Navegando por Palavras-chave "Kipyv"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da frequência dos poliomavírus Wu E Ki em amostras de diferentes populações atendidas em hospital terciário da cidade de São Paulo.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-05-15) Caldeira, Debora Bellini [UNIFESP]; Bellei, Nancy Cristina Junqueira [UNIFESP]; Luciano Kleber de Souza Luna.; http://lattes.cnpq.br/0914390402162234; http://lattes.cnpq.br/1571196803842272; http://lattes.cnpq.br/2447547578590645As infecções virais que acometem o trato respiratório são responsáveis por altas taxas de morbidade em todo o mundo. Estimase que adultos possam apresentar de uma a três infecções respiratórias agudas a cada ano. No ano de 2007 dois novos poliomavírus foram descritos, relacionados com infecção do trato respiratório. O primeiro denominado KIPyV (Karolinska Institute), e o segundo WUPyV (Washington University). No Brasil foram feitos dois estudos destes vírus em amostras de saliva de crianças HIV soropositivas e amostras de saliva de adultos imunocompetentes. Neste trabalho, investigamos a presença dos poliomavírus KIPyV e WUPyV em crianças e adultos com infecção respiratória aguda em diferentes situações clínicas e em adultos assintomáticos acompanhantes de crianças sintomáticas. Foram utilizadas amostras de swabs nasal, lavados e aspirados nasofaríngeos. Foram avaliadas 1667 amostras oriundas de oito diferentes grupos de risco, entre os anos de 2002 a 2014, por PCR em tempo real (qPCR). A detecção geral foi de 7,4%, sendo 3,1% para KIPyV e 4,1% para WUPyV, e 0,2% para o dois vírus simultaneamente. Foi detectado 2,3% de monoinfecção pelos pólio avírus KIPyV ou WUPyV na população infantil e 1,5% na população adulta. A frequência geral nas crianças foi de 3,9% para KIPyV, 6,9% para WUPyV e 0,3% para KIPyV e WUPyV. Nos adultos, foi de 2,7% para KIPyV, 1,7% para WUPyV e 0,1% para KIPyV e WUPyV. A frequência dos poliomavírus nas populações infantis foi a seguinte: crianças sintomáticas/par adultos contatantes domiciliares assintomáticos, 4% para KIPyV e WUPyV, e 2% para ambos os vírus; crianças do pronto atendimento 6,5% (KIPyV), 9,5% (WUPyV), e 0,3% (KIPyV e WUPyV); crianças com cardiopatia congênita: 0,8% (KIPyV), e 4,1% (WUPyV); crianças hospitalizadas com suspeita de influenza A(H1N1pdm09): 2,6% (KIPyV), e 5,9% (WUPyV). Nas populações adultas, as frequências foram as seguintes: adultos contatantes domiciliares assintomáticos/par crianças sintomáticas houve somente detecção de KIPyV (2%); transplantados renais: 3% (KIPyV), e 1,5% (WUPyV); transplante de células tronco hematopoiéticas: 5,4% (KIPyV), 2,4% (WUPyV), e 0,5% (KIPyV e WUPyV); HIV soropositivo houve somente a presença de KIPyV (2,6%); adultos com suspeita de influenza A(H1N1pdm09): 1,5% (KIPyV), e 2% (WUPyV); nos profissionais da área da saúde não houve detecção dos poliomavírus. Nos pacientes com suspeita de influenza A H1N1 (pdm09), quatro tiveram monoinfecção com os poliomavírus, sendo 1 desfecho fatal. Dos pacientes do programa de transplante de células tronco hematopoiéticas, seis tiveram monoinfecção pelos poliomavírus KIPyV ou WUPyV, com dois desfechos fatais. As infecções foram mais frequentes em crianças menores de 5 anos. Somente um paciente assintomático teve detecção de WUPyV. Em um paciente de transplante de células tronco hematopoiéticas, KIPyV pode ser detectado ao longo de 9 meses. Em suma, nossos dados sugerem que esses poliomavírus estão envolvidos no desenvolvimento de Infecções do trato respiratório, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Porém, aspectos sobre sua patogênese precisam ser elucidados.