Navegando por Palavras-chave "Lesão por isquemia e reperfusão"
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- ItemSomente MetadadadosLesão por isquemia e reperfusão em fígados de camundongos knockout de receptor b1 de cininas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-11-27) Dezorze, Luiz Fernando [UNIFESP]; Nagaoka, Márcia Regina [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introducão: Bradicinina (BK) e seus peptídeos relacionados são efetores do sistema calicreína-cinina. Efeitos da BK são mediados por 2 tipos de receptores: B1 e B2. O receptor B2 (B2R) é constitutivo e o receptor B1 (B1R) não é geralmente expresso sob condições fisiológicas, mas é expresso após estímulo inflamatório. No Laboratório de Hepatologia Experimental foi verificado que no fígado, a expressão de B1R aumenta com a progressão da cirrose, hepatectomia e lesão por isquemia e reperfusão (IRI). No fígado de rato submetido a IRI, os resultados sugerem que o B1R possa estar envolvido com apoptose enquanto o receptor B2R está envolvido com necrose. Neste trabalho investigamos o dano e morte hepatocelulares em camundongos knockout de B1R (KoB1R) submetidos a IRI in vivo. Método: Camundongos selvagens e KoB1R (8 sem) foram anestesiados com quetamina (100 mg/kg) e xilazina (10 mg/Kg). Após laparotomia, veia portal foi localizada e clampeada abaixo do lólulo direito. Após 1 h de isquemia, o clampe foi removido e o fígado foi reperfundido por 2 (I2hR), 6 (I6hR) ou 24h (I24hR). Após reperfusão in vivo, as veias porta e cava foram canuladas e o fígado perfundido com tampão Krebs-Hanseleit contendo azul de Tripan (TB). Liberação de glicose (GR) foi utilizada como parâmetro de viabilidade hepática. Lesão hepatocelular foi investigada pela atividade da aspartato aminotransferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH) tanto no perfusato quanto no plasma. A inflamação foi avaliada pela atividade plasmática de mieloperoxidase e TNF-α no homogenato. Morte celular foi avaliada por imunoensaio (Cell Death Detection, Roche) e apoptose por TUNEL. Resultados: GR pelo fígado submetido à IRI apresentou perfil similar em animais selvagens e KoB1R: com elevada GR no primeiro minuto e acentuada diminuição no 5º minuto de perfusão. Em relação à enzima AST no perfusato verificamos que há aumento da liberação, em relação aos não-isquêmicos, ao longo do tempo de reperfusão com pico após as 6h nos animais selvagens. Animais KoB1R não apresentaram este perfil tendo aumento apenas após 2h de reperfusão. A atividade plasmática das enzimas AST e LDH nos animais selvagens apresentaram o mesmo perfil observado no perfusato. Já nos animais KoB1R a atividade plasmática das enzimas permaneceu constante ao longo de todos os tempos de reperfusão estudados. Nós verificamos significante (ANOVA, p<0.0001) diminuição do nível de morte celular em camundongos selvagens I24hR (0,5±0,1, n=3) comparados com aqueles dos grupos I2hR (1,9±0,3, n=4) e I6hR (3,1±0,1, n=2) e também camundongos KoB1R do grupo I24hR (3,1±0,2, n=3). Camundongos KoB1R não apresentaram diferença no nível de morte celular em todos os tempos de reperfusão estudados. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o camundongo KoB1 parece perder o controle da morte celular que os animais selvagens possuem. Porém, o metabolismo hepático da glicose em animais KoB1R não foi alterado sob as condições da IRI estudadas.
- ItemSomente MetadadadosPapel do sistema renina-angitensina na lesão por isquemia e reperfusão em fígados de ratos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-11-17) Pederiva, Mayara Rodrigues [UNIFESP]; Nagaoka, Márcia Regina [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O sistema renina-angiotensina compreende angiotensinogênio circulante, sintetizado pelo fígado, que por ação da renina, libera angiotensina I (AI). A enzima conversora de angiotensina (ECA), por sua vez, converte AI em um produto biologicamente ativo, a angiotensina II (AII). Existem dois tipos de receptores para AII, AT1 e o AT2. O AT1 é o mediador das principais ações fisiológicas da AII. A AII atua em múltiplos órgãos, principalmente via receptor AT1, na musculatura lisa vascular, promovendo vasoconstrição venosa e arterial. Nós verificamos em modelo de fígado isolado e perfundido de rato que AII produz resposta hipertensiva portal (RHP), sendo este efeito losartan-dependente. Por outro lado, os efeitos metabólicos da AII são losartan-independentes e parecem estar dissociados dos efeitos hemodinâmicos (Nascimento et al., 2005). O transplante hepático é terapia bem aceita para hepatopatias em estágio avançado, como a cirrose. A incidência de disfunção primária e de mau funcionamento inicial do enxerto é dependente do tempo de preservação a frio e está relacionada com lesão associada com a colheita do órgão, preservação e reperfusão, isto é, lesão por isquemia-reperfusão (IRI). O mecanismo básico da IRI é ainda pouco entendido. Verificamos que a IRI em fígados de rato é caracterizada por dois processos de morte celular, sendo um evento inicial de necrose das células endoteliais sinusoidais seguida de uma fase tardia com apoptose dos hepatócitos (Huet et al., 2004). Durante isquemia, há perda