Navegando por Palavras-chave "La grève des bàttu"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A construção literária do tema da mendicidade no romance La grève des bàttu (2001), da escritora senegalesa Aminata Sow Fall(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-29) Oliveira, Gabriela Rodrigues [UNIFESP]; Ribeiro, Ana Cláudia Romano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9815025268221797; http://lattes.cnpq.br/5926918128573372A presente pesquisa tem por objetivo estudar o romance La grève des bàttu, da escritora senegalesa Aminata Sow Fall, cuja primeira edição foi publicada em Dacar por Nouvelles Éditions Africaines, em 1979. Nossa hipótese é a de que o tema da mendicidade se constrói esteticamente por meio de personagens - descritas como mendigos – que, juntas, se transformam em um único corpo coletivo. Esse corpo coletivo é capaz de trazer uma percepção humanizadora para os indivíduos em situação de rua que, na narrativa, são levados a confrontarem-se com personagens da esfera de poder, que têm relação com o serviço público de salubridade. Mostraremos como o universo cultural e linguístico senegalês está presente na representação literária dos dois grupos. Nesta dissertação, refletiremos sobre a literatura pós-colonial (MOURA, 2019) e sobre o campo das literaturas africanas, com os estudos de N’Goran (2009) que tratam dos conceitos “tradição e oralidade”. Em seguida, mostraremos como o conceito de oralidade está em relação com a obra de Aminata Sow Fall (GUÈYE, 2005; CABAKULU; CAMARA, 2002) e apresentaremos o contexto histórico e social (BOAHEN, 2010; UZOIGWE, 2010, CROWDER, 2010; GUEYE, 2010; THÉLIO, 2015) para tratar do período da colonização, da decolonização e do pós-colonialismo na África (SAID, 2011; CÉSAIRE, 1978; THIONG’O, 2011; FANON, 1965). Discutiremos a religiosidade na sociedade senegalesa e o modo como esse tema aparece como plano de fundo dos textos narrativos de escritores senegaleses (CABAKULU; CAMARA, 2002; HERZBERGER-FOFANA, 1987; LEMOTIEU, 1987), assim como o contexto linguístico no Senegalês (THIAM, 2020; NIANG CAMARA, 2014; CISSE, 2005). Na sequência, nos debruçamos na análise da narrativa (CHATMAN, 1990; GANCHO, 2006; LEITE, 2002) e utilizaremos a definição de Breton (2007) para compreender o corpo coletivo. Por último, analisaremos em que medida a construção estética se vincula ao contexto cultural e linguístico senegalês (CHEHAMI, 2013; MOKWENYE, 1992; KANKWENDA, 2000; MARTY, 1917; NDIAYE, 2015; PANAIT, 2017; LEMOTIEU, 1987; ONYEMELUKWE, 2003; HERZBERGER-FOFANA, 1987).