Navegando por Palavras-chave "Individualização"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Construção do direito à saúde segundo a perspectiva da individualização(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-09-17) Jurca, Ricardo de Lima [UNIFESP]; Vazquez, Daniel Arias [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Nos últimos vinte e cinco anos, houve muitos avanços institucionais nas políticas de saúde, como investimento em recursos humanos, em ciência e tecnologia, a priorização da atenção básica, além de um grande processo de descentralização da oferta, a ampliação da participação social e a maior conscientização sobre o direito à saúde. No entanto, as relações entre o SUS e a ANS impõem importantes desafios para o futuro do sistema universal. Quais as relações sociais e político-institucionais que levaram à atual configuração – de complementariedade ou de dualidade – entre o direito à saúde individual versus a saúde coletiva, segundo a perspectiva da individualização? Os fundamentos teóricos e metodológicos dessa abordagem podem ser encontrados em ―A Sociedade de Risco: rumo a uma outra modernidade‖, de Ulrich Beck (2010). Segundo a teoria social desse autor, o aprofundamento do processo de individualização torna os indivíduos sujeitos da construção de sua própria identidade e biografia, ou seja, as estruturas que constituem limites para os indivíduos, segue a imposição da responsabilidade individual sobre as velhas exigências sistêmicas, a saber: o ajuste à lógica do mercado de trabalho para assegurar o direito social à saúde. Convive-se com uma dinâmica de dificuldades institucionais e de ―sofrimento organizacional‖ que desregula as práticas sociais e bloqueia as ações da sociedade civil e, diante disso, esta dissertação procura examinar o depoimento de usuários dos planos de saúde para a qual são decisivas a configuração e alteração das condições de vida, a partir dos relatórios da CPI dos Planos de Saúde, que vigorou entre junho e novembro de 2003. A despeito dos avanços institucionais recentes nas políticas de saúde, os planos de saúde no Brasil ainda carecem de uma regulamentação, especialmente na relação público/privado. Sobre as bases da individualização da sociedade, será possível assegurar o direito à saúde no mercado, retomando os princípios do interesse público?
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e Auxílio Brasil: bancarização e individualização no acesso aos benefícios monetários(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-20) Oliveira, Julie Larissa da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4110544738370843; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A implementação do Auxílio Brasil (AB) no contexto da pandemia de Covid-19 foi acompanhada de um grande processo de bancarização e individualização no acesso aos benefícios monetários, evidenciando a lógica neoliberal, via TICs, de gerenciamento desse programa de transferência de renda. O AB, embora tenha sido extremamente necessário durante o cenário pandêmico, pois garantiu a sobrevivência da classe trabalhadora que vivia em condições agravadas de vulnerabilidade social, também atendeu o capital, por meio do processo de financeirização e bancarização, se mostrando contraditório, afinal, beneficiou - ainda que de forma mínima e mitigada - a população menos favorecida, e trouxe vantagens, sobretudo, ao sistema financeiro, pois ativou os circuitos da economia (mais de 6 bilhões de reais movimentados em 2021 e 69 bilhões de reais em 2022). Somou-se a isso, o uso das TICs no setor público desde 2000 com a promessa de modernização, não se mostrando diferente durante a pandemia de Covid-19, por meio do modelo gerencial de gestão da esfera pública, individualizando o acesso às políticas públicas, diminuindo a mediação entre o município e a população e centralizando a gestão na esfera federal. Em suma, a implementação do AB durante seus dois anos de vigência se deu em meio a diversas críticas e controvérsias no que tange a sua gestão, implementação, objetivo, financiamento e forma de acesso. Se caracterizou, ainda, por uma jogada estratégica político-eleitoral do governo do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro (2019-2022) de reeleição à Presidência da República, apontada pelos diversos meios de comunicação.