Navegando por Palavras-chave "Jogos Olímpicos"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Políticas públicas de esporte, lazer e saúde e legados dos megaeventos esportivos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019-11-21) Mesquita, Camille Contreras Martins Monteiro da [UNIFESP]; Oliveira, Nara Rejane Cruz de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5610581984121401; http://lattes.cnpq.br/7948731021650478; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O termo megaevento esportivo designa competições esportivas internacionais de ampla escala cultural e que possuem potencial de impacto em inúmeros espaços, enquanto os legados podem ser definidos como os “impactos” causados pela realização destes eventos, sendo positivos ou negativos. Esta pesquisa problematiza as políticas públicas de esporte, saúde e lazer no Brasil, a partir da análise dos impactos e legados dos megaeventos esportivos ocorridos no país na última década - a exemplo dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Copa do Mundo FIFA 2014. Portanto, o objetivo geral do estudo é mapear e analisar os legados dos megaeventos esportivos e sua relação com as políticas públicas de esporte e lazer no âmbito nacional. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada com levantamento nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Scielo. Foi elaborada estratégia de busca utilizando descritores como “política pública”, “olimpíadas” e “jogos olímpicos”. Foram também analisados documentos oficiais de planejamento dos megaeventos, como o Caderno de Legados dos mesmos. O levantamento realizado nas bases de dados identificou 31 artigos que compreendem o tema do estudo em questão e o mapeamento dos documentos oficiais resultou em 44 documentos inclusos. Os trabalhos analisados reconhecem que o termo “legado” é plural de tal forma que impossibilita o estabelecimento de maniqueísmos, julgando o que deu “certo” ou “errado”. Entretanto, para os autores analisados faltou participação ativa da sociedade civil, assim como aproximação à Educação Física em si, bem como a revitalização e um olhar voltado à partes periféricas da cidade. Constatou-se também que os custos financeiros de megaeventos são pequenos se comparados com o PIB de uma grande nação, fazendo com que os Jogos Olímpicos e Copas do Mundo representem bom custo-oportunidade, porém, isso não se concretiza na prática. A bibliografia analisada reconhece que, no que se refere às políticas públicas desenvolvidas, há um desafio no equilíbrio de forças - públicas, privadas, corporativas e terceiro setor- que se manifesta no não desenvolvimento de políticas abrangentes e contínuas, mesmo que no “discurso de legados” seja colocado tal intenção.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A representação da mulher atleta na mídia esportiva brasileira durante a cobertura dos jogos olímpicos de 2016(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-12-20) Moraes, Bruna Caroline Soares Lopes [UNIFESP]; Oliveira, Rogério Cruz de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5847188428462650; http://lattes.cnpq.br/8105991606955644; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Recentemente, as mulheres ganharam espaço e aumentaram sua visibilidade no mundo esportivo. Alguns estudos recentes mostraram que a mídia tem um papel importante na visibilidade de atletas do sexo feminino. Por outro lado, a mídia também é responsável por criar e manter estereótipos em relação aos papéis de gênero, e uma das maneiras pela qual a mídia esportiva incentiva a soberania patriarcal dentro do esporte é realçando a feminilidade e a heterossexualidade das atletas mulheres, o que subestima suas conquistas esportivas. O objetivo deste estudo foi compreender como as mulheres atletas foram representadas pela mídia eletrônica da Folha de São Paulo - uma das principais mídias de comunicação no Brasil - durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2016. Foi realizada uma análise documental do Caderno de Esportes da Folha de São Paulo em sua versão eletrônica e a coleta de dados abrangeu o período entre 3 e 22 de agosto de 2016. Foram excluídas reportagens que não se referiam aos esportes olímpicos, que não tinham como assunto principal as Olimpíadas, que abordassem somente o esporte masculino, que não continham os termos “mulher”, “atleta”, “feminina” e/ou “feminino” e, por fim, reportagens que continham apenas um conteúdo descritivo de jogos ou resultados. Para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, a qual foi feita de forma não-apriorística. Ao todo, foram encontradas 449 reportagens, das quais 69 consistiram na amostra deste estudo. Nesse sentido, as 69 reportagens foram analisadas buscando abranger: a) As temáticas das reportagens e b) A maneira de tratamento à mulher atleta. Em relação às temáticas foram encontradas 11 categorias, já no que diz respeito ao tratamento dado à mulher atleta foram obtidas cinco categorias. No presente estudo, a maioria das reportagens incluídas tratou a mulher como uma atleta comum, tanto no que diz respeito às temáticas, quanto no que tange à maneira. No entanto, um número significativo de matérias teve como assunto abordado a aparência física da mulher atleta, a violência, o racismo e, além disso, mostraram também a mulher de forma estereotipada e/ou inferiorizada. Por se tratar de um período no qual aconteceu um dos principais eventos esportivos do mundo, as Olimpíadas, é possível que tenha ocorrido uma representação superestimada da mulher atleta e do esporte feminino quando comparado a períodos em que não há competições esportivas internacionais de grande importância. Portanto, foi possível compreender que a mulher foi tratada como atleta, sem distinção de gênero e que as temáticas preponderantes foram suas marcas e feitos e/ou sua história no esporte. Entretanto, também houve maneiras estereotipadas e inferiorizadas de representação da mulher nas reportagens, aliadas às temáticas de comparação de rendimento com o esporte do naipe masculino, com homens atletas e/ou à beleza física.