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    Acesso aberto (Open Access)
    Conhecendo Beatriz Nascimento: mulher negra, intelectual e quilombola
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-29) Gomes, Camila Sthefanie de Matos [UNIFESP]; Gonçalves, Renata [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5565481668827333; http://lattes.cnpq.br/9076680521867656; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O presente estudo é fruto de inúmeras inquietações teórico-políticas no que tange à invisibilidade de intelectuais negras na sociedade de classes, marcada pelo racismo e pela violência patriarcal. Neste tipo de sociedade, às mulheres negras são impostas as tarefas relacionadas ao cuidado e, logo, são aceitas apenas na condição de servir. Situação que se estende ao meio acadêmico, onde mulheres negras não são consideradas como intelectuais e continuam sendo invisibilizadas tanto como possíveis referências teóricas nos projetos pedagógicos e como representações docentes, discentes e técnicas no interior desses espaços que permanecem fundamentalmente reflexo da cultura do colonizador. Este Trabalho de Conclusão de Curso consistiu em conhecer Beatriz Nascimento, mulher negra, intelectual e quilombola. A autora nasceu em 1942, na cidade de Aracaju. Aos 7 anos de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Em terras cariocas, Beatriz Nascimento cursou Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde posteriormente iniciou o mestrado em Comunicação. Pesquisadora, professora e militante do Movimento Negro brasileiro, ela nos apresenta formulações relevantes acerca da compreensão da formação socio-histórica do país, bem como sobre as relações raciais, movimentos e quilombos. Para tal, optou-se pelo método de revisão bibliográfica, uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, na qual se recorreu a livros, artigos, revistas, sites, notícias e documentos, produção audiovisual, inclusive e principalmente, as obras de Maria Beatriz Nascimento. O objetivo central da pesquisa consistiu em compreender quem foi Beatriz Nascimento e suas principais formulações teórico-políticas, as quais podem contribuir com a formação em Serviço Social e a luta antirracista no exercício profissional. Quanto aos objetivos específicos, buscaram examinar: 1) trajetória infantil e escolar; 2) maturidade, trajetória universitária e política; 3) principais formulações teóricas; 4) algumas reflexões para o Serviço Social.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Contribuições teóricas e políticas de intelectuais negras brasileiras para o Serviço Social: um encontro com Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-19) Lourenço, Ana Paula Pires [UNIFESP]; Gonçalves, Renata [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5565481668827333; https://lattes.cnpq.br/5743652458404256; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A presente dissertação tem como objetivo estudar o pensamento de duas intelectuais negras brasileiras, Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez, a partir de premissas constitutivas da relação social capitalista brasileira, como o racismo, as mulheres negras e a desigualdade social mediada pelos movimentos e lutas sociais, fundamentais para estabelecer nexos, interlocuções, um encontro com o Serviço Social. Para isso, realizou-se o esforço intelectual de apreensão do pensamento das autoras estabelecendo aproximações com os pressupostos do Serviço Social brasileiro no contexto das relações sociais capitalistas. Para utilizar como referencial teórico a crítica marxista, questionou-se as relações sociais racistas, patriarcais e de desigualdade social atribuídas aos processos societários durante a acumulação capitalista, trazendo à frente dos fatos históricos nacionais e internacionais o protagonismo de mulheres negras como bem mostram as autoras. Buscou-se, assim, apreender as relações de exploração e opressão vividas pelas mulheres negras em meio a traços do capitalismo, bem como a participação delas nos movimentos sociais e nas lutas anticapitalistas. Nesse sentido, adotamos como pergunta central, “qual é a importância e a contribuição do pensamento de Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez no encontro com o Serviço Social?”. Para responder a essa questão, em termos metodológicos, utilizamos nessa pesquisa um cunho qualitativo na abordagem bibliográfica, fazendo uso dos principais textos das autoras em consonância com o Serviço Social. Como resultado, os principais achados foram entender a importância do encontro, do diálogo e, sobretudo, da interlocução das autoras em questão com o Serviço Social, no que diz respeito a contribuir e aprofundar a compreensão da luta antirracista, antisexista e anticapitalista para mulheres negras da classe trabalhadora. Esses pontos nos permitem vislumbrar um Serviço Social enegrecido e afrotalinoamericano, parafraseando os pensamentos de Sueli Carneiro e de Lélia Gonzalez, respectivamente, como autoras que ocuparam um lugar central neste estudo em função dos debates impulsionados por elas em relação à condição das mulheres negras no país.