Navegando por Palavras-chave "Memória Cultural"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Memória do negro nos ecos da nacionalidade em enunciados fílmicos brasileiros: um olhar dialógico(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-26) Carneiro, Karen Almeida [UNIFESP]; Magalhães, Anderson Salvaterra [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7806510956818017; http://lattes.cnpq.br/6654130201110042Este trabalho descreve como se dá a construção discursiva da obra Alma no Olho (1973), de Zózimo Bulbul, em relação com outras que também têm o negro como tema. Apoiando-nos teórico-metodologicamente nos estudos do Círculo de Bakhtin, Medviédev e Volóchinov (B.M.V.) e atualizados por práticas da Análise Dialógica do Discurso (ADD), delineamos três principais etapas de investigação: i) levantamento bibliográfico interdisciplinar e documental para construção do objeto de pesquisa e orientação de procedimentos descritivo-analíticos; ii) seleção de documentos para análise enunciativo-discursiva, quais sejam, os filmes Alma no Olho (1973), Também Somos Irmãos (1949) e Quantos Eram pra Tá? (2018), considerando que deles emergem enunciados que compõem uma cadeia discursiva mais ampla acerca da constituição das identidades raciais que conformam a ideia de nacionalidade; e iii) delimitação dos procedimentos de interpretação, descrição e análise: cotejamos como a memória do negro reacentua os discursos da nacionalidade ao longo da cadeia utilizando-nos das noções de memória do objeto e memória do sujeito (AMORIM, 2009) e de signo ideológico (VOLÓCHINOV, 2018). Identificamos que a perspectiva semântica chamada “cinema negro” no Brasil se deve à constituição de uma memória do negro revestida de multivocalidade que lhe confere contornos éticos, estéticos e políticos conforme a atualização da cadeia discursiva. Sendo a memória linguagem e, como tal, lugar de disputa, ela é revestida de diferentes sentidos a depender do grupo social que a atualiza e lhe confere significados. Na condição de objeto falado, é constituída em tensão com a noção de nacionalidade, que oculta e revela também os sentidos de branquitude. Na condição de objeto falante, reconfigura o espaço simbólico-discursivo possibilitado pelo jogo de memórias objetiva e subjetiva.
- ItemAcesso aberto (Open Access)O que os deuses revelam os gregos recordam: a evocação da memória cultural grega a partir do motivo oracular e da temática divinatória na ‘Descrição da Grécia’ de Pausânias(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-28) Silva, Arhão Henrique Ramos da [UNIFESP]; Francisco, Gilberto da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2958430778914322; http://lattes.cnpq.br/6154589148513235Esta pesquisa tem como objetivo a análise do conjunto de textos atribuídos a Pausânias (séc. II d.C.) sob o título Descrição da Grécia. O enfoque nas temáticas oraculares e divinatórias mencionadas na obra despertou interesse para investigar como essas menções podem ser a base para o resgate das tradições e evocações da memória ao longo do texto. A partir das discussões sobre as noções de memória cultural, tradição e identidade no mundo grego antigo, inserido no contexto da Segunda Sofística, apresentamos a hipótese desta pesquisa: o motivo oracular e a temática divinatória presente na obra. Indicamos que o motivo oracular abrange os elementos relacionados aos oráculos em geral, enquanto a temática divinatória engloba portentos, presságios, visões e adivinhos. Defendemos que Pausânias utiliza esses elementos como um fio condutor narrativo para abordar as tradições e evocações da memória cultural grega ao longo da Descrição da Grécia, inserido na noção de religiosidade.