Navegando por Palavras-chave "Lipopolissacarídeo"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da resposta inflamatória pulmonar induzida por lipopolissacarideos (LPS) em camundongos infectados com 2 diferentes cepas de Proteus mirabilis(Universidade Federal de São Paulo, 2013-08-03) Gacek, Renaide Rodrigues Ferreira [UNIFESP]; Landgraf, Richardt Gama [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O Proteus mirabilis é um importante patógeno do trato urinário humano, envolvido especialmente em infecções hospitalares, afetando principalmente jovens do sexo masculino. Este microrganismo também tem sido apontado como causador de infecções fora do trato urinário, tanto em humanos como em animais. Camundongos são animais amplamente utilizados em pesquisa e a contaminação desses animais por agentes bacterianos, ainda que inaparente, pode inviabilizar sua utilização. O P. mirabilis é um agente freqüentemente encontrado nos pulmões desses animais, o que torna preocupante sua utilização na experimentação, pois é sabido que, mesmo infecções subclínicas, podem alterar os resultados experimentais. Os lipopolissacarídeos (LPS) são os principais componentes da parede celular do gênero Proteus e de outras bactérias Gram-negativas, sendo um potente ativador do sistema imune e um dos fatores responsáveis por sua virulência. Embora muitos estudos tenham demonstrado o envolvimento desse gênero em infecções do trato urinário, experimentos envolvendo esse agente em infecções do trato respiratório são escassos e inconclusivos. No presente experimento, foi avaliada a resposta inflamatória pulmonar em camundongos isogênicos da linhagem C57Bl/6 infectados com duas cepas diferentes de P. mirabilis, uma cepa-padrão ATCC:IAL 2434 e outra isolada do pulmão de camundongos provenientes do Biotério de Camundongos Isogênicos do Instituto de Ciências Biomédicas - ICB/USP, aqui denominada cepa CAM. A administração de LPS nos camundongos induziu aumento de células totais no lavado broncoalveolar (BAL), principalmente neutrófilos, quando comparados com os animais controle. Os camundongos infectados com a cepa ATCC apresentaram maior infiltrado celular no BAL em relação aos que receberam apenas LPS. A administração de LPS em camundongos infectados com a cepa ATCC aumentou significativamente o infiltrado celular no BAL em comparação com os animais infectados com a cepa ATCC que não receberam LPS. Nos animais infectados com a cepa CAM, o infiltrado celular foi significativamente maior que nos animais que receberam a cepa ATCC, e a administração da cepa CAM+LPS induziu maior infiltrado de células inflamatórias que a administração da cepa ATCC+LPS. O exame histopatológico do tecido pulmonar também mostrou que a administração de LPS nos animais inoculados com a cepa CAM promoveu potencialização do infiltrado inflamatório pulmonar do que nos inoculados com a cepa ATCC. Não houve diferença significativa nos níveis de prostaglandina E2 (PGE2) entre os grupos estudados, mas a produção de leucotrieno B4 (LTB4) foi significativamente maior nos camundongos do grupo CAM+LPS quando comparada com os do grupo CAM. Verificou-se aumento na produção de leucotrieno C4 (LTC4) apenas nos animais infectados com a cepa CAM. Foi observada diferença entre as cepas ATCC e CAM quando comparada a quantidade do gene FliZ, que desempenha importante papel na regulação da montagem flagelar, tendo a cepa CAM apresentado quantidade significantemente maior. Apesar da inflamação pulmonar ter-se apresentado exacerbada nos camundongos infectados com a cepa CAM, as provas bioquímicas e a análise filogenética identificaram este microrganismo como Proteus mirabilis. Estudos posteriores deverão ser conduzidos para identificar com segurança a cepa aqui denominada CAM e, assim, compreender melhor os mecanismos da inflamação pulmonar, bem como contribuir para a melhora da qualidade sanitária dos animais utilizados em procedimentos experimentais.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Participação do receptor P2x7 nos efeitos de longo prazo da inflamação sistêmica neonatal: estresse oxidativo hipocampal, alteração da nocicepção e ansiedade(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-03-29) Silva, Clivandir Severino da [UNIFESP]; Mello, Luiz Eugenio Araujo de Moraes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4462750801249231; http://lattes.cnpq.br/8977562964399129; Universidade Federal de São Paulo [UNIFESP]Objetivos: Avaliar os efeitos da inflamação sistêmica no período neonatal sobre a taxa de mortalidade, a massa corporal, o comportamento associado à ansiedade, a nocicepção e o estresse oxidativo no giro denteado do hipocampo em longo prazo e se o bloqueio do receptor P2X7 (P2X7R) com Brilliant Blue G (BBG) modula os efeitos da inflamação sobre essas variáveis. Metodologia: Filhotes de ratos da cepa Wistar norvegicus (machos e fêmeas) foram distribuídos nos grupos experimentais NAIVE, salina (SAL)+SAL, SAL+lipopolissacarídeo (LPS) e BBG+LPS. As soluções foram injetadas via intraperitoneal no primeiro, terceiro, quinto e sétimo dia pós-natal (DPN). A massa corporal foi analisada no DPN1, DPN10, DPN21, DPN45 e DPN89. No DPN80, DPN82 e DPN84 foram realizados respectivamente os testes do labirinto em cruz elevado, da placa quente e de retirada da cauda. Os animais foram perfundidos no DPN89 e os encéfalos extraídos. Os encéfalos foram cortados em fatias coronais e algumas, contendo o hipocampo, coradas com etidina. Resultados: Os animais expostos à inflamação sistêmica neonatal (grupo SAL+LPS) apresentaram aumento da taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida, atraso transitório no ganho de massa corporal e aumento da concentração de ânion superóxido no giro denteado do hipocampo na fase adulta quando comparados com os animais dos grupos controles (grupos NAIVE e SAL+SAL) e o bloqueio do P2X7R (grupo BBG+LPS) reduziu a taxa de mortalidade e a concentração de ânion superóxido. A exposição à inflamação não induziu comportamento associado à ansiedade e alteração da nocicepção em longo prazo. Conclusão: A ativação do P2X7R durante o processo inflamatório sistêmico no período neonatal colabora para desencadear eventos fisiopatológicos que podem culminar com a morte dos neonatos e, caso ela não ocorra, promove estresse oxidativo na idade adulta no giro denteado do hipocampo, por induzir aumento da produção de ânion superóxido. Portanto, o bloqueio da ativação do P2X7R, usando BBG, pode ser uma estratégia para reduzir a taxa mortalidade decorrente de complicações da inflamação sistêmica neonatal e prevenir alterações no tecido nervoso associadas ao estresse oxidativo.