Navegando por Palavras-chave "Memória coletiva"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Holocausto da Amazônia: A intericonicidade entre as queimadas de 2019 e a guerra.(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-15) Santos, Renato Nunes dos [UNIFESP]; Kogawa, João Marcos Mateus; http://lattes.cnpq.br/2290784252461295; http://lattes.cnpq.br/3673759052135826Por trás de um discurso, existe sempre outro discurso. Esta é uma afirmação que podemos empregar também às imagens, haja vista sua capacidade enunciativa. Assim como qualquer outra forma de discurso, elas estão atreladas a outras que as precedem, conectadas em uma imensa rede de memórias que compõem a memória coletiva. Isto posto, podemos afirmar que uma imagem pode nos evocar outra e com isso nos trazer a sensação de déjà-vu. Tomando como regularidade o sintagma nominal Holocausto da Amazônia atrelado a uma série de imagens de destruição que circularam em diferentes jornais durante o ano de 2019, extraímos um conjunto de sequências discursivas que, vinculadas a fotografias de queimadas, possibilitam uma análise do atravessamento do discurso bélico no discurso ambiental. Essa análise nos incita a pensar nas imagens e termos utilizados para noticiar as queimadas a partir desse atravessamento que ressignifica a floresta de “pulmão do mundo” para “cenário de guerra e destruição”. As imagens, em especial, nos reenviam a tantas outras imagens de guerra ao longo da história, revelando seu caráter intericônico. Nesta investigação, descrevemos o funcionamento do discurso bélico na memória coletiva, observando o efeito mnemônico de tal discurso na construção de uma memória discursiva preponderantemente bélica e, para tal, mobilizamos o conceito de intericonicidade e sua relação com a memória discursiva. Para averiguarmos esta relação interdiscursiva em que o discurso bélico emerge no discurso ambiental, este trabalho fundamenta-se principalmente nos conceitos de intericonicidade proposto por Jean Jaques Courtine. Visando compreender como as memórias interna e coletiva entrecruzam-se, recorremos ainda aos estudos de Maurice Halbwachs e, por fim, ao conceito do paradigma indiciário proposto por Carlo Ginzburg.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A perpetuação da memória através dos ritos funerários: um estudo das pinturas da cerâmica da ática.(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-13) Simões, Gláucia Aparecida Rama [UNIFESP]; Grillo, José Geraldo Costa; http://lattes.cnpq.br/7881569396286598; http://lattes.cnpq.br/3799878190937448Aborda a questão da iconografia dos ritos funerários e perpetuação da memória nas pinturas da cerâmica ática com o intuito de analisar alguns contextos funerários e ampliar nossa interpretação de como tais rituais, compartilhados por diversas cidades gregas, cada uma delas com suas especificidades, e os objetos utilizados neles, fazem parte de uma ação simbólica que visa a perpetuação da memória do indivíduo morto, além de contribuir com a construção de identidades daquela sociedade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O processo de construção sociocultural da memória de pessoas idosas e algumas reflexões acerca do cotidiano(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-11) Silva, Maria Gabriela Vieira Mendes Prado da [UNIFESP]; Nakamura, Eunice [UNIFESP]; Bianchi, Pamela Cristina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5871384066503541; http://lattes.cnpq.br/5029273945514325; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O estudo tem como objetivo compreender as condições sociais e culturais em um determinado contexto que constituem a memória de um grupo de idosos, baseando-se nos estudos de Maurice Halbwachs acerca da memória coletiva e no conceito da indústria cultural, por Adorno e Horkheimer, analisando as possíveis reverberações desses aspectos em suas vidas e analisando a influência dessa constituição no cotidiano desses indivíduos. A pesquisa constrói um caminho unindo estas temáticas e propondo reflexões que permitam um diálogo das ciências sociais dentro de uma perspectiva de cuidado, utilizando uma abordagem inspirada na metodologia de história oral de Meihy por meio de entrevistas em profundidade com idosos. Foram realizadas cinco entrevistas com pessoas idosas, das quais três foram escolhidas para a análise e discussão do trabalho. A abordagem metodológica seguiu uma perspectiva qualitativa, com análises baseadas em observações e reflexões pessoais, apoiadas pelo arcabouço teórico provido pelos textos encontrados na pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os resultados das entrevistas apontam, ao explorar as histórias individuais, a interconexão entre memória coletiva, cultura de massa e experiências pessoais, ressaltando a importância das redes de apoio para o bem-estar da população idosa. A pesquisa contribui para a compreensão dos desafios e oportunidades dessa interação, defendendo a preservação de tradições culturais e o equilíbrio entre avanços tecnológicos e valores sociais. Conclui-se que valorizar as histórias dos idosos enriquece nossa compreensão da história coletiva, promovendo discussões e intervenções sociais para um envelhecimento mais saudável e significativo.