Navegando por Palavras-chave "Metallothionein"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da influência de polimorfismos do gene da metalotioneína MT2A sobre as concentrações de chumbo (Pb) no sangue, plasma e urina de trabalhadores expostos ao metal(Universidade Federal de São Paulo, 2020-05-28) Faria, Jéssica Ramalho [UNIFESP]; Barcelos, Gustavo Rafael Mazzaron [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3494181017350657; http://lattes.cnpq.br/4521716627642528; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O chumbo (Pb) é o segundo elemento mais tóxico, atrás apenas do arsênio (As), e está presente em abundancia na crosta terrestre. O metal é utilizado principalmente na fabricação de baterias automotivas. A exposição ao Pb pode causar diversos efeitos nocivos à saúde tais como distúrbios gastrointestinais, neurológicos e no sistema antioxidante. Com o objetivo de minimizar os efeitos nocivos causados durante a jornada de trabalho o Ministério do trabalho classificou a exposição ao Pb inorgânico como insalubridade de grau máximo, além de estabelecer os biomarcadores de toxicidade, entretanto os valores limites estão desatualizados. Há grandes variações nas concentrações de biomarcadores de toxicidade associados à exposição ao chumbo (Pb), apesar de níveis semelhantes de exposição, hipoteticamente relacionados às diferenças genéticas nas enzimas que metabolizam o metal. Entretanto, pouco se sabe a respeito dos efeitos genéticos sobre o metabolismo e toxicidade induzida pelo Pb. As metalotioneínas (MTs) são proteínas de transporte e distribuição de metais essenciais tais como o zinco (Zn), cobre (Cu) e ferro (Fe); porém, devido a sua alta quantidade de grupamentos sulfidril, metais não essenciais podem ligar-se a ela, como o Pb, cádmio (Cd), dentre outros. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar o impacto de polimorfismos do tipo Single Nucleotide Polymorphisms (SNP) do gene MT2A (UTR-3 (3’-Untranslated Region), G → C; rs10636 e UTR-5 (5’-Untranslated Region), A→ G; rs28366003) sobre as concentrações de Pb no sangue (Pb-s), plasma (Pb-p) e urina (Pb-u), em 236 trabalhadores de fábricas de baterias automotivas expostos ao metal. As concentrações de Pb-s, Pb-p e Pb-u foram quantificadas por espectrometria de massa com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS) e as genotipagens dos polimorfismos do gene MT2A foram realizadas através do método TaqMan, por meio do da Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) em Tempo Real. Para a avaliação do impacto dos polimorfismos sobre as concentrações do metal, regressões múltiplas foram aplicadas e ajustadas por idade, IMC, tempo de trabalho, tabagismo, álcool, além das concentrações de 15 elementos químicos (Al, Sr, Sn, Se, Sb, P, Mo, Mn, Mg, Co, As, Cu, P, Cd, Fe, Pb) e o valor de p≤0,050 foi considerado significativo. A idade média foi de 38 anos e o tempo de trabalho variou de 1 mês até 27 anos; concentrações de Pb-s, Pb-p e Pb-u foram de 21,1 ± 11,9 µg/dL, 0,60 ± 0,71 µg/dL e 38,9 ± 48,4 mg/g creatinina, respectivamente. Associações positivas entre tempo de trabalho e concentrações de Pb-s e Pb-p foram observadas, indicando que o período de exposição influência nas concentrações de Pb absorvido. Associações positivas entre os elementos Manganês (Mn) e Selênio (Se) no sangue e Magnésio (Mg) no plasma com as concentrações de Pb-s e Pb-p podem sugerir uma co-exposição a esses elementos durante a jornada de trabalho. Foi observado associação negativa entre os elementos Fe e As e as concentrações de Pb-s, o que pode sugerir uma competição entre os elementos na fase de absorção. Ainda, Cobre (Cu) e Antimônio (Sb) se mostram associados negativamente ao Pb-p. O alelo C do SNP rs10636 não impactou nas concentrações de Pb-s (β= -1,0; p= 0,65), Pb-p (β= 0,03; p= 0,71) e Pb-u (β= 0,09; p= 0,40) e o genótipo raro (AG) do SNP rs28366003 não influenciou nas concentrações de Pb-p (β= 0,09; p= 0,46) e Pb-u (β= 0,03; p= 0,84). Entretanto o genótipo raro (AG) está associado a maiores concentrações de Pb-s (β= 7,9; p=0,04), quando comparados com os indivíduos portadores do genótipo prevalente (AA). O resultado do estudo sugere que elementos químicos podem influenciar nas concentrações de Pb-s e Pb-p e que o SNP rs28366003 localizado na região promotora 5’UTR do gene MT2A pode impactar na toxicocinética e na toxicodinâmica do Pb.