Navegando por Palavras-chave "Intership medical"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Formação em tomada de decisão compartilhada de estudantes de medicina na graduação: uma análise na Universidade Federal do Tocantins(Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-26) Pedreira, Paulo Geovanny [UNIFESP]; Batista, Nildo Alves [UNIFESP]; Ferreira, Beatriz Jansen [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2401449110051240; http://lattes.cnpq.br/9347541615414055; http://lattes.cnpq.br/7455494161841797; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Tomada de decisão compartilhada (TDC) é uma abordagem em que médicos e pacientes compartilham as melhores evidências disponíveis quando confrontados com a tarefa de tomar decisões, nas quais pacientes são apoiados a considerar opções a fim de obter preferências. Apesar de cada vez mais incorporadas no currículo de educação médica, não são encontradas muitas evidências de quais estratégias são mais eficazes para instruir os estudantes de Medicina sobre Atenção Centrada no Paciente (ACP) e TDC durante o curso da sua graduação, especialmente no internato. Objetivos: Analisar a formação em tomada de decisão compartilhada no curso de graduação em Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Métodos: Análise documental do projeto pedagógico do Curso de Medicina da UFT e de 118 atas de reunião de colegiado para investigar proposta a formativa referente ao desenvolvimento de competências relacionadas a ACP e TDC. Para analisar a aprendizagem em TDC, foram realizadas duas etapas de coleta de dados: aplicação de uma escala atitudinal tipo Likert junto a 116 internos do internato da clínica médica; e entrevista de aprofundamento realizada com 7 internos e 7 professores do curso de Medicina da UFT. Resultados: Análise documental do projeto pedagógico do curso de medicina e 2 das atas de reunião de colegiado mostraram que a formação com base na ACP ainda se mostra incipiente, principalmente se levarmos em conta o ensino de TDC. Contudo, foram encontrados indicativos indiretos de preparo para a perspectiva do cuidado baseado na integralidade do sujeito. Os resultados conjugados da escala atitudinal e entrevistas de aprofundamento mostraram percepções de prejuízo no ensino de TDC antes e durante o internato de clínica médica; prejuízo de ensino das habilidades de comunicação e das considerações dos aspectos emocionais e as preferências dos pacientes; contudo já dizem estimular a formação do aluno nas competências de comunicação e preferências do paciente. Os entrevistados reconhecem que os estudantes do curso de Medicina, principalmente os internos de clínica médica, são prejudicados quanto à concessão de autonomia ao abordar o paciente para TDC. Sobre o ensino de TDC na etapa pré-internato os entrevistados reconhecem o ensino formal de TDC, mas de maneira deficitária, e a abordagem do ensino na forma de currículo oculto é muito presente. Durante o internato, os entrevistados reconhecem que há ensino planejado de TDC durantes as práticas na forma de discussão dos casos, práticas acolhedoras e consideração das preferências do paciente baseadas em evidências. Contudo, a presença do ensino na forma de currículo oculto também é muito evidente. Reconhecem que a pouca abordagem do ensino de TDC se dá pela falta de tempo acarretada pela alta demanda de pacientes e por deficiência da qualificação dos preceptores em metodologias centradas no paciente; reconhecem que no internato de clínica médica existe pouco protagonismo do interno para realizar a TDC, muitas vezes acentuada pela hierarquia dos cenários de ensino, onde o residente tem a preferência no manejo do paciente. Conclusões: Mesmo com o surgimento de matrizes curriculares teoricamente voltadas para ACP, a sua implantação e o seu desenvolvimento nas escolas médicas têm sido um grande desafio para as instituições de ensino. Ainda que o currículo de Medicina da UFT aponte para ações centralizadas no paciente, a formação tanto teórica e principalmente prática – como no internato, revela fragilidades e desafios a serem superados. Nas práticas do internato a relação do estudante com o paciente tende a ser de maior proximidade com importante reconhecimento dos seus valores, sejam eles emocionais, culturais e afetivos podendo marcar sua futura práxis nas relações terapêuticas que irá desenvolver ao longo de sua carreira.