do equilíbrio entre mediadores vasoativos - que incluem endotelina, bradicina e angiotensina II - causando forte alteração na microcirculação hepática. Na reperfusão, há ativação das células de Kupffer e subseqüente síntese de citocinas inflamatórias, que agrava ainda mais as alterações na microcirculação. O papel do sistema renina-angiotensina neste processo foi pouco estudado, sendo os processos de morte celular, tanto por necrose como apoptose, os principais eventos responsáveis pela IRI; a presente dissertação visa compreender o papel da inibição da ação da AII pelo inibidor da ECA (captopril) e antagonista do receptor AT1 (losartan) em modelo de isquemia a frio e reperfusão morna, através da adição de tais substâncias ao líquido de preservação e ao líquido de reperfusão, analisando principalmente os processos de morte celular por imunoensaio, análise histológica (azul de Tripan) e imunoquímica (TUNEL). Avaliamos também a morte celular em fígados não submetidos à isquemia, em razão de compararmos as situações isquêmica e não-isquêmica. A resposta hipertensiva portal aos agonistas AI e AII também foi estudada. Nesta dissertação apresentamos os resultados dos marcadores séricos (ALT e AST) para caracterização dos animais utilizados no modelo experimental, viabilidade hepática por meio de liberação de glicose, secreção de bile, depuração de bromossulfaleína e consumo de oxigênio pelos fígados preservados e reperfundidos, e verificamos que os animais eram saudáveis e os fígados permaneceram viáveis. AI é convertida em AII e induz RHP tanto nos fígados submetidos à IRI quanto nos não submetidos, embora nestes últimos em maior proporção. Quanto à morte celular, AII induz morte celular no modelo de isquemia a frio e reperfusão morna em fígados de ratos. Captopril e losartan evitam a formação e a manifestação da AII no fígado. Losartan protege o fígado da morte celular, por necrose e apoptose, tanto durante a isquemia quanto durante a reperfusão. Captopril é mais eficiente na proteção contra a morte celular durante a isquemia.
- ItemEmbargoO receptor B1 de bradicinina não participa da resposta hipertensiva portal, mas pode participar da apoptose de hepatócitos no modelo de isquemia e reperfusão(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011-01-26) Paio, Mayra de Almeida [UNIFESP]; Nagaoka, Márcia Regina [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As ações biológicas e os efeitos farmacológicos da bradicinina (BK) são mediados por dois receptores, um constitutivo e outro induzido. No fígado, BK tem papel no controle da microcirculação hepática, já que induz resposta hipertensiva portal, a qual nós verificamos que é mediada pelo receptor B2, mas não pelo receptor B1, tanto em ratos normais quanto naqueles submetidos a diferentes agentes de agressão hepática (de inflamação a cirrose). Nesta última situação, verificamos que há aumento da expressão do receptor B1 com a progressão para a cirrose (Nagaoka e cols., 2006). Transplante hepático é uma terapia bem aceita para hepatopatias em estágio avançado, como a cirrose. A incidência de disfunção primária e de mau funcionamento inicial do enxerto é dependente do tempo de preservação a frio e está relacionada com lesão associada com a colheita do órgão, preservação e reperfusão, isto é, lesão por isquemia-reperfusão (IRI). O mecanismo básico da IRI é ainda pouco entendido. Verificamos que a IRI em fígado de rato é caracterizada por dois processos de morte celular, sendo um evento inicial de necrose das células endoteliais sinusoidais seguida de uma fase tardia com apoptose dos hepatócitos (Huet e cols., 2004). Durante isquemia, há perda do equilíbrio entre mediadores vasoativos causando forte alteração na microcirculação hepática. Na reperfusão, há ativação das células de Kupffer e subsequente síntese de citocinas inflamatórias, que agrava ainda mais as alterações na microcirculação. O papel da bradicinina e do seu derivado des-Arg9-BK (DABK) na IRI foi pouco estudado. Esta dissertação visa entender a resposta ou participação do sistema cinina neste modelo de isquemia e reperfusão e com isso melhorar a qualidade do fígado a ser transplantado e consequente sobrevida do receptor. Especificamente, estudamos a resposta hipertensiva portal a agonistas das cininas neste modelo experimental e o possível papel do B1R na morte celular com a utilização de um antagonista e através de TUNEL, atividade da caspase-3 e análise da fragmentação do DNA (laddering). Nesta dissertação apresentamos os resultados dos marcadores séricos (AST, ALT e LDH) para caracterização do animal, viabilidade hepática (depuração da bromossulfaleína, liberação de glicose e secreção de bile) e verificamos que os animais eram normais e os fígados permaneceram viáveis neste modelo de IRI. A resposta hipertensiva portal à BK foi mantida, embora DABK não participe dessa resposta, como ocorre em fígados não isquêmicos. Nós detectamos a expressão do B1R pelo fígado após todos os tempos de isquemia estudados. Quanto à morte celular, nossos dados sugerem que o B1R participa da mortalidade celular principalmente por apoptose, já que na presença de antagonista de B1R houve diminuição do índice de morte celular.