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto de polimorfismos em genes envolvidos na toxicidade do mercúrio e selênio, em comunidades amazônicas expostas aos elementos via dieta(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-21) Maraslis, Flora Troina [UNIFESP]; Barcelos, Gustavo Rafael Mazzaron [UNIFESP]; Barbosa Júnior, Fernando; http://lattes.cnpq.br/5072630975779407; http://lattes.cnpq.br/3494181017350657; http://lattes.cnpq.br/2680147665149201; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Tanto no ambiente quanto nos organismos vivos, existe uma complexa relação entre as formas elementar, orgânica e inorgânica do mercúrio. O metilmercúrio (forma orgânica - MeHg) é a forma com maior potencial de bioacumulação e o consumo de peixe é a principal fonte de exposição ao ser humano. Uma vez ingerido, a maior parte é absorvida e distribuída para todo o organismo, sendo o sistema nervoso central o principal órgão afetado. Comunidades em que os habitantes consomem pescados frequentemente, como os ribeirinhos da Amazônia brasileira, estão expostos a elevadas concentrações de metilmercúrio (MeHg). O selênio (Se), um elemento traço essencial ao organismo, é conhecido por contrapor os efeitos tóxicos do Hg, em parte, por meio das selenoproteínas que têm a selenocisteína incorporada na sequência de aminoácidos da proteína. O MeHg pode interagir e prejudicar o funcionamento de diversas moléculas devido à grande afinidade por grupos tiol (-SH) e selenol (-SeH) de proteínas e moléculas de baixo peso molecular. Os efeitos da exposição ao Hg não são homogêneos, sugerindo que características dos indivíduos podem alterar o padrão de resposta individual ao metal. Com isso, este estudo avaliou a influência de polimorfismos genéticos de GLRX rs2007 (C→G), GLRX2 rs912071 (C→T), TXNRD1 rs11111979 (C→G), TXNRD2 rs5748469 (C→A), MT1A rs11640851 (C→A), MT1M rs2270837 (A→G), MT2A rs10636 (G→C), SLC6A15 rs11116642 (C→T), SLC6A19 rs9418 (C→T), rs7732589 (G→A), SLC11A1 rs17235409 (G→A) e SLC11A2 rs149411 (A→ G), rs11169654 (C→T) sobre a concentração de Hg (Hg-s) e Se (Se-s) sanguíneo e plasmático (Hg-p e Se-p), espécies químicas de mercúrio no cabelo (Hg total, Hg orgânico e Hg inorgânico) e biomarcadores de estresse oxidativo de residentes ribeirinhos da região do rio Tapajós da Amazônia Brasileira. Residentes nessa região, que assinaram o TCLE, participaram de um grande estudo interdisciplinar, dos quais 365 participantes foram incluídos no presente estudo transversal. Foram utilizadas informações obtidas através de questionários sociodemográfico e de hábitos alimentares, além de medidas antropométricas. Amostras de sangue e cabelo foram utilizadas para dosagem de mercúrio. Amostras de sangue também foram utilizadas para avaliação dos biomarcadores de estresse oxidativo e submetidas à extração de DNA para avaliação dos polimorfismos propostos por PCR em tempo real. Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente, por regressões lineares múltiplas considerando todos os indivíduos e nas estratificações por sexo, consumo de bebida alcoólica e fumo. Diversas associações foram observadas entre os polimorfismos estudados e as concentrações de Hg e Se nas diferentes matrizes biológicas e espécies químicas, e biomarcadores de estresse oxidativo. As análises com menores valores de p (com significância mantida após cálculo considerando múltiplas análises) foram observadas na estratificação por fumo. Indivíduos tabagistas que carregam o homozigoto CC para TXNRD1 apresentaram menores concentrações de Se-s do que aqueles com genótipo homozigoto GG (p<0,00010). Já, dentre os não tabagistas, participantes que têm o genótipo homozigoto CC para TXNRD2 têm menores concentrações de Hg-p (p=0,00035). Não tabagistas que carregam o genótipo homozigoto CC para GLRX2 apresentaram menor atividade de GPX (p=0,00014). Este estudo adiciona evidencia à literatura da modulação de Hg, Se e de biomarcadores de estresse oxidativo por polimorfismos genéticos.
- ItemSomente MetadadadosIntegrated use of antioxidant enzymes and oxidative damage in two fish species to assess pollution in man-made hydroelectric reservoirs(Elsevier B.V., 2013-07-01) Sakuragui, M. M.; Paulino, M. G.; Pereira, Camilo Dias Seabra [UNIFESP]; Carvalho, C. S.; Sadauskas-Henrique, H.; Fernandes, M. N.; Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Univ Santa CeciliaThis study investigated the relationship between contaminant body burden and the oxidative stress status of the gills and livers of two wild fish species in the Furnas Hydroelectric Power Station (HPS) reservoir (Minas Gerais, Brazil). Gills and livers presented similar pathways of metals and organochlorine bioaccumulation. During June, organochlorines were associated with lipid peroxidation (LPO), indicating oxidative stress due to the inhibition of the antioxidant enzymes superoxide dismutase and glutathione peroxidase. in the most polluted areas, metal concentrations in the liver were associated with metallothionein. During December, contaminants in the gills and liver were associated with catalase activity and LPO. Aldrin/dieldrin was the contaminant most associated with oxidative damage in the livers of both species. This integrated approach shed light on the relationship between adverse biological effects and bioaccumulation of contaminants inputted by intensive agricultural practices and proved to be a suitable tool for assessing the environmental quality of man-made reservoirs. (C) 2013 Elsevier B.V. All rights reserved.