na Zona Oeste do Rio de Janeiro executando a gestão diferenciada dos ilegalismos e regulando as fronteiras do legal e do ilegal pelo monopólio do uso do poder estatal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Vigilância e securitização em São Paulo: o projeto Detecta e o mercado internacional de tecnologia da informação e comunicação(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-12) Ramalho, Anna Carolina Rodrigues [UNIFESP]; Acácio Augusto, Sebastião Junior [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9298810663986704; http://lattes.cnpq.br/6776622040933209A proposta de análise acerca da expansão das câmeras de vigilância no estado de São Paulo visa compreender os impactos da prática de monitoramento na vida civil, bem como sua influência na estruturação urbana. É importante compreender e mapear quais agentes e projetos de cooperação estiveram envolvidos na implementação do projeto Detecta para que seja possível analisar o interesse do mercado internacional de segurança bem como dos Estados-nação envolvidos na implementação destas práticas na vida dos cidadãos e seus impactos na estrutura social urbana. Além disso, ao se compreender estas práticas, será possível analisar um mercado em crescente expansão que executa alterações na vida cotidiana e altera os rumos dos estudos de segurança internacional, bem como o envolvimento de práticas privadas na estrutura social e políticas do Estado.